Medicina

Os avanços da ortopedia

Medicina e fisioterapia se unem para tratar atletas e praticanes de atividades físicas

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Excesso de treino, vontade de chegar ao limite, de vencer. Não há obstáculos que os atletas profissionais não desejem ultrapassar. Na busca pela perfeição e melhora constante, quem sofre são os músculos, ligamentos e tendões. Nessa hora, começam a aparecer as lesões nos joelhos, tornozelos, ombros, cotovelos, etc. – problemas que precisam ser solucionados com rapidez, para que os treinos recomecem o quanto antes.

Foi o que aconteceu com a atleta de tae kown do Natália Falavigna, medalhista olímpica e campeã mundial, que precisou passar por uma intervenção cirúrgica no início de 2009, sob os cuidados do ortopedista César Martins, da Uniorte. “Ela teve uma lesão ligamentar com inflamação crônica no tornozelo e foi feita uma videoartroscopia”, detalha o especialista em tornozelo. Como Natália precisava voltar logo aos treinamentos, a cirurgia por vídeo foi a opção ideal, porque possibilitou uma rápida recuperação. “É um procedimento menos agressivo e com menor risco cirúrgico”, completa o ortopedista.

Natália descreve que estava sentindo dores e tendo dificuldades no treinamento. “Só voltaria aos treinos com a cirurgia, pois já não conseguia mais chutar, e a única opção era a artroscopia”, recorda a atleta. A recuperação foi a melhor possível: em um mês Natália já estava treinando seus primeiros chutes. “Não priorizei o tempo. Fiz o que era necessário, dentro do prazo. Com uma semana comecei a fazer musculação para trabalhar os braços, e em um mês retomei o treinamento”, descreve.

Após o procedimento, Natália foi bronze no Mundial de Tae kwon do, disputado na Dinamarca, e eleita a melhor atleta das Olimpíadas Universitárias de 2009 pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Um talento que segue em busca de medalhas graças à constante evolução da medicina.

 

Tratamento completo

Dores na panturrilha e no quadril fizeram com que o juiz de futebol Héber Roberto Lopes procurasse um ortopedista e foi atendido pelo ortopedista Dr. Alexandre Queiroz, que identificou a causa e encaminhou para tratamento fisioterápico. O tratamento incluiu 20 sessões de fisioterapia com Rodolfo Parreira. “Ele estava com queixa de dores na região lateral da bacia e também com dor muscular na região anterior da coxa”, descreve o fisioterapeuta.

Após a avaliação, Parreira percebeu que o juiz estava com alterações no quadril e na coluna, muito frequentes em atletas ou esportistas que praticam atividades com corridas rápidas, e isso provocava um desequilíbrio muscular. O tratamento teve várias etapas. “Primeiro foram realizadas técnicas de manipulação com a osteopatia, para reposicionar o quadril e a região lombar baixa; depois, fizemos manobras de alongamento muscular e utilizamos técnicas de eletrotermoterapia”, salienta Parreira.

 

A hidroterapia complementou o trabalho.

O fisioterapeuta destaca que esses recursos são utilizados em quase todas as alterações e lesões nos membros inferiores e resolvem o problema, pois a fisioterapia trata a causa e não a dor propriamente dita. “Eles foram na causa do problema. Eu estava tomando muitos anti-inflamatórios e relaxantes musculares e não estava resolvendo. Agora, associando à fisioterapia, consegui solucionar”, avalia o juiz.

Os atletas que integram a equipe de Natália Falavigna também recebem atendimento. “A academia em que treinamos fica ao lado da clínica, assim conseguimos agilidade e qualidade no tratamento”, diz Natália.

Marcus Vinícius Danieli destaca que a especialização é justamente o objetivo da Uniorte. “A clínica traz o conceito de subespecialidade para um mesmo local. Assim, conseguimos ter mais qualidade no tratamento, porque o profissional se especializa e se dedica a uma região específica”, frisa.

O ortopedista lembra ainda que a medicina, como o esporte, exige muito treino. “Cirurgia é treinamento, quanto mais você faz, melhor é o resultado. Hoje temos nove médicos que atendem nas mais diversas especialidades, como joelho, pé, ombro, quadril, mão, coluna e infantil. Cada ortopedista tem atuação e foco de estudo definido, o que traz mais qualidade e segurança para o paciente que precisa de tratamento”. Além do corpo clínico, o local tem equipe de fisioterapeutas e nutricionista.

Rodolfo Parreira também acredita na união médico-fisioterapeuta para alcançar resultados mais satisfatórios. “Em nossa área isso é imprescindível, porque devemos trabalhar como uma equipe. Quanto mais próxima for essa relação, melhor se dá o contato e o entrosamento, pois todos passam a falar a mesma língua e isso facilita no diagnóstico e na recuperação do paciente, seja ele praticante de algum esporte ou não”, finaliza.

Quem também se beneficiou dessa superespecialização foi o ex-atleta de futebol Vagner Rogério Nunes. Ele defendeu times como Santos, São Paulo e Vasco, no Brasil, e o Roma, na Itália, mas problemas frequentes nos joelhos afastaram o jogador dos campos. “Já fiz nove cirurgias no joelho, na época da primeira ainda jogava no Santos. Depois que surge uma lesão, o joelho tem um desgaste constante”, conta Vagner.

Com dores, ele passou por vários especialistas até ser atendido pelo ortopedista Alexandre Queiroz, que deu o diagnóstico de artrose no joelho e indicou um tratamento menos agressivo para o ex-atleta.  A operação foi realizada por Queiroz e por Marcus Vinícius Danieli, ambos especialistas em joelho. Eles fizeram uma injeção de plasma rico em plaquetas e artroscopia no local. “Esse plasma é rico em fatores de crescimento e estimula a cicatrização e a reprodução de células-tronco na área injetada. Com isso, a recuperação é mais rápida”, descreve Queiroz.

Marcus Vinícius Danieli acrescenta que esse procedimento traz várias vantagens. “O paciente que tem artrose ou lesão de cartilagem e passa por esse procedimento consegue controlar o problema e adiar cirurgias mais complexas, com recuperação mais lenta e riscos cirúrgicos”, explica.

Vagner enfatiza a importância, para o atleta, de buscar acompanhamento para suas atividades. “Há quatro anos faço acompanhamento e, de todas as cirurgias que fiz, foi nessa que tive a melhor recuperação”, declara. Antes do procedimento, Vagner passou por sessões de fisioterapia na clínica. “Quando você vai fazer uma cirurgia, a musculatura precisa estar forte. Fiz o pré e o pós-operatório aqui, tudo dentro da clínica”, conta o ex-jogador.

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