Odontogeriatria

Sorriso maduro

A busca pela beleza e saúde bucal pode ser feita em qualquer idade

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Leony Raymundo de Menezes está longe do estereótipo de avó, com grossas lentes nos óculos e tricotando na sala. Muito pelo contrário! A advogada aposentada esbanja vitalidade e se assume como vaidosa: “Eu não vou nem à padaria sem me arrumar!”, brinca. Preocupada com sua aparência e beleza, o sorriso não passou despercebido. “Acho que os dentes são uma parte muito importante e precisava melhorá-los. Agora, posso sorrir o dia inteiro”, conta satisfeita.

Nos últimos anos, a qualidade de vida do idoso mudou muito. Hoje, é comum que eles tenham uma rotina ativa. Muitos, mesmo depois de aposentados, continuam atuantes no mercado de trabalho. Com independência financeira e filhos criados, viagens, atividades, festas e novos relacionamentos se tornaram comuns a esse público. Com a expectativa de vida cada vez maior, os tratamentos dentários passaram a ser muito procurados. Implantes, próteses, substituição de próteses antigas por materiais mais modernos e práticos, qualquer atitude é válida para ganhar mais funcionalidade, beleza e bem-estar.

“Na saúde do idoso está inclusa uma boa alimentação, e os dentes são fundamentais para isso. A falta de dentes ou dentaduras gastas impedem a boa alimentação, além de causarem constrangimentos”, explica o Dr. Eduardo Gurkewicz, cirurgião-dentista que tem 28 anos de profissão e é especialista em atender ao público de mais idade.

A odontologia hoje possibilita que os pacientes tenham um sorriso perfeito, como tinham aos 20 anos. “É comum que pacientes acima dos 70 anos procurem clínicas e consultórios odontológicos para fazer implantes, clareamentos e muitos outros tratamentos, porque querem ter dentes bons e vida plena”, diz o especialista em implantes.

 

Sem medo

Apesar do desejo de melhorar a aparência, entrar na clínica não foi fácil para Leony. “Eu estava com medo e assustada, porque já tinha realizado tratamentos anteriores muito dolorosos e frustrantes. Mas, como tinha alguns dentes inferiores tortos, falta de outros por extrações e usava uma prótese que me machucava demais, quando minha irmã recomendou, vim imediatamente”, relembra.

Ela começou o tratamento há menos de três meses e hoje já sorri com perfeição. “O mais importante é que foi tudo sem dor, sem machucar. O profissional, altamente especializado, me esclareceu todas as dúvidas e me explicou cada procedimento desde a primeira consulta, o que me deu muita tranquilidade”, conta Leony. A diferença já é visível: a filha de Leony comentou a qualidade e a beleza do sorriso da mãe.

 

Traumas

Leony não é uma exceção. Muitos pacientes tremem só de lembrar do barulho e do cheiro dos consultórios odontológicos, por isso, ficam anos sem consultar um especialista. Um dado ainda mais alarmante foi divulgado recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 18% dos brasileiros, ou seja, praticamente um em cada seis, sequer teve um atendimento.

Entretanto, o Dr. Eduardo tem a receita para atender esses pacientes traumatizados. “Nesses casos, faço o tratamento acompanhado de um médico anestesista, que injeta um sedativo leve na veia, induzindo a pessoa ao sono”, explica. Assim, ele realiza todo o procedimento enquanto o paciente dorme, monitorado pelo anestesista. “Ao mesmo tempo em que o médico monitora a pressão e a respiração, posso realizar cirurgias, extrações, implantes e até mesmo clareamento com tranquilidade, tanto para mim quanto para o paciente”, explica o Dr. Eduardo.

Ao acordar, não há dor nem lembrança do que foi feito durante a sedação, evitando estresse, desconforto e cansaço, já que alguns procedimentos exigem que permaneça com a boca aberta por longos períodos. “Tenho pacientes que estavam há muitos anos sem ir ao dentista e se sentiram seguros com esta ferramenta. Muitas vezes, com o tempo, eles acabaram ganhando confiança e o sedativo não foi mais usado”, conta.

 

Mais que beleza, saúde!

Sopas, canjas e toda variação de alimentos pastosos por muito tempo foram associados às pessoas mais velhas. Era comum que elas recorressem a esse tipo de alimento, já que não possuíam boa mastigação. Pela precariedade e difícil acesso a especialistas, muitos perdiam vários dentes e usavam dentaduras de baixa qualidade.

A saúde do corpo todo acabava sendo prejudicada. “Alguns alimentos fundamentais para o corpo exigem mastigação, como fibras e carnes. Por não terem bons dentes, muitos idosos eram induzidos a comer sopas e, com isso, perdiam cada vez mais a habilidade de triturar os alimentos e absorver melhor seus nutrientes. Assim, comprometiam sua saúde e imunidade”, explica o Dr. Eduardo.

Hoje é possível reabilitar completamente tanto a parte funcional quanto estética por meio de implantes, sejam individuais ou parciais, reestabelecendo a capacidade de mastigação do paciente. “A boca é a porta de entrada de todo o corpo. Mastigar bem e ter um sorriso bonito melhora não apenas a saúde, mas também a parte psicológica, porque a pessoa que não tem dentes, ou os possui estragados ou gastos, começa a se fechar para o mundo e evita relacionamentos amorosos, eventos. Acaba se isolando pela perda da autoconfiança”.

O desgaste dos dentes, que é natural com o passar dos anos, é previamente corrigido antes da colocação dos implantes. “Primeiro reabilitamos o que foi gasto, para depois repor as falhas. Não é possível apenas colocar os novos dentes sem corrigir os que são naturais, pois dentes gastos e menores comprometem a estética facial e acarretam na perda da força mastigatória”, esclarece o Dr. Eduardo.

 

Cuidados no dia a dia

Com o passar do tempo, há o desgaste natural dos dentes e a diminuição da saliva, condição agravada pelo uso contínuo de medicamentos. Assim, a qualidade da saúde bucal fica altamente comprometida. “É a saliva que protege nossos dentes, gengiva e ossos. Com esta diminuição, a incidência de doenças é muito maior, por isso, a manutenção é fundamental”, explica o Dr. Eduardo.

Além da diminuição da saliva, também interferem na saúde bucal a perda da habilidade manual e de visão. Idosos com esses problemas não conseguem cuidar corretamente da boca e dos dentes, acarretando diversos problemas, como cáries, problemas periodontais (nas gengivas) e muitos outros.

Para alguns pacientes com idade mais avançada, o simples ato de escovar os dentes ou passar a fita dental pode ser um verdadeiro desafio. “Aqui na clínica, todo paciente idoso recebe uma escova elétrica, que facilita a higienização da boca, porque não exige habilidade manual. Além disso, cada paciente vem pelo menos uma vez por mês no consultório, para manutenção”, conta Gurkewicz.

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