Odontologia

Sorria sem medo e sem traumas

Ortodontia permite que adultos conquistem o sorriso perfeito

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Se até pouco tempo atrás ter um “sorriso metálico” era típico de adolescentes, hoje a realidade é outra. É comum ver pessoas com mais idade recorrendo à ortodontia para conquistar um sorriso harmônico, alinhado e com as funções em ordem. E aí elas colocam aparelho – seja pela primeira vez ou para consertar tratamentos anteriores mal-sucedidos.

A professora universitária Danielle de Cássia, de 27 anos, buscou ajuda profissional após uma experiência ruim. “Eu tinha mordida cruzada, que me incomodava bastante porque não tinha alinhamento dentário. Devido a um tratamento anterior, tive perda de dentes, mas sei que hoje é possível fazer implantes associados à ortodontia. Quando tirar o aparelho e meus dentes estiverem alinhados, poderei fazer outros procedimentos, como clareamento”.

“Eu trabalho muito com público e, além disso, trabalho na área estética. Mostro a beleza através de maquiagens e penteados. Se eu não mostrar uma harmonia na face, como vão contratar o meu trabalho? Então, preciso ter este cuidado, pois os dentes são fatores importantes de nossa imagem, através do sorriso e conversação”, diz Danielle.

Com modernos recursos e muitas possibilidades, o tratamento hoje é menos invasivo e praticamente indolor. Os valores mais acessíveis, bem como a melhora na qualidade dos materiais e na aparência, estão levando cada vez mais adultos aos consultórios ortodônticos. “A ortodontia para adultos trabalha muito no sentido de preparar a boca para outros procedimentos e especialidades, como conseguir mais espaço para a colocação de um implante, um dente de porcelana ou facetas. Claro, isso somado ao ganho estético e funcional”, explica o Dr. Eurides Gurkewicz, especialista que há 27 anos atua na área ortodôntica, de próteses e periodontia.

Ele conta que a maioria dos adultos que necessitam fazer o uso de aparelhos está acima dos 40 anos. “Os tratamentos ortodônticos eram de alto custo há algumas décadas e em cidades pequenas não se tinha muito acesso, por isso, há muitos pacientes com perdas desnecessárias de dentição. Quando há a perda de um dente, quebra-se o equilíbrio da mastigação, pois os dentes acabam saindo da posição correta e entortando, rotacionando e comprometendo a saúde bucal”, diz o especialista.

Dr. Eurides conta que o envelhecimento não passa despercebido pela boca. “Com a idade, ela perde volume, ocorrendo um estreitamento e encurtamento dos arcos dentários, o que dificulta a higienização, a mastigação adequada dos alimentos e afeta a autoestima, já que a pessoa fica com vergonha de falar ou sorrir”.

A função da ortodontia é reencaixar e alinhar a mordida – e ela é, basicamente, a única forma de fazer isso. Entretanto, não basta simplesmente recorrer a um ortodontista, antes é preciso cuidar da saúde da boca. “Para a colocação do aparelho, os dentes não podem ter cáries, cálculo, placa e problemas na gengiva. Se houver algum siso mal posicionado que não vai ser aproveitado, é preciso fazer a cirurgia para removê-lo”, diz o ortodontista.

Um estudo realizado pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo mostrou que, em 1990, apenas 10% dos pacientes ortodônticos eram adultos, número que saltou para 50% em 2010. Isso se deve em grande parte também à maior preocupação com a estética e maior expectativa de vida.

Apinhamento (dentes “amontoados” por falta de espaço) e dentes tortos (mal posicionados nas arcadas) são as principais causas que levam os adultos a buscar ajuda.  Com os avanços na tecnologia e qualidade dos materiais, hoje os tratamentos são mais rápidos e discretos. Existem até mesmo aparelhos invisíveis, que não ficam tão à mostra, além dos tradicionais, que hoje têm maior tecnologia. “Antes era comum que os pacientes ficassem por três, cinco, até sete anos ou mais com os aparelhos. Hoje os tratamentos duram em média dois anos, dependendo da complexidade de cada caso”, explica Dr. Eurides.

Ele também ressalta a importância de buscar bons profissionais. “Peça referências, busque informações sobre o ortodontista, ligue no Conselho Regional de Odontologia e veja se é credenciado e, se possível, converse com quem já fez tratamento com este profissional. Isso evita aborrecimentos e procedimentos desnecessários. Não fique com dúvidas quanto ao tratamento e resultados esperados. Assim, poderá avaliar o investimento e ter segurança”.

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