Avanços da Medicina

Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta más condições por conta de má gestão pública

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Há anos o sistema público brasileiro de saúde sofre com o descaso da máquina de administração pública que, por diversos motivos, ignora sua readequação e não investe de maneira adequada em sua melhoria. Isso ocorre de forma semelhante em todas as cidades brasileiras. Em Londrina, por exemplo, os leitos de UTI estão sempre ocupados e dificilmente ficam vagos. São 94 vagas distribuídas em unidades adulto, pediatra e neonatal, com uma procura tão alta que, de acordo com reportagem recente do jornal Gazeta do Povo, o ideal seria que o município tivesse mais 25 unidades. Segundo a matéria, “a única alternativa que Londrina tem para driblar a superlotação é encaminhar os casos que não exigem conduta tão especializada para Cambé, a 10 km da cidade”.

A situação tem causado desconforto nos profissionais da saúde, que reclamam de baixa remuneração, condições de trabalho inadequadas, falta de recursos e estrutura para o atendimento e precariedade da assistência à população. “Os problemas do SUS no Paraná são os mesmos enfrentados no Brasil inteiro”, afirma o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Dr. Carlos Roberto Goytacaz Rocha. “O SUS foi criado sem orçamento específico para a saúde, o que dificulta o seu gerenciamento”, acrescenta.

Uma luta dos conselhos regionais de Medicina – e também do federal – é pela regulamentação da Emenda Constitucional 29, que fixa percentuais mínimos de investimentos na saúde por parte da União, dos estados e dos municípios. “Enquanto isso não ocorrer, o que se consegue é tentar apagar o fogo”, afirma o presidente do CRM-PR. Outro problema apontado é a falta de independência, principalmente nos pequenos municípios. A criação de uma carreira para o médico no SUS poderia ser uma solução, segundo o conselheiro do CRM-PR Dr. Donizetti Dimmer Giamberardino Filho, diretor do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional. “Com os concursos públicos municipais, os médicos viram ‘reféns’ de cada gestão.”

O conselheiro ainda avalia que um dos maiores entraves do SUS é o sistema de urgência e emergência. Falta apoio pactuado para garantir leitos, faltam especialistas e isso se agrava muito em algumas regiões no Norte do Estado, onde não há neurocirurgiões para atender as vítimas de acidentes.

A presidenta Dilma Roussef disse na ONU que a saúde da mulher é prioridade. Reduzir a mortalidade infantil, o câncer de mama e o câncer de colo de útero são as principais políticas de seu governo. Recentemente, o governo lançou dois programas “Melhor em Casa” e “SOS Emergências” e promete lutar com toda a garra para que estas novas ações tragam melhoria para a população e dignidade para a área da saúde e da classe médica.

Porém, o governo vai usar as mesmas verbas e diz que vai continuar “a aperfeiçoar” métodos para fiscalizar os gastos e os desperdícios sem tréguas para os desvios e os maus feitos. Nós, que trabalhamos com a informação, gostaríamos muito de publicar esses avanços. Isso acontecerá quando o país colocar a corrupção como um crime hediondo. Participe! Exija que a PLS – PROJETO DE LEI DO SENADO, nº 204 de 2011, seja aprovada. Assine abaixo-assinados, debata o assunto nas redes sociais e encaminhe o seu manifesto. Em 2012, vote consciente.

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