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Sem sol, sem vitamina D?

Com a chegada do período mais frio do ano, saiba quais são suas opções para manter seu nível de vitamina D normalizado

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O inverno já bate à porta. Em breve, o sol deixará de ser um companheiro diário e, com isso, a principal forma de reposição de vitamina D não estará mais disponível. Nos períodos mais frios, a deficiência de vitamina D na população chega a quase 80%.

A vitamina D atua na absorção de cálcio, garantindo a saúde dos ossos – além de mais de 200 outras funções. “Se ela é insuficiente, o corpo não absorve o cálcio fornecido pela dieta ou por suplementos, o que afeta diretamente a saúde dos ossos e pode levar à osteoporose”, explica a médica Dra. Claudia Kloster, especialista em nutrologia. Ainda mais séria é a deficiência de vitamina D na infância, pois provoca o raquitismo – falta de calcificação dos ossos.

Outro fator importante é que boa parte das vitaminas não é autônoma. Para executar suas funções, elas precisam da ajuda de outras vitaminas e nutrientes – e a vitamina D é muito usada nesses processos. Para suprir as deficiências, a vitamina D pode ser administrada de outras formas, como através de cápsulas, mas apenas mediante recomendação de um médico, para evitar que ocorra desequilíbrio em relação a outros nutrientes.

O comerciante Romário Túlio percebeu rapidamente a diferença que a vitamina D fez. “Eu não tinha ânimo para nada. Agora tenho muita disposição, meu rendimento nas atividades físicas melhorou significativamente, minha força aumentou, durmo bem e até meu humor está melhor”, diz ele que, após exames, diagnosticou a carência e faz reposição há alguns meses.

A nutróloga lembra que, além da suplementação, é essencial que as pessoas busquem uma alimentação equilibrada. “É preciso visitar o médico regularmente, fazer atividade física e tentar tomar de dez a 15 minutos de sol nos braços e pernas todos os dias”, diz a Dra. Claudia. “Assim é possível manter uma boa saúde óssea e evitar muitas doenças, como, por exemplo, as doenças autoimunes”, finaliza.

 

10 doenças associadas à baixa da Vitamina D

1- FRAQUEZA MUSCULAR – a fraqueza muscular geralmente é causada por deficiência de vitamina D, que faz com que os músculos esqueléticos funcionem perfeitamente.

2- PSORÍASE – um estudo publicado pelo UK PubMed Central concluiu que a vitamina D sintética é útil no tratamento da psoríase.

3- DOENÇA RENAL CRÔNICA – pacientes com doenças renais crônicas avançadas são incapazes de produzir a forma ativa da vitamina D. A reposição é frequentemente necessária.

4- DIABETES – um estudo realizado na Finlândia com mais de dez mil crianças provou que aquelas que receberam doses diárias de vitamina D no primeiro ano de vida tiveram o risco de diabetes do tipo 1 reduzido em 80%.

5- ASMA E INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS – pesquisas realizadas no Japão revelaram que os ataques de asma em crianças em idade escolar foram significativamente reduzidos naqueles que tomaram suplemento diário de vitamina D. Outro estudo, publicado no Jornal de Cambridge, mostra que a carência de Vitamina D predispõe as crianças a doenças respiratórias e gripes.

6- ESCLEROSE MÚLTIPLA – um estudo realizado no Irã informa que a suplementação de vitamina D pode prevenir ou retardar o aparecimento da esclerose múltipla.

7- DOENÇA PERIODONTAL – aqueles que sofrem desta doença crônica da gengiva, que provoca inchaço e sangramento, devem considerar aumentar seus níveis de vitamina D, para a produção de compostos que contêm propriedades antimicrobiais e diminuem o número de bactérias na boca.

8-DOENÇAS CARDIOVASCULARES – insuficiência cardíaca congestiva está associada à deficiência de vitamina D. Pesquisa realizada na Universidade de Harvard detectou que mulheres com níveis baixos de vitamina D tiveram um aumento de 67% no risco de desenvolverem hipertensão.

9- ESQUIZOFRENIA E DEPRESSÃO – um estudo descobriu que manter bons índices da vitamina D entre mulheres grávidas e durante a infância era necessário para o desenvolvimento e manutenção da função mental na vida adulta.

10- CÂNCER – pesquisadores da Georgetown University Medical Center descobriram uma ligação entre a ingestão de vitamina D e a redução de até 75% do risco de câncer de mama.

* Com informações do portal vitaminadbrasil.org

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