Avanços da Medicina

Revolução no conceito de emagrecer

Sem utilizar anorexígenos ou fórmulas “milagrosas”, um novo tratamento vem promovendo o fim do sobrepeso e da obesidade de forma natural, saudável e segura

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Uma nova discussão na sociedade brasileira trouxe à tona os perigos que os remédios para emagrecer causam à saúde. Embora a classe médica se mostre dividida sobre o assunto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer banir de vez a comercialização de todas as drogas usadas para perder peso. A sibutramina e os derivados de anfetamina (femproporex, dietilpropiona e mazindol) – substâncias que tiram a fome e fazem emagrecer rapidamente, causam enormes danos à saúde, uma vez que agem como estimulantes no sistema nervoso central.

Segundo a Anvisa, os benefícios destas substâncias no tratamento do sobrepeso e obesidade, por mais que o medicamento seja controlado e indicado apenas para pacientes com determinados perfis, são inconsistentes, uma vez que não há evidências suficientes que demonstrem que a perda de peso supera os riscos cardíacos e outros efeitos colaterais. Além de deixar o paciente agitado, com insônia, irritabilidade, perda de memória e depressão, os anorexígenos podem causar taquicardia, dilatação excessiva das pupilas, danos na válvula cardíaca e até hipertensão pulmonar fatal. Além disso, o uso contínuo pode levar à degeneração das células cerebrais, causando lesões irreversíveis ao cérebro.

“Outro efeito colateral importante dos anorexígenos é o aumento de apetite quando seu uso é interrompido, o que poderá causar a recuperação do peso perdido e ainda propiciar um ganho maior”, alerta a médica nutróloga Dra. Giane Galvão, que através da Nutrologia utiliza um tratamento diferenciado e natural para o emagrecimento saudável e seguro, ou seja, aquele que se baseia na desintoxicação com vitalização do organismo, aliando reeducação alimentar e atividade física. “É com essa visão diferenciada de tratamento que desenvolvemos um programa de emagrecimento, tendo como resultado a boa forma, o bem-estar e a promoção da qualidade de vida”, acentua a especialista, que atua na Nutrologia & Nutrição Clínicas Médicas, em Curitiba.

Para a bancária Dione Maria Giotto, de 55 anos, o tratamento foi uma espécie de renascimento. “Com certeza eu ainda terei muito a agradecer por isso. Sinto-me forte, saudável e motivada para a vida”, enfatiza a paciente que apresentava obesidade, ansiedade, depressão, síndrome do pânico, diabetes, esteatose hepática (gordura no fígado), fadiga crônica, fibromialgia, insônia, entre outras doenças, sinais e sintomas. “Após perambular por inúmeros especialistas,  que invariavelmente me diziam que estava tudo normal com a maioria dos meus exames, eu me sentia cada vez pior e cheguei a pensar que estava num caminho sem volta”, conta a bancária, que já tomou sibutramina durante um mês e não emagreceu um grama sequer.

Em contrapartida, durante duas semanas de tratamento com a Nutrologia, Dione já não sentia mais a maioria dos sintomas e emagrecia a olhos vistos. “Nas primeiras sete semanas perdi 13 kg, ganhei qualidade de vida e passei a me sentir outra pessoa”, acrescenta a bancária, satisfeita com os primeiros resultados do tratamento. A mesma experiência foi vivida pela fonoaudióloga Jane Lawder, de 47 anos, portadora de uma asma brônquica alérgica que lhe causou um desequilíbrio generalizado no organismo e pelo uso excessivo dos corticoides, engordou 13 kg. “Adquiri hipotiroidismo, menopausa precose e dores articulares entre outros sintomas. No entanto, com o tratamento perdi 7 kg e reequilibrei o meu organismo”, conta a paciente que diz ser outra pessoa depois do tratamento, pois livrou-se tanto da asma como dos corticoides. “Ganhei uma nova vida”, ressalta.

Emagrecimento saudável e seguro

De acordo com a médica nutróloga, por trás de todo sobrepeso estão os distúrbios gastrointestinais. A disbiose desequilíbrio da flora intestinal é o que pode dificultar a absorção de nutrientes, ocasionando déficits nutricionais importantes. “As carências de vitaminas, minerais e aminoácidos podem resultar em baixa queima calórica. A deficiência nutricional contribui para a perda de massa magra (ossos e músculos) e ganho de massa gorda (% de gordura corpórea), acelerando os processos de envelhecimento precoce, sobrepeso e obesidade”, explica Dra. Giane Galvão.

Os sintomas mais comuns desses distúrbios são o aumento de apetite, as compulsões alimentares, o cansaço, a fadiga e até alterações do humor, como depressão, ansiedade e irritabilidade. Quanto maior a quantidade de gordura no organismo, maior é a capacidade do corpo acumular toxinas no tecido adiposo. “Portanto, o ideal é um tratamento que não atue tentando inibir o apetite, mas sim equilibrando o sistema gastrointestinal”, acentua a médica.

