Otorrinolaringologia

Dê nova vida à sua respiração

Técnica alia funcionalidade respiratória à harmonia facial

Só quem vive com o nariz entupido, constipado, sabe o incômodo que é. Dores, sinusite de repetição, rinite crônica, sem falar no ronco e na má respiração, esses são desconfortos comuns de quem apresenta desvio de septo. A obstrução nasal é muito comum, pode ser congênita e se manifestar na infância, durante o desenvolvimento dos ossos da face, mas pode também ser resultado de traumatismo nasal, como casos de queda, por esporte, acidente ou uma cirurgia e ainda processos alérgicos, inflamatórios crônicos ou infecciosos.

O paciente com o desvio pode até não apresentar alguns desses sintomas, mas aumenta a retenção das secreções, respira com a boca aberta, tem dificuldade para dormir, ronca, tem dores de cabeça e na face.
Segundo o médico otorrinolaringologista do Hospital Iguaçu Maurício Buschle, a correção do desvio de septo nasal é um procedimento bastante comum na estrutura anatômica do nariz. Ela acontece quando o osso ou a cartilagem que dividem as duas cavidades estão desviados para algum dos lados ou para ambos. “Para saber se há desvio, é necessária uma avaliação médica em consultório e exames que envolvem a análise de toda a estrutura do nariz e da função respiratória, já que nem sempre é possível notar a alteração apenas pela avaliação visual”, explica o especialista. “Esse problema é evidente e mais comumente encontrado na adolescência ou na idade adulta”, ressalta o doutor.

De acordo com o especialista, a forma de tratar o problema do desvio de septo é a septoplastia, que respeita a funcionalidade respiratória, porém, a mais realizada é a rinosseptoplastia, uma rinoplastia com septoplastia. A técnica alia funcionalidade respiratória à harmonia facial. Para Dr. Buschle, o procedimento consegue separar a pele do nariz das estruturas ósseas e cartilaginosas, esculpindo de forma simétrica, melhorando o sistema respiratório e fortalecendo o esqueleto nasal. “A grande vantagem dessa cirurgia é que, além de resolver o desvio de septo, você pode harmonizar a forma do seu nariz durante o procedimento”, explica o otorrinolaringologista.

Como funciona o procedimento cirúrgico

As incisões cirúrgicas são realizadas dentro do nariz, sem cicatrizes externas – elas ficam escondidas. O procedimento dura em média trinta minutos na septoplastia e noventa minutos na rinoseptoplastia podem ser feitas com anestesia geral endovenosa ou, normalmente, anestesia local com sedação, outra vantagem é que a técnica elimina o uso de tampão.

Quem pode fazer a cirurgia

Pacientes com idade acima de 15 anos, quando o crescimento dos ossos nasais está praticamente completo. Mas é importante salientar que os resultados dependem do tipo de problema, do organismo e das possibilidades de cada pessoa, podendo, em alguns casos de desvio de septo, ser realizada a cirurgia mesmo em crianças.

A importância dos exames pré-operatórios

Além das questões funcionais, o otorrinolaringologista observa o equilíbrio estético entre as proporções do rosto e do nariz, para que a face fique natural e autêntica. “Cada paciente é avaliado minuciosamente através de exames clínicos (externo e interno), radiografia, tomografia e estudo fotográfico, para se atingir o melhor resultado dentro do esperado”, afirma o Dr. Buschle.

Flávia Heim Weber, advogada, 24 anos, tinha desvio de septo desde criança e há pouco mais de dois anos fez cirurgia de rinosseptoplastia. Flávia conta que sempre teve dificuldades para respirar e tinha muita alergia. “Melhorei bastante a respiração, e as alergias diminuíram consideravelmente. Minha autoestima só tem aumentado e me sinto muito feliz com o resultado”, relata. “A prática de esportes melhorou, pois tenho mais fôlego respirando apenas pelo nariz. A qualidade de vida é outra!”, comemora a paciente.

Vívola Risden Mariot, também advogada, 40 anos, apresentava obstrução nasal com um desvio de septo por fator hereditário. “Eu tinha muita dificuldade para dormir, respirar, vivia com dor de cabeça e cansada”, relata a paciente. Vívola conta que depois da cirurgia conseguiu perceber mudanças positivas já nas primeiras semanas. “Melhorou muito a respiração e aumentou a minha disposição para as atividades físicas. Hoje durmo com mais qualidade e não tenho nenhum tipo de crise alérgica”, conta. “Me sinto ótima e muito feliz com os resultados!”, comemora. A melhora da respiração teve um impacto significativo em sua qualidade de vida. “Só quem vive com o nariz entupido, com dores de cabeça, sinusite de repetição ou ainda apneia do sono conhece de perto o desconforto causado pelo desvio de septo. A sensação de respirar livremente é insubstituível!”, conclui Vívola.

Luciane Stamposki, policial civil, 44 anos, havia cerca de vinte anos que vinha sentindo dificuldades em respirar pelo nariz e começou a se adaptar a respirar pela boca. Com o tempo, as dores de cabeça e as narinas congestionadas já faziam parte da sua rotina. Luciane explica que quando praticava qualquer tipo de exercício, sua respiração era ofegante e até em uma simples caminhada já tinha dores de cabeça e falta de ar. “Comecei a ter problemas, sofria de apneia, acordava cansada e com o rosto como se tivesse chorado a noite toda; durante o dia ficava com dor de cabeça, nariz entupido e o rosto inchado”, relata. Ela conta que, depois de ir a vários especialistas, optou, após os exames, pela septoplastia. Em março de 2017, Luciane fez a cirurgia. “A recuperação foi tranquila e já no segundo mês pude voltar até a praticar atividades físicas. Em uma simples caminhada já percebi a total diferença no respirar pelo nariz. Agora vejo que aquele cansaço e as dores de cabeça eram pela má respiração. Hoje, já acordo disposta, o exercício físico não é mais um tormento para mim e não sinto mais dores de cabeça frequentes, sem falar que parei de roncar”, finaliza.

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