Bem Estar

Aprendizado para a vida

Reencontrar o prazer de estudar garante mais que boas notas: melhora o entendimento, gera responsabilidade e confiança, ampliando as chances de um futuro melhor

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A dificuldade no aprendizado deve ser vista como prioridade para evitar prejuízos posteriores, traumas e consequências para a vida toda. Cada aluno possui características específicas de aprendizagem, por isso é necessário estar atento ao surgimento de problemas, notas baixas, falta de motivação, irritabilidade, alterações de humor, entre outros, que podem determinar ou aumentar as dificuldades.

A psicóloga e psicopedagoga Sabrina Jany Guetta Gelhorn, que possui mais de 30 anos de vivência no tratamento dessas dificuldades, faz um alerta aos pais para que não busquem ajuda apenas quando seus filhos estiverem mal na escola. “Não espere a nota ruim da prova ou do bimestre chegar. Ao perceber que algo não está bem, e que isso pode determinar um baixo rendimento, procure ajuda, para que essa situação não se agrave”, declara a especialista.

Assim que os pais perceberem a dificuldade da criança em aprender ou estudar, é preciso avaliar e identificar o motivo, que nem sempre é pedagógico. “Às vezes é emocional, ou ainda o pedagógico criou um problema emocional. O importante é determinar a causa”, enfatiza Sabrina.

De acordo com a especialista, os pais devem sempre esperar um bom rendimento escolar dos filhos. “É comum os alunos terem dificuldades em uma ou outra disciplina, mas quando essa dificuldade passa a ser uma regra, deve ser tratada”, garante.

Na Clínica Parceria, a preocupação é criar condições para o que aluno aprenda a aprender. Para tanto, foi elaborada uma ferramenta que permite um direcionamento na forma de atuar de cada profissional, o H.E.L.P. (Hábito de Estudo Livre Personalizado). A técnica avalia a maneira como o aluno estuda, ou seja, seu hábito de estudo, direcionando a forma de atuar de cada professor, criando condições para o que o próprio aluno atue conscientemente na conquista de seus objetivos e resgatando o prazer de estudar. “Eles descobrem o que é essa responsabilidade e que só depende deles serem o que desejam ser, como aluno, pessoa ou profissional. É um aprendizado para a vida inteira”, destaca a psicóloga.

“Aos 12 anos de idade, meu filho estava com problemas na escola, nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. Ele tinha dificuldade de interpretar os enunciados das provas e não tinha prazer em estudar”, lembra a nutricionista Gorete Moshchen Oliboni, mãe de Pedro. Ela procurou ajuda e seu filho passou a ter aulas de reforço e acompanhamento psicopedagógico. Hoje, Pedro está com 13 anos e os resultados estão cada vez melhores. “Ele aprendeu a estudar sozinho e a ter gosto pelo aprendizado, isto fez toda a diferença”, conta a orgulhosa mãe.

 

Orientar é preciso, apoiar também

A principal tarefa dos psicopedagogos é identificar as causas das dificuldades e em seguida, juntamente com os alunos, planejar o trabalho com objetivos, metas e estratégias bem definidas. Eles transformam os alunos em seus parceiros, e a cada desafio, ampliam neles a conscientização de todo o processo.

Participa dessa etapa uma equipe multidisciplinar que trabalha também com aulas particulares. As aulas são individualizadas e fundamentadas nas dificuldades, sempre levando em conta as causas dos problemas e integrando o hábito de estudo ao cotidiano do aluno. “Ele passa a compreender, a assumir suas responsabilidades de aluno, filho e futuro cidadão”, enfatiza Sabrina.

“É preciso orientar os alunos em todos os aspectos e fases da vida. Temos alunos ansiosos que aproveitam a psicologia para relaxar e baixar o estresse antes de uma prova, concurso ou vestibular; outros precisam de orientação vocacional. Em determinados casos, os pais também precisam de orientação, para que seus filhos possam atingir integralmente a mudança necessária”, explica Sabrina.

“Nosso trabalho está sempre focado no melhor resultado, com maior conforto, segurança e bem-estar”, enfatiza a idealizadora. Ela explica que o tempo de acompanhamento depende da resposta do aluno, podendo ser de apenas um mês ou mais de um ano. “O grande diferencial é que o autor da evolução é o próprio aluno: ele aprende a enfrentar desafios com segurança e autonomia e a não depender mais dos nossos profissionais. Aqui, eles se tornam ‘parceiros’ nos seus resultados, escolhas e atitudes”, diz Sabrina.

 

Além da sala de aula

Diversos são os fatores que prejudicam o desempenho escolar. Muitas vezes, o problema está além da sala de aula, é externo ao conteúdo de aprendizado. Por isso, é preciso fazer uma avaliação para determinar a causa. “Às vezes a criança sofre com déficit de atenção, dislexia, hiperatividade, bullying, etc. Cada caso precisa ser trabalhado a fundo e especificamente”, explica Sabrina. O motivo também pode ser psicológico. “Pânico, medo de provas, medo específico de um animal ou inseto e muitos outros, são manifestações que precisam ser investigadas com critério. Não se pode apenas tratar o medo sem saber o que o gera”, diz a especialista.

Mas o problema em questão pode ser outro, completamente diferente, como foi o caso de Guilherme de Campos Melo Rypchinski, que, aos 12 anos, acabara de chegar de Madri com os pais. “Como chegamos ao Brasil no meio do ano letivo, ele ficou seis meses sem frequentar a escola e isso gerou preguiça, falta de vontade e completo desinteresse pelos estudos”, conta sua mãe, a designer Taisa de Melo. “Nós não sabíamos o que fazer, chamávamos a atenção, colocávamos de castigo, restringíamos, mas nada dava resultado, até que buscamos orientação psicológica para sabermos como agir”, lembra Taisa.

Guilherme recebeu acompanhamento e orientação constantes da equipe da Parceria. “Ele passou a entender a necessidade do estudo e que deveria assumir suas responsabilidades. A principal mudança foi que ele pegou gosto e desenvolveu maiores habilidades em outras matérias”, diz Taisa. Hoje, com 15 anos, a postura do rapaz é outra, seja no estudo ou em casa. “Nosso relacionamento em família melhorou muito, estamos cada vez mais felizes com seu rendimento escolar. Ele percebeu que tem suas responsabilidades e que os limites existem para ajudá-lo, e que é necessário haver respeito em nosso relacionamento”, diz a mãe.

Talita de Campos Mello, consultora estratégica e mãe de Lara, de seis anos, procurou o auxílio da Parceria no período do divórcio. “Busquei como uma medida preventiva. Lara é filha única e, mesmo sem que ela falasse nada, percebia que algo não estava bem”, conta a mãe. Quatro meses depois, Talita viu uma mudança imensa na filha, que se tornou independente. “Antes eu fazia tudo por ela. Agora, Lara assumiu sua vida, faz tudinho. Está muito mais comunicativa, calma e feliz, e eu estou realizada”, conta Talita.

 

A equipe da Clínica Parceria conta com psicólogos de família, infantis, adultos, adolescentes, arteterapeutas, psicopedagoga e professores capacitados.

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