Coloproctologia

Técnica cura hemorroidas sem dor

Cirurgia conhecida por PPH acaba com o problema da hemorroida que afeta homens e mulheres

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Hemorroidas e cirurgia. Essa combinação dá arrepios em muita gente que sofre com o problema. “Ouvia as histórias de cirurgia de hemorroida e tinha muito medo de operar por conta da dor”, diz a dentista londrinense Marlise Hirabara, de 40 anos. “Já tinha operado pelo método convencional, depois o problema voltou e não tinha coragem de operar novamente”, lembra um agropecuarista de Assis, de 48 anos.

A história dos dois mudou quando eles descobriram uma nova técnica que proporciona um pós-operatório sem dor, sem necessidade de passar a noite no hospital ou ficar longos períodos afastado do trabalho e das atividades do dia a dia. Chamado PPH, o método já é utilizado em Londrina pelo coloproctologista Marison José Koji Uratani.

Ele conheceu a técnica quando ainda era médico residente e se surpreendeu com os resultados. “O PPH foi desenvolvido por um italiano e com essa técnica não é preciso mexer na parte externa do ânus. Tudo é feito dentro do reto”, explica Dr. Uratani.

O aparelho é um grampeador que corta e sutura uma área que está a quatro centímetros do ânus. O médico descreve que esse procedimento corta o vaso que irriga a hemorroida e, como consequência, ela murcha e não volta mais. Na cirurgia convencional, a doença pode voltar, pois retira-se somente o vaso que está com a hemorroida e isso possibilita a volta em outro vaso. Com o PPH, a pessoa fica sem a doença hemorroidária.

“Agora já não teria mais medo de fazer novamente a cirurgia se fosse preciso, mas o doutor garantiu que o problema não volta mais”, conta o agropecuarista. Ele operou pela manhã e na tarde do mesmo dia já estava em Assis, sem dores. “Fiquei muito satisfeito, tinha medo de operar até que vim para Londrina e fui informado do tratamento. Voltei uma semana depois para consultar e na semana seguinte, já iria operar. Vim embora para Assis no mesmo dia”, declara.

Cirurgia rápida e sem dores

Mesmo tendo vivido uma experiência com a cirurgia tradicional, feita em 1986, o agropecuarista diz que ficou otimista com o PPH. “Acredito muito na evolução da medicina e quando vi a reportagem pensei: bom será se comigo for assim. E realmente é outra cirurgia, não tem todos os problemas do pós-operatório, a higiene, a dificuldade de ir ao banheiro”.

Dr. Marison Uratani explica que a grande diferença é que na cirurgia convencional o mamilo hemorroidário é retirado com uma tesoura, com isso fica uma ferida aberta que não pode ser fechada para não correr o risco de causar infecção no local. Para evitar a contaminação, o paciente enfrenta um pós-operatório sofrido e cheio de regras de higiene, com pomadas, banhos de assento e não pode sequer usar papel higiênico.

Combinação que deixava a dentista londrinense temerosa. “Tive o problema quando a minha primeira filha nasceu, em 1998. Acho que tinha medo de operar. Era para ser com essa técnica nova, pois quando decidi que ia fazer a cirurgia apareceu o PPH. Se soubesse da técnica antes teria operado com certeza. No primeiro dia já voltei para casa, fui ao banheiro e foi muito tranquilo”, relata a dentista.

O agropecuarista também resume a trajetória até encontrar o procedimento: “fiquei cerca de 10 anos sofrendo. Mas cheguei em um ponto que estava convencido que tinha que procurar um médico, não dava mais para postergar. Agradeço a Deus por ter visto a reportagem sobre esta técnica”, conclui.

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