Disfuncao-temporo-mandibular/ATM e Dor Orofacial

Um olhar abrangente sob o paciente

Quando a fisioterapia, a odontologia e a medicina unem-se para tratar a dor

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Além dos avanços tecnológicos e da evolução do conhecimento, principalmente na área da saúde, temos hoje um olhar diferenciado sobre o ser humano. É a interdisciplinaridade a serviço do bem-estar.

Na verdade, já tem algum tempo que as especialidades não trabalham mais sozinhas. A evolução trouxe um enfoque multidisciplinar e interdisciplinar para a complexidade que é o corpo humano, ou melhor, o ´ser` em toda a sua multidimensionalidade: a biológica, a psíquica, social, afetiva, a racional e outras tantas.

Atender um paciente, não é trabalho simples, o que torna praticamente impossível um único profissional da saúde estar a par dos avanços da área. Dessa forma, as clínicas e hospitais possuem equipes multidisciplinares, beneficiando o atendimento e o diagnóstico, feitos com mais eficácia. Há ainda profissionais que focam seu trabalho em um atendimento multidisciplinar, por possuírem outras especializações e, assim, conseguem oferecer aos seus pacientes um tratamento mais abrangente. Dra. Claudia Judachesci é um exemplo disso. Fisioterapeuta e cirurgiã dentista, ela trata de problemas que envolvem as duas áreas, com maior eficiência. Ao mesmo tempo em que elas são tão distintas, também se complementam. “Somos uma complexa estrutura de músculos, ossos, ligamentos e tendões. Quando algo está errado em uma das estruturas, a outra pode sentir o efeito,” declara Dra. Claudia.

Um dos problemas tratados em seu consultório é a disfunção temporomandibular. Como cirurgiã dentista, Dra. Claudia diagnostica o problema e, como fisioterapeuta, o trata. Geralmente causada pela tensão e pelo mau relacionamento entre a arcada dentária em relação as estruturas craniomaxilomandibulares em conjunto com a A.T.M. (articulação temporomandibular). Estas estruturas relacionadas com outras disfunções como a tensão muscular, problemas anatômicos, até mesmo o estresse, podem desenvolver dores, bruxismo, enxaqueca, dor de ouvido e até surdez momentânea. Seu tratamento é feito associando várias técnicas de fisioterapia, como a acupuntura, eletroacupuntura, exercícios funcionais, exercícios faciais, incluindo, é claro, a odontologia. Nesta área o acompanhamento pode envolver a ortodontia funcional, infiltração local e até o uso da toxina butolínica tipo A.

Equipe multidisciplinar

Os fisioterapeutas recebem em seus consultórios indicações de inúmeros profissionais, que encaminham pacientes com as mais diversas patologias físicas, por tratarem a posturologia, envolvendo as sequelas ocasionadas pela tensão, falta de alongamento e atividade física. Um exemplo são os ginecologistas, sendo as maiores queixas: a bexiga caída (prolapso), flacidez pélvica, incontinência urinária, baixa libido e falta de prazer, que levam além de problemas de saúde, crises conjugais, baixa autoestima, isolamento social e a depressão.

Possuímos um conjunto de músculos que se inicia na cervical e termina nas articulações dos membros inferiores. “Eles englobam o púbis e o cóccix, que têm como função sustentar os órgãos como a bexiga, intestino e o útero, e podem permitir ou interromper a ação das necessidades fisiológicas. Além disso, tem papel importante na sexualidade. A falta de exercícios, a idade, a menopausa, fazem com que esses músculos fiquem enfraquecidos, ocasionando certas disfunções, como as incontinências urinárias, a dor pélvica crônica, além de distúrbios sexuais. Outro fator é a histerectomia, a retirada do utero, que exige fortalecimento muscular para previnir as alterações futuras tanto fisicas como emocionais”, destaca Dra. Claudia que também é especialista em fisioterapia uroginecológica. Segundo ela infelizmente, ainda existem muitas mulheres que convivem com esses males, deixando de viver uma vida plena e realizada, sofrendo por não buscarem tratamento.

“Atuamos nas disfunções do assoalho pélvico, promovendo o fortalecimento de toda a musculatura com exercícios fisioterápicos, utilizando aparelhos franceses de altíssima tecnologia”, enfatiza. Cada paciente recebe um tratamento personalizado. Assim, a fisioterapia uroginecológica trata e recupera a autoestima do paciente, melhorando, consequentemente, seu bem-estar e sua qualidade de vida.

Segundo Dra. Claudia, o ser humano é um organismo único, e ao ser estudado com este olhar multidisciplinar pela medicina, os diagnósticos são mais eficazes e quem ganha é o paciente. “Tratamos o todo, tudo está interligado, como uma “engrenagem”, assim, compreende-se a importância de se ter um olhar diferenciado e abrangente sobre o paciente”, conclui.

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