Fisioterapia

Hérnia de disco é a maior causa de dor ciática

Confundida com doença, a dor ciática é apenas um sintoma e pode ser tratada de forma eficaz com a fisioterapia avançada, evitando a cirurgia

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Somente pessoas que já sofreram crises de dor ciática sabem o tamanho desse sofrimento. A explicação para essa dor é que os anéis que circundam o nervo ciático – localizado entre a região lombar e a parte mais baixa das pernas, passando pelas nádegas – vão se rompendo com o aumento da pressão sobre os discos vertebrais, intensificando a dor nas costas e se refletindo nas pernas. Com essa ruptura, uma espécie de “gelatina” que absorve o impacto é extravasada e seu conteúdo escapa para o interior do canal, comprimindo o nervo e provocando dores insuportáveis.

O que a maioria das pessoas não sabe é que a dor do nervo ciático não é uma doença, e sim um sintoma derivado de outros problemas. “Em 90% dos casos, as dores são causadas pela hérnia de disco, rompimento ou deslocamento dos discos. Nos outros 10%, podem ser causadas por fadiga dos músculos da região das nádegas, geralmente ocasionada pela prática regular de exercícios físicos pesados, ou desvios posturais”, explica o fisioterapeuta especialista em coluna vertebral Dr. Giuliano Martins, do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC Vertebral).

A boa notícia é que o tratamento para descomprimir o nervo ciático, evitando novas crises, pode ser realizado com a fisioterapia, utilizando aparelhos modernos de tração eletrônica e descompressão dinâmica, associados a técnicas de terapia manual. “São realizados exercícios terapêuticos de estabilização estática e dinâmica para evitar novos episódios de dor, o que reabilita o corpo do paciente, evitando a cirurgia”, acentua o especialista, lembrando que apenas 5% dos casos são cirúrgicos.

O empresário Cesar Eduardo Teixeira, de 32 anos, começou a sentir uma dor lombar incômoda quando praticava basquete, um esporte de alto impacto. “Durante um ano sofri com as dores, tomava remédio e fazia fisioterapia convencional, mas sem resultado. O diagnóstico foi uma hérnia de disco na coluna lombar, e cheguei a agendar a cirurgia. Felizmente, tive a indicação para conhecer o tratamento diferenciado realizado no ITC”, lembra. “Fiz dois meses de tração e descompressão e passei a fazer Pilates. As dores melhoraram quase 100%, já posso trabalhar melhor sentado, brincar com meu filho, melhorei a postura, a respiração e ganhei qualidade de vida”, comemora o paciente.

A técnica inovadora chama-se RMA ou Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral. Esse programa pioneiro, criado pelo ITC Vertebral, permite o tratamento de hérnia de disco, protusão discal, lombalgias, cervicalgia e doenças degenerativas da coluna vertebral, evitando o tratamento cirúrgico e apresentando um custo-benefício importante.

 

Entendendo a dor ciática

O nervo ciático é o mais longo do corpo humano e é responsável pela sensibilidade, mobilidade e articulações dos membros inferiores. Quando há uma inflamação ou compressão nesse nervo, pode ocorrer a dor lombar e/ou dor ao longo do trajeto do nervo isquiático (ciatalgia), distúrbios sensoriais e fraqueza dos músculos inervados do membro inferior. Geralmente, as crises vêm acompanhadas de fisgadas, queimação e formigamento na região afetada.

“Existem pacientes que chegam a perder a sensibilidade da perna, de tão forte que é a dor, o que os impede de realizar qualquer movimento. Além disso, embora seja mais frequente a dor aparecer somente de um lado, ela pode apresentar nas duas pernas”, adverte Dr. Giuliano. De modo geral, a dor ciática começa gradualmente, podendo piorar durante a noite, depois que a pessoa fica em pé ou sentada por longo período, depois de andar por muito tempo, dobrar as costas para trás, ou então ao tossir, espirrar ou rir.

É fundamental que o exame clínico seja realizado por um fisioterapeuta especializado para identificar o porquê da dor ciática. O tratamento deve focar a causa identificada pela ressonância magnética. “É muito comum os médicos receitarem anti-inflamatórios, analgésicos ou injeções para acabar com as dores, mas isso pode apenas resolver momentaneamente, pois o paciente provavelmente sofrerá novas crises”, alerta Dr. Giuliano.

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