Beleza e Estética

Nós queremos curvas

Pelo menos metade das mulheres gostaria de melhorar alguma parte do corpo

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Umas se incomodam com seios pequenos demais, outras desejam um bumbum mais avantajado. Não adianta, não somos perfeitas. Ainda bem que temos grandes aliados ao nosso lado. Sim, nós amamos o cirurgião plástico. Hoje, há inúmeros profissionais qualificados e diversos centros cirúrgicos bem equipados, além do avanço tecnológico com que as próteses estão sendo produzidas. Segundo o cirurgião plástico Dr. Paulo Bettes, o aumento no número de cirurgias para colocação de próteses de silicone nas mamas e no bumbum se deve, além da vontade de ficar mais bonita e confiante, ao maior e melhor acesso a esse procedimento.

Confiança e informação antes de fazer uma cirurgia são fatores que devem ser levados em conta para a sua segurança e saúde. “É preciso haver sintonia e cumplicidade entre os dois lados para diminuir qualquer frustração com o resultado. Auxiliar a paciente a buscar sempre o equilíbrio para conseguir o seu objetivo de estar bem com o espelho é um papel fundamental do cirurgião”, ressalta Dr. Paulo.

Então, se o seu sonho é ter seios perfeitos, aqui vai um superdossiê sobre próteses de silicone: as técnicas mais recentes, as dúvidas frequentes e os detalhes que nem todos revelam, mas que agora contamos, tintim por tintim.

O que é importante saber antes de tomar a decisão?

Dr. Paulo Bettes – Converse com várias amigas que já colocaram a prótese e escolha um bom cirurgião. É bom marcar consulta com dois ou três profissionais e escolher aquele no qual você sinta mais confiança e que tenha boas recomendações. É muito importante que haja sintonia e cumplicidade entre o paciente e o médico.

Como é o pré-operatório?

O paciente precisa fazer exames de sangue, eletrocardiograma e exames de imagem (ecografia mamária e mamografia) que atestem que a saúde está em dia. Depois disso, recomendamos que não ingira bebidas alcóolicas e não fume pelo menos nas duas semanas que antecedem a cirurgia. Informe sempre ao seu médico todos os medicamentos que estiver usando, mesmo que ache sem importância, porque podem influenciar negativamente durante o processo de anestesia e cirurgia .Até drogas devem ser relatadas.

Quais são os tipos de próteses?

Elas são encontradas nas apresentações texturizadas ou em poliuretano, sendo que as próteses lisas praticamente caíram em desuso. Quanto ao formato, elas apresentam-se com perfis baixo, alto, superalto, cônico e anatômico (“em gota”). Quanto à barreira de proteção, elas vêm com cinco a sete camadas, para evitar o extravazamento do silicone para dentro do corpo da mulher ao longo dos anos (“bleeding”). A consistência do silicone no interior é na forma de gel de alta coesividade, melhorando a maciez da prótese na palpação dos seios após colocada e eliminando o risco de migração do silicone pelo corpo em uma eventual ruptura das próteses por acidente.

Onde é colocado o silicone?

Existem três opções:

*Por baixo da glândula (subglandular): a prótese é colocada entre o tecido mamário e o músculo peitoral. Isso facilita oprocedimento e causa menos dor para a paciente após a cirurgia. É a técnica mais utilizada para colocação das próteses atualmente.

*Por trás da fáscia muscular (subfascial): é uma técnica mais sofisticada. O cirurgião plástico chega até o plano bem junto ao músculo para alojar a prótese, levantando essa camada chamada aponeurose ou fáscia muscular, aderida a glândula mamária. Como fica colocado de forma mais profunda, o resultado é mais natural, retirando muito daquele “efeito bola”.

*Por trás do músculo peitoral (submuscular): essa opção é utilizada nos casos onde a mulher não tem quase nada de glândula e gordura nas mamas, necessitando de uma cobertura maior na região para esconder as próteses. Essa técnica também é utilizada nas pacientes com histórico de câncer que necessitam realizar punções de nódulos com frequência. Alguns cirurgiões optam por essa técnica no aparecimento de contraturas capsulares severas para reduzir a chance de recidiva dessa contratura. Entretanto, o incômodo e a dor são mais intensos nos primeiros dias após a cirurgia realizada por essa técnica.

