Bem Estar

O desejo vence o vício

Técnica canadense a laser reforça o desejo de parar de fumar, sem sofrimento

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A campanha “Brasil sem cigarro” lançada há alguns meses pelo Dr. Dráuzio Varella no programa Fantástico traz fortes motivos para convencer os fumantes a largar do vício: nos últimos 30 anos, enquanto o HIV matou, em média, 20 milhões de pessoas no mundo e o bacilo da tuberculose, 60 milhões, o tabaco matou 150 milhões, ou seja, cinco milhões de pessoas no mundo morrem por ano por causa do cigarro. Além disso, 50% dos infartos fulminantes nos indivíduos entre 45 e 55 anos são provocados pelo tabaco; 25% dos derrames cerebrais e 90% dos cânceres de pulmão ocorrem pela mesma causa e, ainda, todos os outros tipos de câncer têm a incidência aumentada nos fumantes. Motivos não faltam para uma pessoa parar de fumar, e ela sabe disso. Entretanto, somente quando o “desejo” passa a ter um comprometimento com a qualidade de vida, é que o fumante supera os conflitos da dependência.

Parar de fumar é uma grande vitória do ser humano, porque o tabaco provoca uma dependência química, física e emocional que o  impede de enxergar o mundo sem o cigarro. “Um tratamento eficaz visa, antes de tudo, acabar com o conflito entre o prazer de fumar e a culpa gerada pelo vício”, afirma Maria José Rodrigues, da Action Laser de Curitiba, credenciada no Brasil para aplicar a laserterapia, uma técnica canadense de controle ao tabagismo. Realizada por meio da aplicação do laser em pontos específicos do corpo, o método estimula a liberação da endorfina, substância que proporciona a sensação de relaxamento e bem-estar, a mesma que o fumante percebe com a nicotina. Com isso, os sintomas de abstinência são amenizados e a energia do indivíduo flui melhor, fazendo-o visualizar somente as coisas boas ao parar de fumar.

“O tratamento foi muito efetivo, já que não precisei de nenhuma força de vontade gigantesca para não fumar. Há quatro anos fiz a aplicação do laser e nunca mais voltei a colocar um cigarro na boca. Na verdade, foi muito mais fácil do que imaginava e nada parecido com a única tentativa que eu havia feito antes”, relata a analista de sistemas Rosane Antunes Fernandes, de 45 anos, que fumava um maço de cigarro por dia durante 22 anos. ”Sempre soube dos malefícios que o cigarro causa à saúde, mas o vício ganhava da racionalidade. Hoje, além de não ter mais aquele cheiro do cigarro, minha pele e cabelo estão mais saudáveis, tenho mais disposição e o sono está melhor. Também engordei, mas sei que não foi só por ter parado de fumar”, acrescenta Rosane.

Sempre vale a pena

Atualmente, os especialistas consideram o tabaco uma doença pediátrica, porque 99% dos fumantes começam a fumar na adolescência, entre os 10 e 18 anos, para se sentirem menos inseguros e aceitos no grupo. O problema é que nesta fase da vida, os centros nervosos ainda não estão totalmente desenvolvidos e, assim, a defesa aos hormônios psicoativos que levam à dependência é muito menor, tornando o adolescente dependente muito mais depressa. Não foi diferente com o publicitário Tiago Dutra, de 29 anos, que fumava dois maços por dia desde os 14 anos. “Tentei parar de fumar várias vezes, pois o cigarro interrompia o meu dia a dia, mas só consegui me livrar do vício com a laserterapia. Hoje, não preciso mais fazer as coisas em função do cigarro, foi muito mais simples do que imaginava. Estou me sentindo muito melhor, posso dizer que foi mágico”, salienta o jovem.

Mesmo para uma pessoa de 50 ou 60 anos, que fumou desde a juventude, parar de fumar traz muitos benefícios. Segundo matéria veiculada durante a campanha nacional de combate ao fumo, apesar de não ser possível fazer regredir completamente a doença causada pelo cigarro, depois de cinco anos de abstinência a recuperação é tão boa que vale a pena parar de fumar qualquer que seja a idade do paciente.

A auxiliar administrativa Angela Maria Fachinetti do Carmo, de 45 anos, fumou durante 27 anos e diz que nesse período não percebia os efeitos maléficos do tabaco em seu organismo. “Depois que parei de fumar descobri que o cigarro havia prejudicado meus dentes, meus pulmões e outros problemas que me fazem estar em tratamento permanente”, conta a paciente que, antes de procurar a Action Laser, havia usado vários métodos para parar de fumar, como pastilhas, remédios, cigarretes, adesivos, entre outros. “O mais difícil foi suportar os três primeiros dias, mas superei a abstinência. Há quase dois anos sem o cigarro, me sinto outra mulher, minha pele mudou, meu condicionamento físico, minha capacidade de concentração, meus relacionamentos sociais, tudo na minha vida mudou para melhor”, enfatiza. Com o dinheiro que gastava com o cigarro, Ângela comprou um carro zero. “Todo mês uso o dinheiro para pagar a prestação, e mais: meu marido também deixou de fumar, minha casa passou por uma transformação principalmente no cheiro dos ambientes, das roupas e no relacionamento familiar. Não tenho palavras para relatar os benefícios que tive com o fim do vício”, acentua.

Fumante desde os 16 anos, o servidor público estadual Iuri Branco Losito, de 31 anos, fez várias tentativas frustradas para deixar de fumar, motivado, principalmente, pelo fato de seu pai, fumante por 30 anos, ter infartado. Até que em 2011, ele passou a sentir muita fraqueza e mau humor, acordava cansado, respirando mal, sem vontade de estudar e de se alimentar direito, percebendo os dentes amarelarem a cada dia, com gosto ruim na boca, sem fôlego para jogar bola ou fazer exercícios na academia. “Coloquei a culpa de tudo o que não estava me satisfazendo no cigarro. Foi quando me indicaram a laserterapia”, afirma.  Durante os três dias após a sessão, Iuri sentia apenas flashes de desejo de tragar, que passavam em segundos. “Depois não senti mais vontade nenhuma. É impressionante a diferença na qualidade de vida. O ânimo melhorou, a respiração e o fôlego aumentaram a ponto de praticar esporte frequentemente, o sono ficou mais leve, a alimentação voltou a ser regular, entre tantos outros benefícios”, comemora.

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