Beleza e Estética

Grandes transformações

As mulheres recorrem às cirurgias estéticas reparadoras para corrigir os efeitos dos ciclos que alteram o seu corpo ao longo da vida

Quando a empreendedora Monik Fraga Reinhardt iniciou seu processo de emagrecimento jamais imaginaria quão grande seria sua transformação de vida. Afinal, foram praticamente 30 quilos eliminados em um período de cinco anos, com dieta, exercícios, sempre de forma saudável.
“Depois desta etapa vencida, já mantendo o peso estável por três anos, decidi que era hora de realizar uma cirurgia estética reparadora”, conta Monik, que, além de ter uma escola de finanças, se tornou uma coaching. “Hoje, eu também ajudo e oriento as pessoas a recuperar e levantar a autoestima”, conta.

A coach confessa que na hora em que colocava um biquíni, sempre usava uma canga para não mostrar o corpo, pois ainda não estava satisfeita com ele. ”O que mais me incomodava eram os culotes, a flacidez nos seios e abdômen, devido à grande perda de peso”, relata Monik.
Ela documentou tudo dessa nova etapa, para orientar as pessoas em uma busca segura na hora de se realizar uma cirurgia plástica. “Os medos, os anseios, as dúvidas: como funcionam os procedimentos, os preparos, exames, o pós-operatório, sempre com dicas para incentivar essa busca de forma muito responsável”, ressalta Monik, que realizou cirurgias combinadas, fez nos seios a mastopexia com prótese e lipoescultura nos flancos, culote e glúteos.

“O apoio da família, do marido e o suporte de uma equipe especializada também ajudaram para o aumento da segurança e incentivo”, revela a jovem, que hoje está com 27 anos. A princípio, o esposo de Monik ficou um pouco apreensivo quanto à cirurgia, mas, devido aos anos de insatisfação com o próprio corpo, ele a apoiou para a realização do procedimento. “Hoje, mesmo sendo recente, já consigo notar os resultados e estou superfeliz, tive muito apoio e suporte para minha recuperação e foi uma grande satisfação poder usar um biquíni sem medo!”, comemora Monik.

Emagrecimento & maternidade

O médico e cirurgião plástico Dr. Paulo Bettes explica que existem várias situações em que a mulher passa por transformações em seu corpo. As mais frequentes são as que envolvem ganho e perda elevada de peso e o processo da maternidade, que passa pela gestação e amamentação.
“Claro que emagrecer é sempre muito bom e saudável, porém o que acontece é que a perda de peso superior a 20 quilos, em alguns casos até mais de 40 quilos, seja ela de forma natural, seja por uma cirurgia bariátrica ou após a maternidade, deixa sequelas pelo corpo. A pele perde firmeza e elasticidade e, como consequência, vem a flacidez. Por mais que a pessoa frequente academia e tenha hábitos saudáveis, existem aspectos em algumas regiões do corpo que dificilmente a atividade física e o ganho de massa muscular irão resolver de forma definitiva. Por isso, podemos contar com os procedimentos estéticos e principalmente as cirurgias plásticas com caráter reparador para ajudar a solucionar esses problemas”, explica Dr. Paulo.

De acordo com o especialista, as maiores queixas estão relacionadas à sobra de pele do abdômen, frouxidão nos tecidos, depósitos de gordura, marcas de estiramento da pele (estrias) e os seios caídos ou com um formato indesejado. “Os procedimentos mais realizados para esse público, com queixas tão comuns, são as cirurgias combinadas, o que possibilita a utilização de mais de uma técnica em uma única intervenção cirúrgica. Mas a avaliação do quadro clínico da paciente será um dos fatores determinantes para a realização dos procedimentos”, explica Dr. Bettes.
A lipoaspiração, por exemplo, pode ser aplicada em mais de uma região do corpo e ser associada com a lipoenxertia, ou ainda conciliar uma cirurgia de mama com uma de abdômen ou até mesmo um lifting de face ou pescoço. “Definir qual será a associação das cirurgias vai depender das queixas da paciente, bem como da possibilidade clínica da mesma”, enfatiza o cirurgião plástico.