Qual o tamanho certo?

Essa é uma questão muito subjetiva, mas a escolha do tamanho leva em conta três variáveis: forma (redonda, cônica ou gota), volume (quantidade em mililitros) e projeção (altura da prótese no corpo, que pode ser alta, baixa, moderada ou extraprojetada). É o cirurgião quem vai saber a melhor combinação para deixar a sua silhueta proporcional. É por isso que existem alguns recursos para não errar.  O cirurgião simula o resultado final com moldes descartáveis de tamanhos diferentes no transoperatório: com isso, ele pode ver em sala como ficará seus seios antes de colocar a prótese definitiva.  Todas essas ferramentas garantem maior satisfação com o resultado final.

Onde fica a cicatriz?

As principais vias de acesso são no sulco submamário, ao redor das aréolas em sua porção inferior ou pelas axilas.

Por que preciso usar o dreno?

O dreno é um caninho colocado no corte que tem a função de excretar secreções. Além de diminuir a ocorrência de contratura capsular, o dreno mantém a área operada seca e limpa, acelerando a recuperação. Ele é retirado pelo médico dois dias depois da cirurgia.

Mas a boa notícia é que ele é utilizado mais nas técnicas submuscular ou nas trocas de próteses por contratura capsular, cirurgias que têm um sangramento maior no pós-operatório imediato.

Quais devem ser os cuidados pós-cirurgia?

O tempo de recuperação depende tanto da técnica do médico como do organismo da paciente. O resultado final aparece em três a seis meses. As recomendações são:

  • Repousar em casa nos primeiros dois ou três dias;
  • Não trocar, mexer ou molhar o curativo até o primeiro retorno ao médico;
  • Voltar ao trabalho somente depois de quatro a sete dias;
  • Evitar lavar o cabelo sozinha nas primeiras duas semanas;
  • Retirar os pontos de sete a 14 dias após a cirurgia, quando houver;
  • Dormir de barriga para cima por 30 dias;
  • Evitar levantar os braços acima da linha dos ombros durante duas semanas;
  • Não dirigir por 15 dias, para não haver deslocamento das próteses;
  • Pedalar ou fazer caminhadas somente após três semanas;
  • Fazer exercícios para membros superiores só depois de dois meses; mas de membros inferiores e abdominais são liberados com 30 dias;
  • Tomar sol após dois meses, porém com fita adesiva tipo micropore sobre as cicatrizes e muito filtro solar. A exposição sem proteção só é permitida depois de um ano. Isso evita cicatrizes escuras.

O fim da gordura localizada

A lipoaspiração virou sinônimo de solução rápida e simples para se livrar de alguns quilos extras. Mas Dr. Paulo Bettes alerta que não é bem assim. A cirurgia requer cuidados e profissional especializado, como qualquer outra. “Lipoaspiração não é um método de emagrecimento, e sim de eliminação de gordura localizada, sendo o volume de 7% do peso corporal o máximo de retirada por sessão, preconizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e pelo Conselho Federal de Medicina. A lipoaspiração é um procedimento complementar, devendo a paciente no pré e no pós-operatório manter uma alimentação equilibrada e uma rotina de exercícios”, aconselha.

É possível fazer a lipo em todas as áreas do corpo que tenham gordura localizada, como culotes, joelhos, papada, abdômen, flancos, dorso, face interna das coxas e parte posterior dos braços e, nos homens, também na região peitoral. O procedimento também contribui para melhorar o aspecto da celulite, porque retira gordura e líquido, mas não é realizado exclusivamente para esse fim.

A lipoenxertia nos glúteos tem colaborado e muito para a melhora das curvas nessa região tão admirada pelos homens.

Na hora de escolher um bom cirurgião, dicas para uma maior segurança podem lhe ajudar: entre no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e veja se o médico é credenciado. Verifique também no CRM do seu estado se este médico tem o registro com a especialidade de cirurgia plástica. Antes da consulta, peça referências de outras pacientes ou de médicos de sua confiança, informe-se sobre os locais onde ele opera, vá conhecer o local e realize consulta com o anestesista levando todos os exames. No mais, após a escolha feita, confie no seu cirurgião e siga à risca suas recomendações.

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