Coloproctologia

Vida plena, sem hemorroidas

Menos invasiva, a técnica cirúrgica THD trata a doença de forma mais rápida e segura, com menos sofrimento, baixos índices de complicações e recuperação precoce

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O pique do homem moderno acelerou nas últimas décadas. Assim, além do trabalho e afazeres cotidianos, as pessoas estão mais preocupadas em buscar saúde e bem-estar. Com isso, a palavra de ordem é movimentar-se em busca de um corpo saudável. As pessoas estão cada vez mais praticando atividade física regular, tanto para ter mais disposição no dia a dia, como para evitar doenças. O problema é quando o indivíduo apresenta alguma restrição decorrente de uma disfunção orgânica, que o impede de usufruir sua vida de forma plena, afetando sua capacidade de trabalho e também comprometendo a qualidade de vida. É o caso de quem sofre com as hemorroidas, que causam dor, incômodo e além disso constrangimento na hora de buscar ajuda para solucionar o problema.

A boa notícia é que existe uma técnica cirúrgica bastante eficaz, a Desarterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler (THD), e que já é praticada em Curitiba com sucesso, resolvendo o problema de forma mais rápida e menos dolorosa que as técnicas até hoje praticadas. “O procedimento pode ser utilizado na maioria dos casos de doenças hemorroidárias e apresenta excelentes resultados, desde que bem indicado”, afirma a médica coloproctologista Dra. Sonia Time, formada pela USP e uma das precursoras da aplicação da THD no Paraná. Portanto, pessoas ativas, com uma vida atribulada, que praticam esporte ou viajam com frequência, não têm mais razões para não buscar ajuda, seja por medo ou por não poderem se afastar longos períodos de suas atividades, pois a técnica promete minimizar esses fatores, oferecendo vantagens ao paciente.

“Sempre tive intestino preso e isso se agravou na minha gestação. Depois que minha filha nasceu o problema se acentuou e eu passei também a ter hemorroidas, que causavam dor insuportável; a cada crise era pior. Fiz a cirurgia com a nova técnica e o sofrimento acabou; até meu intestino melhorou!”, comemora a fisioterapeuta Renata*, de 42 anos, que trabalha em pé e tem uma vida muito corrida em função de ter uma filha especial. “Protelei a cirurgia devido ao trabalho e à rotina atribulada com minha filha. Se soubesse que seria tão simples e a recuperação tão rápida, teria procurado ajuda antes e sofrido menos”, enfatiza a paciente.

Mais vantagens ao paciente
Além de ser realizada sem cortes, a THD oferece recuperação mais precoce com baixo risco de complicações pós-operatórias, podendo o paciente retomar sua rotina precocemente. A grande diferença entre a THD e as técnicas convencionais é que nessas últimas há necessidade de cortes, para a remoção das veias dilatadas, o que implica uma recuperação sabidamente dolorosa e demorada. Já na THD é realizada uma ligadura das artérias que nutrem a região onde se localizam essas veias doentes, interrompendo a chegada de sangue até elas, o que provoca uma atrofia por falta de sangue, com consequente desaparecimento das mesmas e resolução dos sintomas.
“A técnica é realizada em ambiente hospitalar e requer anestesia como na cirurgia convencional, mas com permanência breve, resultados muito satisfatórios e pouca chance de recidiva (retorno do problema)”, ressalta a coloproctologista Dra. Sonia Time.

*O nome da personagem foi alterado para preservar sua identidade.

 

Entenda a doença e a técnica minimamente invasiva

As hemorroidas são resultado da dilatação das veias que ficam na região do ânus e podem ser internas ou externas, causando dor, prurido (coceira) e sangramento. De um modo geral, a doença ocorre por uma predisposição do paciente associada às alterações do hábito intestinal e a fatores pontuais, como gestação por exemplo. Causa muito desconforto e pode afetar pessoas de todas as idades.
Indicada preferencialmente para hemorroidas internas e mistas, a THD é realizada através de um anuscópio que é inserido no paciente e o Doppler (equipamento de ultrassom que mede o fluxo sanguíneo pelo som) identifica a artéria nutridora da veia hemorroidária dilatada, através da pulsação. “O cirurgião costura então a artéria em um ponto específico, com uma agulha que passa pelo interior do equipamento, reduzindo o fluxo de sangue e curando a doença”, esclarece a Dra. Sonia Time.

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