A funcionária pública aposentada Emília Nogueira Pinto, de 58 anos, sofria com problemas de colesterol alto e hipertensão, para os quais tomava medicamentos que causavam efeitos colaterais, afetando o fígado. “Ao me alimentar, sentia estufamento e mal estar. Foi quando resolvi fazer uma desintoxicação com hidrocolonterapia e tudo melhorou”, comemora. Emilia conta que depois de se submeter ao tratamento seu colesterol baixou, a hipertensão ficou controlada e ela não sente mais qualquer indisposição. “Foi uma desintoxicação importante para minha saúde, mas o procedimento não é nada agressivo”, acrescenta.

A hidrocolonterapia tem como objetivo restabelecer a qualidade e o ritmo intestinal, prevenindo e/ou tratando a constipação e as doenças degenerativas do intestino. “Este procedimento terapêutico de limpeza e desintoxicação completa do intestino grosso é realizado com água suficiente para preencher o cólon por meio de um aparelho ligado em água corrente aquecida e filtrada. Leva à recuperação da permeabilidade da mucosa, facilita a drenagem do fígado e das vias biliares, do sistema linfático e dos órgãos pélvicos”, explica a enfermeira Rosângela F. V. de Souza (COREN 4729).

Desânimo, cansaço e estresse podem ser de origem intestinal. Estudos mostram que o intestino produz vários neurotransmissores, enzimas e hormônios, entre eles um neurotransmissor chamado serotonina que está relacionado ao prazer e ao bem-estar. Também no intestino encontra-se 80% do nosso potencial imunológico. Um desequilíbrio na flora intestinal causa  diminuição da serotonina, gerando desânimo e mau humor, e por tempo prolongado pode levar a uma depressão imunológica.

A técnica é um dos principais recursos para a desintoxicação de todo o organismo. Pode ser feita em crianças a partir de 10 anos de idade, adolescentes, adultos e idosos. As principais indicações incluem pessoas com transtornos gastrointestinais, constipação severa, problemas respiratórios, infecções, alergias, enfermidades sistemáticas, metabólicas e endócrinas, intoxicações alimentares, alcoólicas, hepáticas e medicamentosas (por corticoides, antibióticos e hormônios), obesidade, acne, prisão de ventre, gases, inchaço nas pernas, baixa libido, TPM, colites, parasitoses, halitose (mau hálito), agressividade, mau humor, fadiga, estresse, insônia, enxaqueca, ansiedade, depressão, hipertensão, entre outros. As contraindicações seriam: cardiopatias, problemas neurológicos, hipertensão arterial não controlada, hemorragia no trato intestinal, carcinoma do cólon, fissuras anais, gravidez, aderências pélvicas, colite ulcerosa, colostomia, diverticulite, doença de Crohn e hérnias abdominais ou inguinais.

O tratamento dura de 6 a 10 sessões, ou também pode ser terapêutico, realizado em 3 sessões. É recomendado, durante o tratamento, manter uma dieta sem farináceos, carnes e lácteos. Ao final de tratamentos prolongados é realizada uma reposição de lactobacilos. Além disso, os pacientes são orientados por um nutricionista ou nutrólogo que ajudam na re-educação alimentar, aumentando a qualidade de vida através de uma dieta rica em fibras, nutrientes, frutas, verduras e outros produtos naturais.