Beleza e Estética

Conquiste uma nova moldura para seu rosto

O transplante de cabelo microfolicular resgata a autoestima e a beleza com naturalidade

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A ciência que existe por trás de um transplante de cabelo não é tão lógica e simples que qualquer pessoa pode entender. “Senso de estética, arte, experiência e planejamento são fundamentais para a satisfação do paciente”, afirma a Dra. Cristiane Kist Klimovicz, que possui especialização em cirurgia com Mestrado, Doutorado e Pós-Ph.D., e dedica-se exclusivamente ao transplante de cabelo em homens e mulheres.

Segundo a médica, restauração capilar é uma arte. Assim como outros tipos de cirurgias, como as plásticas, a arte para o transplante fio a fio é tão importante quanto a técnica utilizada na cirurgia. O especialista deve estudar técnicas de transplante, avaliar novos desenvolvimentos, manter-se atualizado sobre os avanços na área e conhecer a fisiologia do cabelo em profundidade. “Estudamos cada paciente cuidadosamente, porque nenhuma cabeça tem os cabelos iguais”, acrescenta.

Dra. Cristiane explica que o cabelo que cresce nas regiões laterais da cabeça e na parte baixa da região posterior da cabeça é permanente na maioria das pessoas. Conforme a médica, os fios nestas áreas persistem mesmo no grau mais extremo de calvície. “Estes cabelos permanentes podem ser distribuídos para cobrir as áreas do couro cabeludo que ficaram calvas ou onde os fios ficaram finos”, explica. A nova distribuição do cabelo na cabeça de uma pessoa é feita como a pintura de um retrato. O cirurgião deve estar atento para criar uma aparência natural, consistente com os objetivos, a quantidade de área doadora e o tipo de cabelo de cada paciente. É por isso que esses procedimentos cirúrgicos costumam ser tão longos, chegando a durar de 6 a 8 horas.

 

Procedimento

Durante a cirurgia, o paciente recebe uma leve sedação para relaxar e fica sob acompanhamento de médicos anestesistas e cardiologistas. “Qualquer indivíduo, ainda que tenha sido cuidadoso ao escolher seu médico, tende a ficar nervoso e tenso antes da cirurgia”, afirma a médica.

O procedimento requer algumas horas e muito trabalho da equipe de profissionais envolvida. Segundo a Dra. Cristiane, “essa equipe deve ser organizada e eficiente, para que o tempo total do procedimento seja mini-mizado”.

Área doadora

Após ser removida do escalpe, a faixa de pele é colocada temporariamente em uma solução de soro fisiológico. Então, a área doadora é meticulosamente extraída e classificada em grupos naturais. “Se este passo não for feito corretamente, os folículos podem ser danificados, podendo causar erros e comprometer o sucesso do transplante”, alerta a cirurgiã.

A área de onde foram removidos os tecidos doadores é fechada com pontos, que serão absorvidos pelo organismo. Usualmente, o procedimento deixa uma cicatriz fina. É importante que, no pós-operatório, o paciente siga à risca as orientações para que esta cicatriz fique esteticamente o mais invisível possivel. A etapa de criação de novos locais para o transplante deve ser feita com precisão, geralmente com o uso de agulhas, para que a aparência fique natural, virtualmente indetectável. “Não se admite mais o ‘cabelo de boneca’”, salienta a especialista.

 

Pós-cirúrgico

Após o transplante, o paciente recebe instruções de como cuidar do couro cabeludo. São prescritas algumas medicações para auxiliar na cicatrização pós-cirúrgica. Geralmente, de 2 a 3 meses após a cirurgia o cabelo começa a crescer, sendo, no início, extremamente fino; depois, aos poucos, vai “encorpando”. Como o crescimento é demorado, o paciente só perceberá o resultado em nove meses a um ano.

“Um processo de crescimento lento é o preferível para a maior parte dos pacientes, porque é menos percebido pelos outros”, informa Dra. Cristiane. Como regra geral, 80% do cabelo transplantado crescerá em oito meses, em 80% dos pacientes. Na maioria das pessoas (homens e mulheres), o crescimento começa em quatro meses.

Embora seja um processo demorado, o bom resultado de um transplante de cabelo pode significar uma nova etapa da vida. Depois do procedimento, o paciente passa a ter uma autoestima renovada e mais confiança na esfera pessoal e profissional.

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