Bucomaxilofacial

Dentes Inclusos

A solução é rápida, segura e indolor

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Retirar os dentes inclusos, mais conhecidos como “dentes do siso”, ainda é um martírio em diversos consultórios odontológicos. Porém, é uma tarefa tranquila para os cirurgiões bucomaxilofaciais. Isto porque eles são especializados em grandes cirurgias: corrigem deformidades do rosto, expandem maxilares, reparam o palato e até reconstroem estruturas faciais e mastigatórias de pacientes que sofreram acidentes ou traumatismos.

“Já é mais simples e rápida a remoção dos dentes inclusos. O problema é que muitos pacientes postergam a intervenção por medo da cirurgia, de sofrerem complicações, e isso prejudica ainda mais o tratamento”, esclarece Dr. H. Tadeu Pontarola Jr., especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, que há 20 anos realiza este tipo de tratamento, entre outros procedimentos da área. O especialista explica que, quanto mais tempo passa, maiores as chances de complicações. “Dentes vizinhos podem ser comprometidos, o paciente pode apresentar cistos, lesões cariosas, dores, tumores e até infecção sistêmica, que compromete a saúde de outros órgãos”, alerta Pontarola.

A falta de diagnóstico correto e da realização de exames radiológicos periódicos, como a radiografia panorâmica, especialmente em jovens, são as principais razões apontadas pelo dentista para o agravamento do quadro em pacientes com dentes inclusos. “As pessoas sabem da necessidade de operar, mas fogem por medo e por não saberem que é nossa rotina clínica fazer a remoção dos quatro sisos, e até de mais dentes, numa mesma sessão. O paciente é sedado e supervisionado por um médico anestesista experiente, o que traz mais segurança e conforto”, acentua o especialista, que atua em sua clínica com uma equipe multidisciplinar.

A estudante Gabrielly Pereira Zanelatto, de 22 anos, já havia passado pela avaliação de outros dois especialistas e não se sentiu segura para operar. “Como meu caso era mais complicado, só me falaram dos riscos e me deixaram ainda mais receosa; um deles até se recusou a me operar. No entanto, com o bucomaxilo, tirei os quatro sisos numa única sessão, não senti um pingo de dor e a minha recuperação foi ótima”, relata a jovem, cujos dentes inferiores estavam dentro do osso, causando infecção. “O temor de ficar com a boca torta e sem sensibilidade, como haviam dito que poderia acontecer, acabou totalmente e eu fiquei segura e confiante no resultado”, comemora.

 

O que são dentes inclusos e por que remover o “dente do siso”?

Dentes inclusos são dentes que, apesar de formados, não fizeram o irrompimento na época normal. Normalmente são os terceiros molares, popularmente chamados de “dentes do siso”. A maioria da população apresenta quatro terceiros molares inclusos: dois superiores e dois inferiores. De modo geral, eles irrompem na cavidade bucal entre os 17 e 20 anos. “Por vezes, os maxilares não têm espaço suficiente para a erupção dos dentes do siso. Essa é uma das razões pela qual eles causam mais problemas que os outros dentes”, esclarece Dr. Tadeu. Estudos indicam que nove em cada dez pessoas apresentam pelo menos um dente do siso com problemas de erupção.

Em boa parte dos pacientes, os dentes inclusos são assintomáticos. Em outros casos, porém, podem estar relacionados a dores na região do dente incluso, cefaleia (dor de cabeça), inflamação na gengiva que está em cima do dente, dificuldade de abrir a boca e edema. A remoção é recomendada quando existe cárie, doença periodontal, indicação ortodôntica ou protética. Outros fatores são cistos, tumores, infecções, fratura de mandíbula e problemas nos dentes vizinhos.

A maior parte dos problemas relacionados com dentes do siso costuma aparecer em jovens de 18 a 27 anos. Depois dos 30 anos, é incomum surgirem problemas que indiquem a extração. “A melhor idade para extrair os dentes do siso é entre os 14 e os 22 anos, pois em jovens o osso é menos denso e o pós-operatório, geralmente, é melhor do que em adultos”, recomenda Dr. Tadeu.

Diferenciais que garantem o melhor resultado

Além de contarem com profissionais experientes e habilidosos para a realização do procedimento, na clínica os pacientes são operados em ambiente confortável; a sedação é realizada e acompanhada por médico anestesista; os equipamentos para realizar a odontosecção (corte do dente) e a osteotomia (corte do osso) são elétricos, com tecnologia de última geração; e os medicamentos utilizados no pós-cirúrgico são os mais modernos e efetivos do mercado, o que diminui a sintomatologia pós-operatória.

“Tinha muito medo da remoção dos sisos, porque tenho pavor de injeção e de cirurgia. Mas acabei removendo os quatro numa única sessão, não senti nada e só fiquei um pouco inchada”, afirma a estudante Luisa Cabral Kiel, de 21 anos, que tinha a indicação do procedimento porque os terceiros molares estavam crescendo tortos e não tinham irrompido a gengiva, podendo dificultar a mastigação e até causar uma infecção. “Descobri a necessidade de operar numa consulta de rotina, para fazer uma limpeza nos dentes, mas a cirurgia foi supertranquila e voltei imediatamente às minhas atividades normais”, conclui.

A mesma experiência teve o despachante Joelson da Cruz Gomes, de 31 anos. “Já tinha tirado os sisos inferiores com outro profissional, achando que seriam mais fáceis de remover. No entanto, durante a extração, os dentes quebraram. Agora, removi os dois sisos superiores de uma só vez e não tive nenhuma complicação, não senti nenhuma dor e nem inchado eu fiquei. Retomei de imediato às minhas atividades”, ressalta o paciente, que precisava retirar os sisos para não prejudicar a arcada dentária.

O estudante Marcel Ferreira Guimarães, de 23 anos, removeu os quatro sisos e o dente 46, que apresentava uma lesão de canal, numa única sessão. “Não senti nada durante a cirurgia. Depois de um tempo, fiquei um pouco inchado e senti algum desconforto, mas a minha recuperação foi normal e agora só preciso ter cuidados com a alimentação e a escovação”, relata o jovem.

A cirurgia dos dentes inclusos deve ser realizada preferencialmente por um profissional especializado em cirurgia bucomaxilofacial. Ele é o profissional que, após a graduação em Odontologia, se especializa no diagnóstico e tratamento cirúrgico e auxiliar das doenças, lesões e defeitos dos dentes, incluindo tanto os aspectos funcionais como estéticos dos tecidos moles e duros da região maxilofacial. “A partir do diagnóstico, feito com tomografia computadorizada para melhor aferição da posição do dente e da sua relação com estruturas anatômicas importantes, passando pela tática cirúrgica apropriada para cada caso, tornamos mais previsíveis as complicações da cirurgia e obtemos, assim, os melhores resultados”, finaliza Dr. Tadeu.

Deus é bom.

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