Dormir mal afeta desempenho no trabalho
Pessoas com ditúrbio do sono têm probabilidade sete vezes maior de sofrer acidentes de trabalho
Quem dorme mal acorda cansado, tem sonolência durante o dia, dificuldade de concentração, fica mais ansioso, irritado e tem mais propensão ao estresse e à depressão. Tudo isso pode afetar, e muito, a vida profissional. De acordo com a American Academy of Sleep Disorder (Academia Americana de Distúrbios do Sono), pessoas com distúrbios do sono têm uma probabilidade sete vezes maior de sofrer um acidente de trabalho. “Quem trabalha em turnos é quem deve tomar mais cuidado com os acidentes”, reforça Dr. Marcello Tamura S. Brasil, cirurgião dentista graduado pela American Academy of Sleep Disorder dos EUA e membro da Sociedade Brasileira do Sono.
Profissionais com funções intelectuais e estudantes também têm seu desempenho cognitivo afetado. “Em longo prazo, a pessoa diminui consideravelmente seu desempenho e seu interesse pelo trabalho, afetando sua carreira”, alerta o especialista. Dados da Academia também mostram que quem dorme mal tem probabilidade 2,5 vezes maior de sofrer um acidente de trânsito. “O motorista fica com seus reflexos prejudicados”, explica o especialista.
O executivo Juarez Frizzo constatou na prática as conseqüências das noites mal dormidas. “Não conseguia trabalhar por causa do cansaço e do sono”, conta o executivo, que sofreu com os distúrbios por dois anos. Juarez passou por situações constrangedoras por causa do sono, dormindo durante o trabalho e não conseguindo se concentrar. Mas foi quando sofreu um acidente de carro por dormir ao volante que percebeu a gravidade do problema. Foi então que ele procurou tratamento e constatou que tinha a apnéia do sono. “Com o uso do aparelho intra-oral voltei a ter uma vida normal, dormindo bem e acordando descansado”, relata.
Distúrbios do sono
Cerca de 4% da população adulta e quase metade dos homens acima dos 50 anos sofre com distúrbios do sono. Um sono restaurador precisa passar por cinco diferentes fases, incluindo a fase chamada de REM – Rapid Eye Moviment. Quem tem ronco e apnéia, principais distúrbios do sono, acaba não passando por todas as fases. “A pessoa tem o sono interrompido várias vezes durante a noite, não completando o ciclo”, explica o Dr. Marcello Tamura S. Brasil.
A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) pode ser definida como uma parada respiratória que acontece enquanto a pessoa está dormindo e que dura um período de 10 segundos ou mais. A apnéia acontece quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam totalmente a passagem de ar, e geralmente vem acompanhada de ronco. A procura por um especialista é a melhor maneira de investigar o problema, pois a doença ainda é bastante subdiagnosticada. O primeiro passo é uma consulta detalhada. Depois, exames específicos podem ser necessários para uma investigação completa. O tratamento por meio de aparelhos orais, indicado em casos de apnéias leves, moderadas e do ronco, se destaca por sua facilidade de adaptação e eficácia. O uso de uma placa intra-oral irá auxiliar a respiração durante a noite, restaurando a passagem de ar, fazendo o nível de oxigênio melhorar e impedindo a apnéia. “Isso deixa a passagem de ar desbloqueada mesmo em fases de maior relaxamento, como acontece durante o sono. Cerca de 85% dos portadores de apnéia do sono se adaptam ao aparelho intra-oral”, explica o Dr. Marcello.
Fique atento aos principais sintomas de distúrbios do sono:
» Sonolência durante o dia
» Problemas de memória
» Falta de concentração
» Ansiedade
» Irritabilidade
» Estresse
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» Problemas de memória
» Falta de concentração
» Ansiedade
» Irritabilidade
» Estresse