A bióloga Patrícia Cartes Patricio, de 41 anos, encontrou a solução para os seus problemas de saúde. Portadora de uma alergia alimentar crônica que restringia sua alimentação e manifestava-se com urticária generalizada, e que por duas vezes a deixou internada por agravação respiratória (reações anafiláticas), ela buscava com vários especialistas solucionar esta enfermidade que também estava acompanhada de prisão de ventre acentuada, dores de cabeça, insônia, gastrite e ganho de peso. Patrícia está há dois meses em tratamento e já apresenta grandes melhoras. “Descobri que estava com candidíase intestinal, hipotiroidismo e distúrbios hormonais. Com o tratamento, perdi 7 dos 8 kg que ganhei, não tenho mais inchaço no corpo, meu intestino passou a funcionar (já ficou 16 dias sem ir ao banheiro e agora vem alcançando um ritmo intestinal normal), a urticária diminuiu muito, enfim, estou bem melhor”, revela. De acordo com a paciente, a orientação da reeducação alimentar aliada à atividade física fizeram mudanças radicais em seu dia a dia. “Tudo isso resultou em mais disposição, resistência e melhor autoestima, uma diferença imensa na minha vida”, comemora.

Método: desintoxicação e vitalização do organismo

O tratamento na Clínica tem uma duração de 10 a 20 semanas e é composto de manipulações administradas por via oral (uso diário), intramuscular e endovenosas (semanalmente), prescritas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. O diagnóstico baseia-se na história clínica do paciente aliada a análise da bioquímica do sangue, urina, fezes e EDA (Endoscopia Digestiva Alta). “Os antimicrobianos seguidos dos lactobacillus e FOS (fruto-oligossacarídeos) equilibram o ecossistema gastrointestinal, enquanto os fitoterápicos ativam a função hepática e o trânsito intestinal”, esclarece Dra. Giane Galvão. Ambos atuam basicamente na desintoxicação, enquanto as suplementações nutricionais endovenosas e intramusculares são compostas basicamente de micronutrientes, ou seja, vitaminas, minerais e aminoácidos que promovem a vitalização orgânica de forma efetiva com ação imediata. “Este método de tratamento atende não só o emagrecimento e suas comorbidades, mas também por ter visão clínica abrangente, promove a fisiologia saudável, bem-estar e qualidade de vida de qualquer pessoa nas diversas faixas etárias”, ressalta Dra. Giane Galvão.

A N&N Clínicas Médicas tem se destacado há 10 anos em Curitiba por diferenciar a conduta terapêutica com resultados comprovados clinicamente por centenas de pacientes. O efeito do tratamento chega a ser tão rápido que surpreende o próprio paciente. Foi o caso da funcionária pública Jacqueline Cavalcante Formigoni Turci, de 36 anos, que está em tratamento há apenas 40 dias. “Ganhei 20 kg e não sabia por quê. Descobri por meio da Nutrologia que apresentava disbiose, excesso de ferro, colesterol e glicemia alterados, que precisavam ser tratados”, argumenta. Em pouco tempo de tratamento, Jacqueline perdeu 6 kg, não tem mais insônia, fibromialgia nos braços, e ganhou qualidade de vida. “Adquiri hábitos de vida mais saudáveis, bom humor e vontade de viver”, destaca.

O tratamento é isento de anorexígenos, anfetaminas, bezodiazepínicos e outras drogas que inibem o apetite,  chamadas comumente de “boletas”. “O uso crônico dessas drogas é altamente prejudicial, pois além de provocar distúrbios do humor, pode viciar o organismo e agravar as carências nutricionais. É o caso de pessoas que emagrecem 5 kg, engordam 10 kg e ainda desenvolvem outras comorbidades quando param de tomá-las”, reforça a médica.

 

Anorexígenos: perigoso recurso para o emagrecimento

A proibição dos inibidores de apetite ou remédios para emagrecer tem sido discutida desde o ano passado, quando a União Europeia tirou a sibutramina do mercado, fazendo também restrições às anfetaminas. Proibida em vários países, a sibutramina é usada para diminuir o apetite e entre os seus efeitos colaterais mais comuns estão a pressão alta, coração muito acelerado e palpitações. No Brasil, é um medicamento de tarja preta e só pode ser vendido com receita azul numerada, sendo que a farmácia não pode devolver a receita. Mesmo assim, em 2009, foram vendidas 67.500 toneladas de sibutramina no país, enquanto em outros países a venda da droga já estava sendo proibida.

No início de 2010, um relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas, mostrou que o Brasil é o primeiro país do mundo no consumo de anorexígenos e que, nos últimos anos, o uso dessas substâncias aumentou mais de 500% no  país. O que mais assusta é que esse consumo exacerbado tem origem nas prescrições médicas que objetivam o emagrecimento “artificial” das pessoas e nas vendas ilícitas pela internet. No entanto, o Conselho Federal de Medicina alerta que apenas nos casos de obesidade mórbida o risco dos efeitos colaterais é menor que o benefício.  De acordo com a médica faz-se necessário uma reflexão: “O que justifica a manutenção destas perigosas drogas no mercado em vista de seus efeitos colaterais que prejudicam qualquer pessoa, inclusive o obeso mórbido? Precisamos revolucionar o conceito de emagrecer”, finaliza Dra. Giane Galvão.

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