Resultado é evidente

A médica ginecologista Ana Carolina Pinho Nocera, 41 anos, que mora em Telêmaco Borba, sabe desde muito cedo o que é estar insatisfeita com uma parte tão importante do corpo: os
seios. Ela conta que aos 17 anos realizou o procedimento de redução de mamas e aos 32 anos, após sua primeira gestação, achou que eles ficaram muito pequenos e flácidos, então colocou prótese. “Depois de ter meu segundo filho, que hoje está com 3 anos, percebi que meus seios ficaram novamente flácidos após a lactação, e isso passou a me incomodar muito”, relata Ana Carolina.
Recentemente, ela realizou a cirurgia de mastopexia com prótese. “Quis manter o tamanho dos meus seios e melhorar o aspecto da pele, por isso optei pelo uso da prótese”. Ana Carolina conta que a recuperação tem sido ótima e que, mesmo com pouco tempo de pós-operatório, os resultados desejados já estão evidentes e a cicatrização está bem evoluída. “Com menos de duas semanas, retornei ao trabalho e agora já estou liberada para voltar a fazer exercícios, claro que em um ritmo mais leve”. A médica ressalta a importância dos cuidados no pós-operatório. “O comprometimento do paciente com os cuidados em casa faz toda a diferença, principalmente no processo de cicatrização”, evidencia Ana Carolina.

As cirurgias combinadas ou associadas apresentam uma grande vantagem, desde que o paciente tenha boa condição clínica e os procedimentos sejam compatíveis com o tempo cirúrgico. “Existe uma otimização em realizá-las em um único ato cirúrgico, com um só processo anestesiológico, internação e o mesmo período de recuperação. Geralmente, a anestesia é a peridural e os cuidados de pré e pós-operatório são parecidos, bem como as restrições. O que pesa contra é que o procedimento requer mais tempo cirúrgico, envolve maiores cuidados para a prevenção de possíveis complicações, e no pós-operatório o desconforto tende a ser maior, pela extensão da área operada”, revela o especialista. “O bom senso do cirurgião plástico é o que deve orientar sobre os limites dos procedimentos, por isso o recomendado é sempre buscar um profissional membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, finaliza Dr. Paulo Bettes.

Seios, por que eles sofrem tantas alterações

Os seios sofrem alterações ao longo da vida, desde a puberdade, sejam elas causadas por fatores hormonais do crescimento, pela predisposição genética, ganho e perda de peso (efeito sanfona), sejam pelo uso contínuo de anticoncepcionais, e pelas fases de gestação, amamentação e a menopausa. O tamanho e o aspecto dos seios são alterados durante todas essas fases, pois eles perdem o volume, o tônus e tornam-se mais flácidos e caídos. A mastopexia é uma técnica da cirurgia plástica indicada pincipalmente para mulheres que tiveram uma redução na glândula mamária. Ela permite corrigir o excesso de pele, a flacidez, o formato, além de reposicionar os seios, ajustando-os para uma posição mais alta.

A mastopexia com prótese é recomendada para quem pretende também aumentar os seios, criando uma silhueta mais preenchida. Já a mamoplastia redutora (redução das mamas) é uma técnica aplicada para mamas mais pesadas e volumosas, atua na redução do tecido mamário, remodelando os seios e os deixando mais leves e proporcionais ao corpo. Na maioria dos casos, os resultados cirúrgicos já podem ser vistos após o primeiro mês. A paciente geralmente já está apta a voltar para suas atividades laborais em dez dias; em trinta, ela é liberada para dirigir e praticar atividades físicas moderadamente. Dr. Paulo Bettes destaca que na pré-menopausa e menopausa, devido à queda hormonal e a diminuição da produção de colágeno e elastina, é comum que os mamilos fiquem mais para baixo, e a mastopexia tem se mostrado efetiva para resgatar essa sustentação. “É preciso deixar claro que a mastopexia difere-se da mamoplastia de aumento, pois só a prótese não levanta as mamas, nesse caso faz-se necessário o ajuste da pele”, reforça o especialista.

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