Reabilitação

Terapia contemporânea

A mente interfere no corpo

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O Rolfing e respiração meditativa têm transformado vidas combatendo as doenças psicossomáticas, aliviando dores e restabelecendo o equilíbrio físico, mental e emocional.

O estresse é a causa de dois terços das disfunções e doenças dos indivíduos que frequentam os consultórios médicos. Significa que o ser humano nunca foi exposto a tanto desgaste como nos dias de hoje: vida corrida, rotina exaustiva, competição desenfreada, metas a serem cumpridas, questões financeiras… Mas, enfim, o que é o estresse?

Certamente, muitos sintomas dessa doença contemporânea apareceram com as mudanças ocorridas no mundo, pois cada vez mais somos exigidos para além das nossas possibilidades físicas, mentais e sociais, e o corpo responde com o desequilíbrio das funções vitais. É o estresse. E para    reequilibrar o corpo e as emoções, um novo conceito de terapia contemporânea vem tratando pessoas muito ansiosas, estressadas e com dores musculares: o Rolfing e a consciência de uma respiração meditativa.

“Procurei o Rolfing porque tenho uma escoliose acentuada, que provocava muita dor e me deixava estressada, nervosa, com dor de cabeça e corpo tenso. A partir do momento em que iniciei as sessões, meu humor mudou, estou mais calma, aprendi a me conhecer, a controlar minha ansiedade e a ter boa convivência no trabalho e na família”, revela a revisora de textos Gislaine Stadler de Oliveira Coelho, de 32 anos.

Autodesenvolvimento e bem-estar

“Em geral, as pessoas procuram a terapia corporal para o alívio da dor fisica, porém, na sequência do trabalho, elas vão se percebendo mais na sua integração corpo, mente e emoção”, afirma a rolfista Maria das Graças Vilas Boas, certificada pelo Rolf Institute dos Estados Unidos. Segundo ela, a meditação é a base do autodesenvolvimento e do bem-estar. “De modo gradual, quase imperceptível, a meditação transforma a qualidade da vida diária, estimulando criatividade, exercitando as capacidades mentais e integrando corpo e mente”, acrescenta.

Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) há três anos, a bancária aposentada Vera Regina Knewitz, de 59 anos, apresentou melhoras significativas com esta prática. “Ampliei os movimentos de braços e pernas, a musculatura facial melhorou muito e isto ajudou a elevar a minha autoestima. O Rolfing significa a recuperação da minha vida”, comemora.

A terapia consiste na estimulação manual pelo terapeuta, ponto por ponto, para a liberação da fáscia, órgão 80% sustentador e responsável pelo movimento mecânico do músculo. “Neste momento, a respiração consciente da pessoa é fundamental para ajudar no trabalho do terapeuta, para o reposicionamento dos músculos nos seus devidos lugares, dando então o alivio à dor”, explica a especialista. O processo traz ao indivíduo uma abertura aos mistérios do corpo, como usar a gravidade a seu favor. Assim, o indivíduo aprende a ter uma postura correta no dia a dia, como parar em pé sem sentir cansaço nas pernas, como subir e descer uma escada, trabalhar no computador, falar ao telefone, ou seja, como se movimentar adequadamente nas atividades diárias. O Rolfing vem auxiliar o bem-estar em geral, incluindo as especificações: escoliose, bruxismo, fibromialgia, lombalgia e fadiga muscular. Trata-se de uma terapia de reeducação do corpo, que possibilita à pessoa descobrir modos mais eficientes nas suas atividades diárias pela amplitude dos movimentos e sensação de ser e ter um corpo livre de restrições.

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