Apneia Ronco

Ronco: Como evitar esse problema social que prejudica a saúde

Antes que o ronco perturbador afete os relacionamentos e prejudique sua saúde, busque a solução do problema com aparelhos intra-orais de fácil adaptação

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Todos nós sabemos que muitas pessoas roncam, afinal o ronco é considerado um evento normal do sono. O problema é que às vezes o ruído do ronco é tão alto que incomoda não só quem dorme na mesma cama ou no mesmo quarto, mas outras pessoas da casa e, em alguns casos  extremos, até os vizinhos.  Embora seja alvo de piadas e muitas vezes de chutes e cotoveladas no meio da noite, o ronco perturbador é na melhor das hipóteses um problema social que pode prejudicar relacionamentos em todas as esferas da vida: seja o cônjuge, familiares ou um colega de trabalho durante viagens de negócios. Quando o sono compartilhado é constante, então, a situação pode ficar tão grave a ponto de provocar o divórcio, afetando uma família inteira.

Entretanto, em todas estas situações, o maior problema do ronco não é o grande desconforto que provoca nos outros, mas a possibilidade de provocar interrupções na respiração, causando quadros graves de sobrecarga cardiopulmonar, sonolência durante o dia, fadiga, irritabilidade permanente e até o baixo rendimento intelectual. Pior: para muitos homens, mulheres e até crianças, ronco alto habitual pode ser sinal de uma doença potencialmente fatal:  a apnéia obstrutiva do sono (AOS) – parada respiratória que acontece enquanto a pessoa está dormindo e que pode durar 10 segundos ou mais. Por isso tudo, o ronco deve ser enfrentado sem providências paliativas, como trocar de quarto, por exemplo, pois o problema tem solução efetiva, evitando problemas de saúde e de relacionamento.

O Dr. Marcello Tamura S. Brasil, cirurgião dentista graduado pela American Academy of Sleep Disorder, dos EUA, e membro da Sociedade Brasileira do Sono, explica porquê o ronco e a apnéia do sono são grandes vilões nos relacionamentos: “Todos sabemos que uma boa noite de sono é vital para o ser humano, pois recarrega as baterias, descansa e equilibra os hormônios para acordamos renovados e dispostos para um novo dia”.

Aparelhos intra-orais resolvem o ronco e evitam maiores danos à saúde

A boa notícia é que, em casos de ronco e apnéias leves e moderadas do sono, o tratamento com aparelhos intra-orais (colocados dentro da boca) tem se destacado pelos excelentes resultados e pela facilidade de adaptação dos pacientes. “Observamos que cerca de 85% dos portadores de apnéia e ronco têm se adaptado ao uso dessa placa, devido à melhora na oxigenação, a ponto de retirarmos depois a placa por fortificar o tecido flácido e reeducar a respiração nasal”, acentua Dr. Marcello Brasil. Ele explica que a apnéia acontece quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam a passagem do ar, sendo que a placa  intra-oral atua desbloqueando essa passagem e, assim, melhora o nível de oxigênio inspirado e acaba com o ronco.

Na faixa dos 30 anos, estima-se que cerca de 20% dos homens e 5% das mulheres roncam, e, na faixa acima dos 60 anos, esses índices sobem para 60 e 40%, respectivamente. De um modo geral, o ronco acontece em decorrência da posição de dormir – com a barriga virada para cima -, mas quando torna-se alto e habitual a recomendação é buscar ajuda.

Dados da American Academy of Sleep Disorders revelam que os distúrbios do sono, entre eles o ronco e a apnéia do sono, acometem cerca de 4% da população adulta e quase metade dos homens acima dos 50 anos. Além disso, alertam de que quando o problema é a apnéia, podem ocorrer danos à saúde que poderão comprometer a disposição e a qualidade de vida do paciente,  inclusive suas relações sexuais. “A má qualidade do sono pode causar um desequilíbrio hormonal que poderá, por sua vez, causar uma diminuição da libido”, afirma Dr. Marcello Brasil.

Segundo o especialista, um sono restaurador precisa passar por um ciclo de cinco fases, sendo uma delas a REM – Rapid Eye Moviment. “Quem sofre de distúrbios do sono não completa esse ciclo, pois tem o sono interrompido diversas vezes. Como consequência, a pessoa acorda cansada e é comum que apresente sonolência durante o dia e dificuldade de concentração, além de ansiedade e irritação. Se somado a isso, possuir uma vida sedentária, não praticar exercícios, comer mal e fumar, o risco de ter um AVC quando despertar é muito maior”, alerta.

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