Medicina

Olhos sem catarata

Técnica moderna devolve a visão sem a necessidade de grandes cortes e pontos nos olhos

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Ver as cores, formas e belezas da vida é um dos grandes prazeres do ser humano. De tão comum e corriqueiro, muitas vezes nem nos damos conta dessa habilidade de enxergar. É só quando a visão começa a dar sinais de falha que percebemos como é importante ter os olhos saudáveis. Quem sofre com catarata, por exemplo, sabe bem o significado dessas palavras. Mas não está condenado a conviver com o problema, podendo voltar a enxergar perfeitamente graças a inovação tecnológica.

Segundo o oftalmologista Dr. Leandro Fujii, a cirurgia de catarata passou por avanços significativos e com isso devolve a visão ao paciente de forma mais rápida e eficaz, sem grandes cortes e recuperação demorada. “Antigamente tínhamos que abrir o olho para operar e por isso a conduta era de esperar a catarata amadurecer. Hoje esse conceito mudou e fazemos o procedimento mais cedo, com resultados mais rápidos”. A recuperação, segundo o médico, chega a ser quatro vezes mais rápida e em uma semana o paciente já pode retomar suas atividades habituais.

O tratamento é feito por facoemulsificação, técnica computadorizada realizada por meio de ondas de ultrassom que quebram e aspiram a catarata. Depois o cirurgião insere uma lente especial no lugar do cristalino. “Usamos lentes intraoculares (LIOs) com a tecnologia da facoemulsifacação. A anestesia é local, o paciente não leva pontos e em 15 minutos já deixa o centro cirúrgico”, detalha Dr. Fujii. Essas lentes mais modernas são dobráveis e por isso não há a necessidade de grandes incisões nos olhos, diminuindo o trauma.

Existem ainda outras vantagens. Além de resolver a catarata, a cirurgia minimiza ou até elimina deficiências da visão como miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia, pois o cristalino é substituído pelas novas lentes, que podem ser multifocais ou monofocais, dependendo da necessidade de correção na vista do paciente. É o fim do uso dos óculos para enxergar de perto ou de longe.

Apesar de ser uma doença mais comum em pessoas acima de 60 anos, Dr. Fujii alerta que a catarata pode ser congênita ou até decorrente de traumas e infecções. “Orientamos que os pais observem se a criança esbarra muito nas coisas. A visão se desenvolve até os 7 anos e por isso a catarata congênita é perigosa. É preciso operar o mais cedo possível, normalmente quando a criança está com 2 anos, para que a doença seja reversível.” Uma dica interessante é observar as fotografias das crianças com o uso do flash. O normal é que a pupila dos olhos fique na coloração normal (preta) ou vermelha pelo efeito da luz. Se ela ficar branca é sinal de problema e um especialista deve ser consultado.

O oftalmologista reforça que a única forma de tratar a catarata é a remoção cirúrgica. Não há óculos ou medicamentos para curar ou retardar a doença.

 

O que  é  a catarata?

A doença vem da opacificação do cristalino, que é a lente natural dos nossos olhos. O normal é que ela seja translúcida para que a visão seja perfeita. Na prática, pessoas com catarata têm o cristalino esbranquiçado, o que provoca o embaçamento da visão, as cores perdem nitidez e as formas ficam menos definidas. Dependendo da evolução, o paciente pode, inclusive, perder a visão. Mas ninguém precisa conviver para sempre com o problema. A catarata, maior causa de cegueira do mundo, é reversível. E técnicas modernas curam a doença.

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