Avanços da Medicina

Concebido com carinho

A medicina reprodutiva tem avançado em velocidade espantosa, mas a atenção e dedicação de uma equipe especializada faz toda a diferença no resultado final

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Uma criança é gerada com todo o amor, carinho e cumplicidade de um casal. E junto com o bebê nasce um sentimento incondicional e uma vontade enorme de fazer do mundo um lugar melhor para que esse ‘pequeno ser´cresça com segurança. Alguns casais são premiados logo na primeira tentativa, mas outros, mesmo depois de inúmeras investidas, não conseguem fazer com que esse amor gere ‘frutos’.

Desde 1978, quando nasceu a inglesa Louise Brown, o primeiro bebê de proveta, a medicina reprodutiva deu saltos gigantescos. Milhões de crianças em todo o mundo foram geradas por fertilização in vitro (na qual os óvulos são fecundados em laboratório). Nosso país responde por quase, a metade (47%) de todos os procedimentos realizados na América Latina, demonstrando maior segurança na técnica e, consequentemente, melhores resultados.

No Embryo Centro de Reprodução Humana, um dos mais modernos do Brasil, o cuidado não está só na escolha dos melhores e mais avançados equipamentos laboratoriais, mas também na maneira como os casais são recebidos.

“A infertilidade gera muito estresse e ansiedade. Então os casais já chegam aqui angustiados e com um nível de desgaste emocional muito elevado. Por isso, aqui no Embryo, toda a equipe, desde as recepcionistas, passa por um rigoroso critério de avaliação e treinamento. Tudo para tornar esse momento o mais agradável possível”, afirma Dr. Marcelo Gomes Cequinel, médico com especialização em Reprodução Humana na Itália, membro da American Society of Reproductive Medicine e diretor clínico do Embryo.

 

Um novo espaço com jeito de casa

Quando estamos em um lugar aconchegante e que nos proporciona segurança e tranquilidade, tudo flui de maneira mais leve e caminha para resultados positivos. É esta sensação que a arquiteta Silvia Ferreira procurou levar para o novo espaço do Centro Embryo. Nada melhor que a visão de quem já foi paciente e que teve o resultado do tratamento concretizado, para saber o que realmente importa na decoração. “Projetei um ambiente que não tem cara de clínica e sim de um lugar acolhedor, como a casa da gente. Utilizei tons mais escuros, puxando para um lado rústico requintado. Preservei algumas partes da construção original da casa e trouxe elementos decorativos modernos. Tentei fazer jus a tecnologia de ponta que o Embryo tem. Tudo o que existe de melhor e mais moderno no mundo está ali”, conta a arquiteta.

O centro possui uma estrutura física planejada para todos os procedimentos de reprodução assistida, desde um simples controle de ovulação até as mais complexas técnicas de manipulação de gametas. “No Embryo, é possível fazer todos os exames solicitados para o tratamento em um único lugar, seja uma ecografia, coleta de sangue, medicações, entre outros”, informa Dr. César Augusto Cornel, médico ginecologista especialista em fertilidade pela Université Paris Sud, na França, professor da disciplina de Reprodução Humana na UFPR e diretor técnico do Embryo. O Centro também tem parcerias com hotéis na cidade para que os casais que vêm de fora sejam bem acolhidos e acomodados em um lugar de fácil localização e proximidade com a clínica. Além disso, conta com o Programa Acesso, que possibilita o tratamento da infertilidade com descontos de 50% na medicação e taxas variadas de descontos nos procedimentos médicos. O projeto leva em conta a avaliação do perfil econômico do casal. Você encontra mais informações no site www.vidalink.com.br.

 

O lado mãe

Silvia sempre teve o desejo de ser mãe, porém uma endometriose impedia que seu sonho se tornasse realidade. Aos 32 anos, incentivada pelo marido, a arquiteta se submeteu a duas cirurgias para tentar reverter o quadro. “Desde a primeira vez que conheci meu marido, há três anos, ele falava que também queria muito ser pai. Falei que não podia engravidar, mas ele disse que iríamos procurar todos os recursos que fossem possíveis”, lembra a arquiteta.

Foi através da indicação de uma amiga que o casal chegou até o Embryo. “Depois de me submeter às cirurgias, meu quadro ainda era grave e os médicos diziam que as chances de eu engravidar eram mínimas”, conta Silvia. Mesmo assim o casal decidiu fazer a fertilização in vitro. “A empatia com a clínica e a identificação com os profissionais foram decisivas para que seguíssemos em frente”, diz a arquiteta.

