Implantodontia

Mitos e verdades sobre saúde bucal

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18% da população brasileira nunca foi ao dentista. Para piorar, grande parte dos que vão, só procuram o especialista quando já é tarde demais e a saúde bucal já está comprometida. Infelizmente, no Brasil, ainda não há cultura de consulta preventiva. Isso também faz com que muitas ideias erradas acabem se difundindo por aí. Confira o que o Dr. Eduardo Gurkewicz, da Clínica Odontowicz, cirurgião-dentista especialista em Implantodontia e Prótese Dentária com quase 30 anos de dedicação à saúde bucal, diz a respeito desses mitos.

 

Revista Corpore: Comer doces estraga os dentes?

Dr. Eduardo Gurkewicz: Depende. Se você come um doce e logo em seguida faz a correta higienização dos dentes, não há mal algum. O problema é comer e ficar com o açúcar nos dentes durante longos períodos. Se não puder escovar os dentes e estiver com muita vontade de comer um doce, prefira uma fruta. Sempre comi doces e nunca tive problemas.

 

E o chiclete?

EG: Há quem acredite que o chiclete limpa os dentes, mas essa não é a função dele. E, novamente, se após mascá-lo forem tomados os devidos cuidados, ele não traz prejuízo nenhum.

 

Café faz mal para os dentes?

EG: O café, em si, não faz mal para os dentes. O problema é que, em contato com ele, nossa saliva produz uma viscosidade que, como dizemos popularmente, “gruda” nos dentes. Assim como acontece com o cigarro e o vinho, pessoas que bebem muito café podem ficar com os dentes amarelados, porque os pigmentos ficam em contato com a saliva. Porém, se for feita a higiene correta, não há problema algum.

 

A falta de um dente compromete toda a boca?

EG: Sim. Com a ausência de um dente de trás, a pessoa acaba puxando o alimento para a frente, e a função dos dentes frontais é cortar o alimento, não mastigá-lo. Aí, os alimentos são engolidos inteiros, em grandes pedaços, causando problemas intestinais e mandibulares. O mesmo acontece com dentes tortos e próteses desgastadas.

 

Existem dentes “fracos”? 

EG: Esse é um grande mito. Os dentes só ficam fracos se, no período de formação do esmalte, houver a falta de algum mineral. Depois de formados, os dentes se mantêm. Pessoas com problemas alimentares, com baixa ingestão de nutrientes, ou que se submetem à quimioterapia e radioterapia podem ter quebras mais frequentes, assim como quem já fez outras recuperações, obturações e canais.  E é importante lembrar que usar antibióticos não causa fraqueza nos dentes, a não ser em doses muito altas, em crianças de até um ano.

 

Todo siso precisa ser extraído? 

EG: Só deve ser extraído se não nascer corretamente, se estiver inclinado, causando dor, se não for possível higienizá-lo, se for preciso usar aparelho ortodôntico ou se a estrutura óssea for pequena e não houver espaço para o novo dente. Se nasceu no lugar certo ou não nasceu e não causa dor, não há necessidade.

 

Maçã limpa os dentes?

EG: Assim como os alimentos fibrosos, ela ajuda na limpeza dos dentes, mas de forma alguma substitui a escovação. Muitos pacientes também acreditam que água oxigenada e bicarbonato limpam e clareiam os dentes, mas esses produtos são corrosivos e causam desgaste dos dentes.

 

Bactérias da boca causam problemas do coração?

EG: Sim. As bactérias ou germes que se alojam na boca podem entrar na corrente sanguínea através de uma ferida, gengivite ou inflamação e chegar às válvulas do coração, causando a endocardite. Essa doença causa arritmia, sopro no coração, sudorese noturna, sangue na urina, entre outros sintomas. Por isso é tão importante a correta higienização dos dentes, sempre com o uso da escova, creme e fio dental, além das visitas periódicas a um especialista.

 

É comum ter implantes?

EG: Hoje em dia, sim. Eles são considerados a terceira dentição. A primeira dentição é a dos dentes de leite, que preparam o caminho para os dentes permanentes. Os implantes substituem os dentes naturais perdidos, com total eficiência mastigatória. São fixados e osseointegrados e farão parte da estrutura bucal. E, assim como os dentes naturais, exigem cuidados: é possível perder um implante por falta de higienização.

 

É proibido comer alimentos duros quando se tem implante?

EG: Logo após a realização do implante, não é aconselhável que o paciente coma alimentos muito rígidos porque precisa desenvolver a percepção mastigatória. Porém, após alguns dias de procedimento todo tipo de alimento está liberado.

 

Excelência em saúde bucal em qualquer idade

Nossa saúde atual reflete o que vivemos no passado. “Se nas primeiras fases da vida cuidamos bem de nossos dentes, ao chegarmos à melhor idade nossos sorrisos serão mais saudáveis”, garante o Dr. Eduardo Gurkewicz. Pioneiro no procedimento de implante dentário, adotado em grande escala por pessoas que desejam melhorar sua mastigação e aparência, o dentista identifica que a maioria dos pacientes, quando jovem, ocupou-se mais com a família e atividades profissionais, deixando os cuidados com os dentes em segundo plano. Agora, decidiram investir em sua saúde bucal, sobretudo porque aumentou a longevidade dos brasileiros. “Tenho pacientes de 35, 40, 50, 60 e até com mais de 70 anos realizando implantes, recuperando sua capacidade de mastigação e sorrindo mais naturalmente”, diz.

Um dos receios das pessoas quando precisam recorrer aos tratamentos dentários é a dor. Ciente disso, há anos o Dr. Eduardo Gurkewicz é acompanhado por um médico anestesista nos procedimentos de médio e grande porte. Os pacientes são induzidos ao sono e, quando acordam, já estão prontos para ir para casa e levar a vida sem maiores traumas.

A naturalidade dos implantes também pesa na escolha dos pacientes. Nada de dentaduras brancas demais: “o tom do implante é similar ao do dente natural, o que faz com que a estética da arcada dentária fique harmoniosa”, explica o dentista. E garante: os implantes não interferem no paladar. O jornalista Josias Lacour, de 56 anos, recebeu quatro implantes dentários e utilizou-se do procedimento de sedação.  “Eu era daqueles que ficavam apavorados só de ouvir o barulho da broca. Com a sedação, venci o medo. A aplicação é rápida, quase imperceptível. Dormi e, ao acordar, já estava liberado. Agora posso sorrir à vontade e orgulhar-me do meu sorriso”.

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