Beleza e Estética

Uma nova pessoa!

Muito mais do que saúde ou beleza, as cirurgias corretivas proporcionam bem-estar, resgatam a autoestima e trazem mais alegria para a vida das pessoas

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Ela não gostava de tirar fotos nem de se olhar no espelho. Sem contar a dificuldade que tinha para respirar pelo nariz. Angelita Manfrin Pinheiro, 26, sofria com desvio do septo desde a infância, e vivia levando bronca da mãe e da irmã porque babava muito na hora de dormir. “Eu respirava pela boca, minha fronha ficava molhada e com cheiro tão ruim que era preciso trocá-la em média três vezes por semana”, lembra ela, que hoje está completamente livre do problema.

Depois de adulta, aos 24 anos, Angelita procurou orientação médica. Foi quando descobriu que não respirava quase nada pelo nariz. Assim, optou por se submeter a uma rinosseptoplastia. A técnica reúne em um único procedimento as cirurgias de septoplastia (destinada à correção nasal e melhora das condições de respiração) e de rinoplastia (com a finalidade de melhorar questões morfológicas e o aspecto do nariz, deixando-o condizente com a face).

Hoje, ela está feliz da vida. “Sou outra Angelita. Aonde vou, as pessoas perguntam o que eu fiz e por que estou tão diferente. Meu nariz ficou com aspecto bem natural, proporcional ao meu rosto e, é claro, respiro bem melhor.”

Autoestima

Angelita conta que agora tem muito mais vontade de se arrumar: “tenho um cabelão, que dá bastante trabalho, mas o ânimo para ajeitá-lo e também para fazer um “make” [maquiagem] é outro. Tenho vontade de mostrar que estou de bem com a vida”, revela a farmacêutica, que não foge mais das fotos e nem leva bronca da mãe por causa do travesseiro.

Males do desvio do septo

Nariz entupido, dor de cabeça, rinite, apneia do sono, asma, bronquite: esses são apenas alguns dos males que podem ser causados à saúde de quem sofre com o chamado desvio do septo. Tais problemas também podem desencadear depressão, ansiedade, irritabilidade, falta de concentração e cansaço. Isso pode se refletir em dificuldades na prática de exercícios físicos e de esportes, mau desempenho no trabalho e impacto negativo na vida sexual.

Além disso, a respiração oral, devido ao não fechamento da boca, pode causar má oclusão dentária e um posicionamento errado da língua, que tende a ficar mais baixa e flácida. O desvio também pode gerar alteração do timbre da fala e diminuição do olfato.

Para saber se há desvio é necessária uma avaliação médica em consultório e exames, que envolvem a análise de toda a estrutura do nariz e da função respiratória, já que nem sempre é possível notar a alteração apenas pela análise visual.

 

Alerta

É muito importante buscar a indicação de um profissional antes de realizar qualquer procedimento.
Angelita é um exemplo disso: ela não teve sucesso em sua primeira cirurgia. O médico cirurgião que a atendeu não era especialista nesta área. “Senti muita dor, fiquei bastante tempo com o tampão e qualquer vento que tomava dava dor de cabeça”, comenta.

Ela teve, então, que buscar um especialista que realizasse a rinoseptoplastia. “Hoje, depois de fazer novamente o procedimento, sem qualquer trauma, nem o uso de tampão, até as dores de cabeça foram embora. A sensação de respirar livremente é muito boa. Vale a pena, mas fica o alerta para se buscar um médico recomendado”, ressalta a jovem, que  planeja fazer agora uma cirurgia na orelha.

 

Sorriso de orelha a orelha

Camille Giacometti Marques, de 13 anos, nunca amarrava o cabelo. Deixá-los molhados na praia, então, nem pensar.  O incômodo, fora do normal, era em função da chamada orelha de abano. “Eu me achava feia e começaram a me dar apelidos”, lembra.

A mãe de Camille, Leny Ângela Giacometti Marques, conta que aos cinco anos a filha começou a reclamar que não queria aquela orelha. “Aos nove anos a situação começou a piorar. Ir à praia, para Camille, era terrível.”

Diante da situação, os pais da garota começaram a pesquisar sobre a cirurgia que corrige esse tipo de problema, chamada  otoplastia. Foram três anos  pesquisando e se preparando. Em julho do ano passado, aos 12 anos, Camille se submeteu ao procedimento.

“Hoje eu posso prender o cabelo, ficar com ele molhado e ninguém fala nada. A minha orelha está perfeita”, diz, aliviada e feliz.

Quando fazer a cirurgia

Segundo Dr. Maurício Buschle, médico otorrinolaringologista, o procedimento para corrigir anomalias ou doenças é indicado a partir dos seis anos de idade, quando as orelhas já atingiram o seu tamanho normal. “Os pais podem perceber a alteração cedo e devem buscar corrigi-la antes do período escolar”, aconselha.

“Em geral, é nesta fase que os amigos notam e acabam por dar apelidos desagradáveis, que podem interferir até na aprendizagem da criança”, alerta o médico. Os especialistas explicam que elas se sentem complexadas, diferentes do grupo e se isolam. Muitas vezes, deixam até de querer ir à escola.

A otoplastia aproxima a orelha da cabeça, corrigindo a deformidade. Em alguns casos, pode ser feita até sem corte. E, quando necessária, a cicatriz é quase que imperceptível, além de ficar bem escondida.

De olhos abertos

Quando falamos em pálpebras caídas, logo imaginamos os efeitos negativos que esse problema pode trazer para o nosso visual. Isso porque os olhos são elementos-chave na expressão facial. Muito comum em função da flacidez gerada pela idade, o problema pode fazer com que a pessoa pareça mais triste, brava, cansada ou mais velha.

Porém, em alguns casos, a questão extrapola o lado estético, já que pode dificultar bastante a visão. Foi o que levou o professor Roberto de Fino Bentes, de 57 anos, a recorrer a uma blefaroplastia.  A cirurgia é indicada tanto para a revitalização do rosto quanto para tratar anomalias do crescimento da pele e músculos, em função de deformidades adquiridas por traumatismo ou doenças.

“Minha esposa e minha filha brincam que me submeti à cirurgia devido aos meus belos olhos azuis”, ri Roberto. Mas a verdade é que as pálpebras caídas incomodavam bastante os afazeres do seu dia a dia, inclusive nas atividades profissionais. “Eu precisava abrir os olhos com a ajuda das mãos”. Com a cirurgia, o olhar de Roberto ficou muito mais bonito; entretanto, o principal é que a dificuldade para ler acabou.

A resolução do problema era imprescindível para o professor, que dá aula de Educação a Distância e depende de uma boa leitura em frente ao computador. Ele conta que a recuperação após a cirurgia foi tão rápida que no dia seguinte já estava trabalhando.

Agora, o mundo pode admirar os belos olhos azuis de Roberto – e ele pode admirar o mundo.

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