Psicologia

Neurofeedback, uma opção não medicamentosa para enfrentar o TDAH

Novos tratamentos têm surgido com resultados positivos e prometem ajudar o portador de TDAH a regularizar a atividade de suas ondas elétricas cerebrais.

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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio comportamental, com por persistentes sintomas de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade. Indivíduos com TDAH têm, frequentemente, sérios comprometimentos em níveis acadêmico, social e interpessoal. Esse distúrbio tornou-se uma das doenças mais frequentemente tratadas na infância e seus sintomas podem persistir na adolescência e idade adulta.

As crianças portadoras do TDAH podem apresentar dificuldades em lidar com frustrações, inabilidade em seguir regras e baixo rendimento escolar. Podem facilmente se desligar do mundo real ou ficarem com a ‘bateria ligada no 220V’. Nos adolescentes, o TDAH gera também problemas de comportamento, enquanto que nos adultos causa desatenção, pouca eficiência no trabalho e cotidiano, problemas de memória, inquietude, impulsividade e, algumas vezes, acabam desenvolvendo depressão ou problemas com uso de drogas.

Este transtorno que afeta a parte frontal do cérebro e suas conexões, pode ter várias causas, como a hereditariedade, onde os genes são responsáveis pela predisposição ao TDAH. Pesquisas mostraram que crianças filhos de portadores de TDAH têm de 2 a 10 vezes mais chances de também apresentarem o transtorno, mas a manifestação também pode ser facilitada pelo ambiente onde a criança se desenvolve. Algumas substâncias consumidas na gravidez, como nicotina e álcool, que causam alterações no cérebro do bebê, também podem predispor ao TDAH.

Novos tratamentos têm surgido com resultados positivos para este distúrbio, como é o caso do Neurofeedback, que ajuda o portador de TDAH a regularizar a atividade de suas ondas elétricas cerebrais. Os indivíduos que apresentam o TDAH têm um excesso de ondas elétricas lentas no córtex pré-frontal. Através de eletrodos colocados no couro cabeludo e um equipamento de eletroencefalograma, o Neurofeedback fornece informação imediata para o indivíduo sobre a atividade das suas ondas cerebrais, orientando-o a regular essa atividade disfuncional. É um tratamento que visa corrigir irregularidades no funcionamento cerebral em regiões responsáveis pelas funções cognitivas, emocionais e comportamentais. As regiões do cérebro que estão com seu funcionamento comprometido são condicionadas a funcionar dentro do padrão de normalidade sem o uso de medicamentos.

O Neurofeedback já é amplamente reconhecido nos Estados Unidos e Europa pela comunidade médica e acadêmica, devido à seriedade das pesquisas científicas realizadas, evidenciando seu alto nível de eficácia na terapêutica de transtornos neuropsicológicos como o TDAH. Tem também a vantagem de ser uma técnica natural, sem contraindicações, sem efeitos colaterais e sem a necessidade do uso de medicações.

 

Principais indicações do Neurofeedback:

  • Déficit de atenção e hiperatividade;
  • Dificuldade de aprendizagem;
  • Depressão e fibromialgia;
  • Ansiedade, pânico e fobias;
  • Estresse pós-traumático;
  • Transtorno obsessivo-compulsivo;
  • Fadiga crônica e enxaquecas;
  • Insônia e estresse;
  • Sequelas de traumatismo ou AVC;
  • Otimização do desempenho
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