Dois embriões foram transferidos e logo na primeira tentativa, um deles implantou, dando vida ao pequeno Guilherme, hoje com dois meses. “Depois de tanta expectativa e ansiedade, veio a notícia que compensou todos os sacrifícios. Quando retornei ao consultório do meu médico ginecologista e ele me viu grávida, nem acreditava. Meu filho nasceu perfeito, lindo. Não há palavras para expressar a felicidade da chegada dele. Quando você acha que já amou muito uma pessoa, você percebe que era pouco perto do amor que sente pelo seu filho. É o sentimento mais incondicional que existe”, emociona-se Silvia. O sucesso do tratamento já fez com que o casal pense em repetir a dose daqui a alguns anos. “Queremos tentar uma menininha, pois vale a pena todo o esforço investido”.

 

Preservando o emocional

Para garantir um melhor resultado é preciso ter uma equipe especializada, que acompanhe o tratamento do início ao fim, com ginecologista, andrologista, endocrinologista, embriologista e psicólogo, que juntos dão todo o suporte técnico e sustentação emocional ao casal.

“Para alcançar a gravidez, o casal deve estar ciente que, durante o tratamento, o estresse deve ser trabalhado para evitar dúvidas, expectativas e frustrações antecipadas. Nessa hora, a insegurança das mulheres é muito afetada. Quando a primeira tentativa não dá certo, elas se acham incompetentes por não conseguirem gerar uma criança e generalizam esse sentimento para outras situações como a família, marido e para o lado profissional”, revela a psicóloga Jaqueline Busatto.

Já quando o problema está com os homens, a psicóloga afirma que eles têm uma dúvida consigo mesmo de se acharem menos homem, o que afeta a relação sexual do casal. “Eles ficam mais reservados e com receio de falar sobre o assunto”. Outra dúvida muito comum é quando parar de tentar. Jaqueline diz que conversa bastante com os pacientes sobre isso, porém é o casal que encontra o limite. “Quando já existe um enorme desgaste, oriento um período de descanso antes de continuar uma nova batalha”.

“O amor e o apoio do meu marido e da psicóloga foram imprescindíveis para que eu superasse todo o desgaste físico e emocional ocasionado pelos consecutivos exames, tratamentos e pela expectativa de obter resultado”, conta Silvia.

 

Tratamentos

A infertilidade afeta homens e mulheres em iguais proporções. Neles as principais causas se devem à má qualidade espermática. Porém, com as técnicas de capacitação, é possível separar os melhores espermatozoides e proporcionar a fecundação. Nas mulheres, pode estar associada a vários problemas, como a disfunção ovulatória, alteração das tubas uterinas, endometriose, problemas hormonais ou fatores uterinos.

Pode ser indício de infertilidade o insucesso dos casais que estão tentando há mais de um ano engravidar. O problema atinge 16% dos casais em todo o mundo. Quando o problema está no homem, “a infertilidade pode ser tratada. É fundamental ser persistente, pois o sucesso virá, porém nem sempre na primeira tentativa”, destaca Dr. Marcelo.

Entre as principais técnicas de reprodução assistida está a inseminação intraútero. É um procedimento de baixa complexidade, que consiste basicamente em selecionar os melhores espermatozoides e introduzi-los no útero no momento próximo à ovulação. Para os casais que não se beneficiam da inseminação, há a técnica de fertilização in vitro (FIV), que resolve 99% dos casos de infertilidade. Existem dois tipos de FIV, a clássica e a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).

Na clássica, os óvulos são colocados em ambiente propício e inseminados com um número predeterminado de espermatozoides, proporcionando a fecundação de forma espontânea. Na ICSI, os óvulos são inseminados com o auxílio de um microscópio, que permite a colocação de um único espermatozoide no interior do óvulo. Esta técnica oferece maiores chances de ocorrer a fecundação. “Com o avanço das pesquisas na qualidade embrionária, conseguimos hoje atingir excelentes resultados com um menor número de embriões transferidos, evitando o risco de gravidez múltipla”, lembra a embriologista Ana Lecticia Mansur.

 

Quanto mais tarde, mais difícil

Na faixa dos 35 anos, a chance de uma mulher engravidar naturalmente durante uma única relação é de 15%. Aos 40, esse número cai para 5%. Aos 45, ele beira 1%. Quando a mulher recorre à fertilização em laboratório, a situação estatística melhora um pouco, mas não tanto. “Nem com todo o avanço das técnicas conseguimos reverter o relógio biológico”, afirma Dr. César Cornel.

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