Beleza e Estética

Pés diabéticos

A doença exige cuidado e atenção redobrada com os pés

pes-diabeticos+jane-carvalho

Todo mundo sabe que o corpo emite sinais de tudo o que sentimos e fazemos em excesso. E os pés são a base da nossa sustentação, se não cuidarmos bem deles, podemos comprometer a saúde do corpo e do organismo inteiro. Mas quando se tem diabetes, o cuidado com os pés deve ser redobrado. Embora seja uma doença antiga, o diabetes atinge cerca de 10 milhões de pessoas e a cada dia aparecem 500 novos casos associados a uma série de fatores, como predisposição genética, obesidade, hipertensão arterial, colesterol, triglicerídeos, síndrome metabólica, entre outros. Com isso, traz uma série de dificuldades, como problema de circulação e de cicatrização, devido a baixa produção de insulina, que provoca a elevação da glicose no sangue.

Por isso que a podologia é tão essencial, uma vez que tem a finalidade de reduzir a incidência de problemas graves nos pés, oferecendo aos diabéticos condições para conviver com conforto e segurança. “Esses pacientes devem ser orientados sobre a importância dos cuidados com os pés, como examiná-los diariamente com a ajuda de um espelho ou de familiares; verificar a cor, temperatura e sinais de pressão. Se houver calos, fissuras, frieiras e feridas deve-se ficar alerta, mesmo que não provoquem dor”, esclarece a podóloga da Império do Pé, Jane Cristina Valentin Carvalho, que atua há mais de seis anos na área.

O portador de diabetes é mais vulnerável a infecções nos pés por causa de alguns fatores como neuropatia (diminuição da sensibilidade ao calor, toque e dor), angiopatia (artéria, veias e capilares) e infecção, causada pela má oxigenação dos tecidos, decorrente da circulação sanguínea deficiente e da diminuição das defesas. Segundo Jane, os problemas mais comuns nos pés são as bolhas e calos causados por sapatos apertados, verrugas plantares, rachaduras, micoses, unhas encravadas e pequenos ferimentos associados às unhas alteradas. “Esses problemas são encontrados nos pés de qualquer pessoa saudável, não acarretam maiores danos, mas no diabético levam a sérias complicações. Se os pequenos ferimentos não forem tratados podem evoluir para uma gangrena”, afirma a podóloga.

Foi essa precaução que levou o bancário e economista Julian de Azevedo Barrozo, de 33 anos, diabético há quatro, a procurar logo por um atendimento específico para os seus pés. “A cicatrização merece uma atenção especial, por isso toda intervenção deve ser feita com muito cuidado,  para impedir qualquer ferimento mais grave”. Julian diz que o mais importante é evitar surpresas e seguir a risca as orientações da podóloga. “Corto as unhas com cuidado para não invadir os cantos dos dedos, evitando encravá-las. Pois um pequeno descuido pode acarretar em infecções que afetam a minha vida. Cuidar da saúde é um dever que todos nós devemos ter”, completa o economista. Jane afirma que toda alteração anatômica e/ou funcional que se dá nos pés  dos diabéticos, surge como consequência da sua doença. Portanto, procure comunicar seu médico e busque um profissional habilitado para cuidar dos seus pés.

+ Saiba mais