Bem Estar

Reprograme seu cérebro e mude sua vida

Com o Neurofeedback, é possível otimizar o funcionamento das ondas cerebrais sem o uso de medicações

reprograme-o-seu-cerebro-e-mude-seu-cerebro+tania-muratori

Você sabia que o inconsciente comanda todos os comportamentos que a mente consciente não tem como controlar? A gente se mantém tão ocupado com o passado, o futuro e os problemas que surgem diariamente, que deixamos o presente como se estivesse ligado no automático. Pesquisas mostram que 95% das nossas decisões, emoções e comportamentos são resultado de processos imperceptíveis do inconsciente.

Isso quer dizer que o nosso cérebro é controlado por uma espécie de programação, resultante de percepções e memórias adquiridas ao longo da vida. Somos todos guiados pela nossa programação cerebral. Enquanto o consciente tenta nos levar em direção aos nossos objetivos na vida, há uma programação invisível que pode estar sabotando e impedindo o nosso progresso.

Essa programação cerebral começa na gestação. Seu período crítico vai, principalmente, até os 6 anos de idade, quando o cérebro ainda opera, predominantemente, em estados de ondas Delta e Teta. Esses são estados programáveis da mente, nos quais as percepções adquiridas se tornam os principais programas do inconsciente do indivíduo. Então, na infância, o indivíduo pode absorver até mesmo crenças limitadoras ou de autossabotagem, que se tornam partes do seu inconsciente.

Em um primeiro momento, isso pode parecer assustador, mas felizmente tudo que foi programado pode ser reprogramado. Como? Por meio de um treinamento cerebral chamado Neurofeedback, que recupera e potencializa as habilidades cerebrais, promovendo um incremento nas capacidades de autocontrole, equilíbrio emocional, foco, processamento de informações, aprendizagem, memória e criatividade. “Com a tecnologia do Neurofeedback é possível conduzir o cérebro na harmonização da atividade de suas ondas elétricas, criando estados de maior relaxamento, discernimento, autoconhecimento e transformação”, explica a psicóloga Dra. Tânia Muratori, com especialização em Neurociência e formação em Neurofeedback.

A aposentada Nanci Dumara Summa, de 67 anos, resolveu experimentar a técnica. Há seis anos, ela perdeu o marido. Quando o filho se casou, ela começou a viver a “síndrome do ninho vazio”. “Eu estava deprimida, sofria de ansiedade e tinha muito medo de dirigir. Agora sou outra pessoa”, comemora.

 

Reprogramando a mente

A tecnologia do Neurofeedback utiliza um equipamento de eletroencefalograma com eletrodos colocados no couro cabeludo do paciente para mapear as atividades das ondas elétricas cerebrais. Inicialmente, é realizada uma avaliação criteriosa do funcionamento cerebral, permitindo identificar de modo preciso e objetivo qualquer comprometimento no padrão das ondas do cérebro em regiões responsáveis pelas funções cognitivas, emocionais e comportamentais. Essa avaliação permite a elaboração de um plano de treinamento neurológico e a execução de protocolos individualizados. “Se as regiões do cérebro que estão com seu funcionamento comprometido forem reorientadas a funcionar rumo a padrões de normalidade, teremos a melhora progressiva do paciente sem a necessidade do uso de medicações”, explica a especialista Dra. Tânia Muratori.

Com o Neurofeedback, o cérebro é treinado a produzir uma inter-relação correta entre todas as frequências das ondas cerebrais, que permite o fluxo de informações entre o consciente e o inconsciente, possibilitando o desbloqueio da criatividade, dessensibilização de traumas, redução de pensamentos excessivos e aumento de clareza e desempenho mental.

Para a aposentada Nanci, o treinamento trouxe um fortalecimento psíquico e mental, que a possibilitou assumir o controle de sua vida. “Melhorei a minha visão geral de tudo e mudei muitos comportamentos. Aprendi a lidar com diversos aspectos da minha vida, inclusive com a própria solidão. Eu não tinha paciência para ler um livro ou assistir a um filme. Não conseguia me concentrar. Hoje, tudo é diferente. Resgatei minha paz interior”, completa Nanci.

 

Principais indicações do Neurofeedback:

• Déficit de atenção e hiperatividade;
• Dificuldade de aprendizagem;
• Depressão e fibromialgia;
• Ansiedade, pânico e fobias;
• Estresse pós-traumático;
• Transtorno obsessivo-compulsivo;
• Fadiga crônica e enxaquecas;
• Insônia e estresse;
• Sequelas de traumatismo ou AVC;
• Otimização do desempenho cerebral.
 

As ondas cerebrais

“Cada uma das frequências das ondas cerebrais é necessária, desde as mais lentas até as mais rápidas. Todas devem trabalhar em conjunto, para promover um alto desempenho, clareza mental e equilíbrio emocional. Entretanto, elas têm que trabalhar em proporções adequadas para serem eficientes”, reforça Dra. Tânia.

O padrão de atividade elétrica de uma mente de alto desempenho tem uma combinação eficaz de todas as frequências das ondas cerebrais, e cada uma tem seu papel funcional:

 

• Delta: empatia, intuição, sono profundo e reparador;
• Teta: criatividade, imaginação e conteúdo emocional subconsciente;
• Alfa: capacidade de transição e relaxamento com consciência;
• Beta: atenção, foco, atividade intelectual e raciocínio;
• Gama: alto nível de transmissão e processamento de informações.

 

Tecnologia avançada

Todas as pessoas, independentemente da idade, podem se beneficiar do treinamento com Neurofeedback. O estudante Lucas Andrade Quental Martins, de 18 anos, é uma prova de que podemos reprogramar nosso cérebro em qualquer fase da vida. Diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), o jovem tinha muita dificuldade para se concentrar nos estudos, controlar a ansiedade e andava bastante desanimado.

Lucas está na reta final do treinamento e afirma que sua evolução é notável. “Estou mais confiante e bem-humorado. O treinamento foi fundamental para eu me conhecer melhor e aprender a controlar as minhas emoções. O meu progresso é visível para mim e para todas as pessoas que convivem comigo”, conta Lucas.

O Neurofeedback, além de ser uma metodologia de tratamento de distúrbios neuropsicológicos bem fundamentada cientificamente e com excelentes resultados clínicos, atua de forma não invasiva, sem uso de medicações, sem dor e sem efeitos colaterais.

+ Saiba mais

Artigos Relacionados