Alimentação Saudável

O que vamos comer na Páscoa?

Aprenda como substituir a carne por outros alimentos nesse período

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Entramos na semana da Páscoa e muitas famílias já se preparam para celebrar e preparar a alimentação para a Semana Santa – uma das datas mais importantes do calendário cristão. Pela receita de amor, união e reflexão que o momento inspira, a maioria das pessoas aproveita para se reunir em um belo almoço na Sexta-Feira Santa, com um cardápio especial, pois o costume de não se comer carne nessa época pede pratos deliciosos à base de peixe.

Ocupando o lugar entre os tipos mais saborosos e saudáveis de alimento, o peixe apresenta entre as suas benesses um bom aporte de proteínas essenciais para o organismo, já que o consumo de outras carnes é suspenso nesse período. Os de águas profundas como o salmão e a sardinha, muito consumidos na páscoa, têm ingredientes ótimos para a saúde, entre eles a grande quantidade de um óleo denominado ômega 3, que tem ação anti-inflamatória, é importante para o sistema nervoso e auxilia na redução do LDL-colesterol (colesterol ruim) e aumento do HDL-colesterol (colesterol bom), sendo um potente protetor para doenças cardiovasculares.  “As pessoas deveriam consumir peixe no mínimo duas vezes por semana, pois esse alimento ingerido de forma natural, preparado na forma grelhada, cozida e assada, evitando sempre as frituras, faz muito bem para a gente”, recomenda a nutricionista Giliane Nassif, responsável pelo acompanhamento e nutrição funcional na Vitaclin Estética e Bem Estar.

E quem não come carne o ano todo?

É comum que as pessoas não comam carne durante os 40 dias, retomando a alimentação normal após esse período, o que não é prejudicial por um curto espaço de tempo, explica Giliane. Mas há também aqueles que não costumam comer carne quase nunca ou, simplesmente, são vegetarianos. Eles estão ganhando ou perdendo com isso? A nutricionista diz que tanto a carne branca quanto a carne vermelha apresentam todos os aminoácidos essenciais para o corpo. “Não produzimos tudo sozinhos, alguns nutrientes ingerimos via alimentação. Os aminoácidos da carne são importantes para formação de hormônios, reparação e construção dos tecidos e órgãos, embora haja maneiras de supri-los sem ela”, explica.

Se você não tem o hábito de comer nenhum alimento de origem animal, em linhas gerais é preciso aumentar o consumo de outras fontes de proteínas como oleaginosas: castanhas, amêndoas ou nozes. Consumir as três porções de leite e derivados para suprir a quantidade de proteína (aminoácidos essenciais). E combinar arroz e feijão, pois eles se completam o que um tem o outro não tem.

Vitaminas

A carne vermelha é fonte de vitamina B12 e ferro heme. A falta desta vitamina traz alterações neurológicas como: perda de memória, irritabilidade e até quadros mais graves como demência, além da alteração no perfil sanguíneo. Já em relação ao ferro da carne podemos dizer que 50% do nosso organismo consegue absorvê-lo, enquanto que o ferro não-heme presente no feijão e verduras escuras nosso corpo absorve apenas 15%. Por isso, “para melhorar a absorção de ferro do feijão e dos vegetais verdes escuros sempre os consuma junto com uma fruta ou suco de fruta cítrica (laranja, abacaxi, limão acerola)”, alerta Giliane.

Não podemos esquecer que o consumo excessivo da carne vermelha também não é indicado, pela grande quantidade de gordura saturada que pode elevar os níveis de colesterol total e colesterol LDL no sangue. Prefira as partes mais magras do boi: coxão mole, coxão duro e patinho e lembre-se de prepará-las nas formas: assada, cozida ou grelhada. Mais uma coisa, intercalar a carne vermelha com as carnes brancas durante a semana é uma boa pedida. “O fundamental é sempre buscar informações sobre as propriedades dos alimentos e suas variedades. E estar atento a todo o tipo de excessos”, conclui.

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