Medicina

Qualidade sexual e reprodutiva masculina

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O sexo plenamente prazeroso faz parte de uma vida saudável e feliz. Existem, entretanto, diversas anormalidades que podem afetar o desempenho e o relacionamento sexual masculino. A disfunção erétil (impotência sexual), a ejaculação precoce, a ejaculação retardada, a falta de desejo sexual (falta de libido), as curvaturas penianas acentuadas e a andropausa são fatores que podem comprometer a função sexual masculina.

A capacidade de dar prosseguimento a uma família e ter filhos também é determinante na qualidade de vida. Sabe-se que cerca de 15% dos casais têm ou terão dificuldade para obter uma gestação; metade desses casos estão associados a algum tipo de anormalidade no sistema reprodutor do homem.

Mas a quem o homem deve recorrer nessas situações? Qual a especialidade médica responsável pelo tratamento dessas anormalidades?

A Andrologia é a ciência médica que se encarrega de estudar e tratar os problemas sexuais e reprodutivos masculinos. No Brasil, a Andrologia está a cargo da Sociedade Brasileira de Urologia. Pode-se dizer que o andrologista é o “ginecologista do homem”. Ele é o especialista que se dedica ao estudo e tratamento de tudo que possa afetar a saúde sexual e reprodutiva masculina.

Com a finalidade de atender a essa população de forma profissional, comprometida, ética e multiprofissional, com médicos, psicólogos e fisioterapeutas especializados em questões sexuais, foi criado o Androcenter – Instituto de Andrologia. A instituição tem como foco o tratamento das patologias que afetam os órgãos genitais masculinos, sua sexualidade e vigor. “Tratamos a andropausa, o HPV genital masculino, as fimoses, curvaturas penianas, disfunção erétil, ejaculação precoce e infertilidade masculina. Realizamos vasectomia e também reversão da vasectomia”, explica o urologista com aperfeiçoamento em Andrologia, Dr. Gustavo Marquesine Paul.

 

Multi e interdisciplinaridade

Muitos homens com dificuldade de ereção e ejaculação precoce têm problemas de ordem emocional. “O tratamento médico em conjunto com o psicológico aumenta significativamente as chances de sucesso quando se trata de questões sexuais”, afirma a psicóloga e sexóloga especialista em terapia sexual do Androcenter, Roze Meire Vasconcelos.

Mas nem sempre a resposta está nas emoções. Problemas físicos e orgânicos podem impedir uma vida sexual satisfatória. Uma patologia que afete as artérias da região peniana, como a doença aterosclerótica da hipertensão arterial sistêmica ou do diabetes, se não for tratada adequadamente, pode progredir para doenças graves no futuro. Um paciente com impotência sexual sem tratamento adequado poderá, dentro de alguns anos, sofrer um derrame ou um infarto. “Devemos tratar a queixa sexual do nosso paciente sem deixar de atentar para as patologias associadas”, alerta o urologista Dr. Ruimário Machado Coelho, do Androcenter.

“O tratamento pode ser realizado com medicações orais ou psicossexologia. Para os casos que não apresentam respostas a essas abordagens, dispomos de tratamentos com aplicações injetáveis penianas ou mesmo de implantes penianos, com taxas de satisfação que alcançam até 93%”, afirma Dr. Ruimário.

Independentemente da queixa, a avaliação psicológica faz parte do protocolo de investigação do Androcenter. É de fundamental importância distinguir quando o problema é de ordem orgânica e quando é de origem psicogênica, pois os tratamentos são diferentes. “As disfunções sexuais não implicam necessariamente em falha de desempenho, mas refletem em insatisfações. O objetivo da terapia sexual é promover a satisfação sexual. A ansiedade de desempenho diante da relação é um dos fatores que não apenas desencadeiam, mas mantêm as disfunções sexuais”, comenta a psicóloga Roze Meire. Uma opção de tratamento para disfunções sexuais não-orgânicas é a fisioterapia pélvica, que em casos selecionados podem trazer benefícios, a técnica é consagrada e bem aceita pelos fisioterapeutas.

 

Outros desafios

A redução do interesse sexual é uma queixa masculina frequente. Muitas vezes, a causa é uma situação estressante do cotidiano. Não é infrequente que alguma doença, como o hipogonadismo ou a andropausa, esteja associada ao quadro. “Todo paciente com redução da libido necessita de avaliação especializada. Dosagens hormonais e uma avaliação psicológica fazem parte da nossa investigação. Em casos em que existe a queixa clínica associada a níveis hormonais baixos, os pacientes se beneficiam bastante da reposição hormonal. Estudos recentes indicam que a reposição, além de melhorar o bem-estar, reduz os índices de colesterol, ajuda a perder peso e não está associada a maior chance de câncer de próstata”, finaliza o Dr. Ruimário Coelho.

O homem deve procurar um andrologista também quando está com dificuldades para ter filhos. Em 50% dos casos de infertilidade conjugal, ele contribui para o problema. “O espermograma não é prova de fertilidade masculina. Existem outros fatores que devem ser considerados na avaliação do potencial fértil do homem”, coloca o Dr. Ruimário. “Condições como varicocele e hipogonadismo estão entre as causas tratáveis de infertilidade masculina. O tratamento dessas condições possibilita um aumento importante nas chances de gestação do casal”, acrescenta o Dr. Gustavo.

No caso de pacientes com azoospermia (casos em que não são vistos espermatozoides no esperma), é possível que haja, sim, espermatozoides nos testículos. “É importante que em casos de alterações severas do espermograma seja feita uma ampla investigação no paciente, com dosagens hormonais e estudos genéticos”, acrescenta Dr. Gustavo. Essa investigação tem como objetivo prever qual é o melhor caminho para o homem chegar à paternidade e avaliar a necessidade da utilização de métodos de reprodução assistida. A equipe do Androcenter trabalha em conjunto com as maiores clínicas de reprodução assistida de Curitiba.

Reversão de vasectomia

Contrariando o que muitos pensam, pacientes submetidos à cirurgia de vasectomia ainda têm plena capacidade de ser pais, tanto por meios naturais, com a reversão da vasectomia, quanto por meios de reprodução assistida com uma punção testicular.

”O sucesso da reversão de vasectomia alcança taxas de até 85% em pacientes com menos de 15 anos de vasectomia. Porém, para se obter essas taxas, é fundamental que o procedimento seja feito com o auxílio do microscópio operatório e por um profissional com treinamento e experiência nesse tipo de microcirurgia. As estruturas operadas são muito delicadas e o fio utilizado na cirurgia é quase imperceptível a olho nu”, conclui o Dr. Gustavo Paul.

Pesquisas revelam que 46% dos homens adultos apresentam algum grau de disfunção erétil, sendo que apenas 10% procuram um médico. Após os 40 anos, este número sobe para 52%. Quem vive estressado ou sofre com depressão tem chances ainda mais elevadas de desenvolver este quadro. Já 26% dos homens são acometidos pela ejaculação precoce. A boa notícia é que para todas estas disfunções sexuais existem tratamentos específicos e eficazes, que devolvem a saúde e a autoestima aos pacientes. Consulte o seu andrologista e informe-se.

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