Avanços da Medicina

Cirurgia Bariátrica

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A Obesidade vem se tornando uma epidemia mundial e vem atingindo pessoas de todas as idades devido ao desequilíbrio entre as calorias ingeridas e queimadas, geralmente devido a fatores genéticos, emocionais e fisiológicos isolados ou em decorrência de uma alimentação desregrada e vida sedentária.

A Cirurgia Bariátrica, também chamada de Cirurgia da obesidade, Gastroplastia ou ainda Cirurgia de Redução do estômago foi criada como uma solução eficiente no tratamento da Obesidade Mórbida, ou seja, para redução do peso de pessoas que possuam IMC (Indice de Massa Corporal) muito elevado.

IMC (Indice de Massa Corporal)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas com o IMC entre 19 a 25 Kg/m², estão entre uma faixa de peso normal. Variando entre 25 a 30 Kg/m², são consideradas acima do peso e acima de 30 Kg/m² já podem ser consideradas obesas. Já pessoas com o IMC acima de 40 Kg/m² se enquadram no caso de obesidade mórbida.

A Cirurgia Bariátrica é normalmente indicada para pessoas com IMC maior que 40 Kg/m², que não tenham obtido perda de peso com outros tratamentos, e também em alguns casos de IMC acima de 30 Kg/m² que possuam complicações decorrentes da obesidade a serem avaliados.

Tipos de Cirurgia

Existem três tipos básicos de Cirurgia Bariátrica:

  • Restritiva: Diminui o tamanho do estômago e reduz a ingestão de alimentos.
    Ex: Balão Intragástrico, Banda Gástrica Ajustável, Gastroplastia Vertical com Bandagem ou Cirurgia de Mason (*)
  • Diabsortivas: Desviam o trânsito intestinal reduzindo a absorção dos alimentos.
    Ex: Cirurgia de Payne (*), Derivação Bileopancreática ou Cirurgia de Scopinaro ou Derivação Bileopancreática com Duodenal Switch ou Cirurgia de Hess (*)
  • Mista: Reduz o tamanho do estômago e desvia o trânsito intestinal, reduzindo a ingestão e a absorção dos alimentos. Ex: Derivação Gástrica com e sem anel (*) e Gastroplastia Vertical com By-Pass em Y de Roux ou Fobi Capella.

(*) Cirurgias pouco ou não mais utilizadas atualmente

Dentre as Cirurgias Bariátricas, a mais difundida e comumente realizada é a By-Pass ou Fobi Capella, que consiste na redução do tamanho do estômago associada a um desvio do trânsito alimentar no intestino. “Nesse caso, a perda de peso ocorre por meio de dois mecanismos: pela saciedade obtida com a ingestão de pouca comida e pela passagem mais rápida do alimento pelo intestino, impedindo que algumas propriedades sejam absorvidas.

 

Como é feita a Cirurgia

Todas as técnicas cirúrgicas de obesidade podem ser feitas por meio de videolaparoscopia. Nesse caso, o cirurgião utiliza uma câmera, introduz instrumentos milimétricos no abdome e, através de pequenas incisões, pode fazer a cirurgia. “Por não sofrer cortes profundos, há menos dor e sangramento, menor chance de infecção e menor tempo de internamento/recuperação”, explica doutor Paulo Nassif.

Benefícios e Riscos

Os benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica são perda de peso, remissão das doenças associadas à obesidade (como diabetes e hipertensão), diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida. Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais. Por essa razão, deve ser feita em hospital com estrutura adequada e por médicos associados à SBCBM que pratiquem os procedimentos regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Todavia, é fundamental lembrar que o risco cirúrgico muitas vezes é inferior ao que o paciente corre em continuar obeso”, ressalta

Reversão

A cirurgia bariátrica pode ser revertida, mas não devem ser realizadas com esse objetivo. Até por que, para se reverter é necessária outra cirurgia de igual ou até maior porte que a primeira. “Portanto, a pessoa precisa estar bem consciente da sua decisão e por isso é fundamental a participação de uma equipe médica multidisciplinar tanto no pré como pós-operatório.”

Dieta alimentar

Em um primeiro momento, após a Cirurgia Bariátrica, a dieta alimentar será basicamente líquida, evoluindo aos poucos para uma dieta normal. Com o tempo, o paciente poderá se alimentar normalmente, porém em quantidade menor e mastigando muito bem o alimento, para evitar transtornos e dores.

Atividades físicas

Cabe ao fisioterapeuta e ao educador físico, integrantes da equipe multidisciplinar, orientar o paciente sobre o retorno das atividades físicas, o que deve ocorrer em aproximadamente de 30 a 45 dias após a cirurgia. As atividades irão auxiliar a perda de peso e evitar a flacidez.

 

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