Medicina

Cálculo urinário e HPB: pedra no rim e crescimento da próstata tem novas opções de tratamento

O Instituto de Urologia Prof. João Átila Rocha traz para o sul do país as últimas novidades em tratamentos minimamente invasivos e não-cirúrgicos para pacientes portadores de cálculo renal e hiperplasia prostática (HPB)

calculo-urinario-e-hpb-pedra-no-rim-e-crescimento-de-prostata-tem-novas-opcoes-de-tratamento+instituto-de-urologia

Aproximadamente uma em cada 200 pessoas desenvolve pedra no rim. Cerca de 80% delas eliminam a pedra espontaneamente, junto com a urina. Os 20% restantes necessitam de tratamento. Entretanto, as pessoas que já apresentaram o problema têm 50% de chance de desenvolver um novo cálculo nos próximos dez anos. A doença, chamada de litíase e também conhecida por cálculo urinário ou pedra no rim, é uma desordem do organismo que causa a formação de uma estrutura cristalina nas diversas partes do trato urinário. O desenvolvimento, o formato e a velocidade de crescimento destas estruturas dependem da concentração das diferentes substâncias químicas presentes na urina, podendo ser influenciada pela dieta alimentar, por doenças (como as intestinais e a gota) e, principalmente, pelo hábito de consumir pouco líquido. Algumas famílias, devido a alteração genética podem apresentar este problema com maior frequência.

Atualmente, graças aos avanços das tecnologias médicas, quando uma pedra no rim é muito grande para ser eliminada espontaneamente, ela pode ser quebrada através de um tratamento chamado Litotripsia Extra Corpórea (LECO), que é um método não invasivo, em que o único contato da máquina com o paciente se dá por meio de um gel – o mesmo utilizado para fazer um exame de ultrassonografia. O equipamento empregado oferece ao paciente a possibilidade de um tratamento rápido, sem a necessidade de internamento, sedação ou anestesia, sendo praticamente indolor. O procedimento dura em torno de 45 minutos.

De acordo com o chefe do Instituto de Urologia do Hospital Vita Batel, Prof. Dr. Luiz Carlos de Almeida Rocha, o maior benefício para o paciente é a ausência de dor. “Na maioria dos casos, o paciente sente apenas um pequeno desconforto, praticamente nada se comparado à dor provocada pelo cálculo urinário”, acentua o especialista.

 

Indicações

O procedimento é indicado para o tratamento de quase todos os cálculos de cálcio e de ácido úrico, inclusive podendo tratar crianças e idosos. O número de aplicações varia para cada paciente, conforme o tamanho da pedra. “Quando é necessário anestesia, como em crianças ou pacientes que apresentem claustrofobia, contamos com uma instalação que permite realizar a sedação e a anestesia no paciente com toda a segurança que um centro cirúrgico de ponta oferece”, afirma o médico, que atua com o serviço dentro da estrutura do Hospital Vita Batel.

Segundo Dr.Luiz Carlos, o mesmo equipamento de LECO também é utilizado largamente na Ortopedia para tratamento de alguns problemas ortopédicos, como o esporão do calcâneo, “cotovelo de tenista” e “ombro de golfista”, com resultados surpreendentes.

Para os casos que não têm indicação de LECO e requerem tratamento cirúrgico, como cálculos grandes ou muito duros (cistina), existem diferentes formas de energia que podem ser empregadas para se quebrar o cálculo em partículas pequenas o suficiente para serem carregadas pela urina ou serem removidas. Estas formas de energia incluem eletricidade, ultrassom, raio laser e impactos mecânicos. “A energia, que é direcionada ao cálculo, passa através de um instrumento (endoscópio) inserido no trato urinário”, esclarece o médico.

O equipamento que utiliza laser permite rápida e precisa fragmentação sob a visão direta do cirurgião. Trata-se de um feixe de energia luminosa que desenvolve uma energia térmica elevada, destruindo (derretendo) praticamente qualquer material por fusão.

 

Tecnologia de ponta que garante qualidade de vida

Além de todas as vantagens que o tratamento oferece, esta nova tecnologia, vinda da Alemanha, é a mais nova alternativa oferecida na região Sul e possui o que há de mais moderno em tecnologia de Raio X e qualidade de ecografia (ultrassom).

São métodos de imagem que trabalham integrados para aumentar a eficiência e precisão do tratamento, com sistema de posicionamento a laser, sendo capaz de localizar o cálculo em praticamente qualquer altura do sistema urinário, desde os rins e ureteres, até a bexiga, minimizando assim a necessidade de procedimentos cirúrgicos endoscópicos ou implante de cateter. “Tudo isso, no mesmo nível dos recursos tecnológicos já utilizados em hospitais dos Estados Unidos e da Europa”, revela o Urologista.

O Setor de Litotripsia do Hospital Vita Batel pode ser utilizado até mesmo por urologistas que não façam parte do corpo clínico do hospital, mas que queiram acompanhar seus pacientes durante o procedimento.

 

Avanços no tratamento da próstata

Os sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB), na maioria das vezes, surgem a partir dos 50 anos e vão desde um simples jato urinário enfraquecido ou uma urgência em urinar, até o grande incômodo de urinar repetidas vezes à noite. Esta doença (cientificamente denominada adenoma prostático) nada mais é do que o crescimento da próstata (das dimensões originais de uma pequena ameixa, pode atingir o tamanho de uma laranja) – o que pode estrangular a saída da urina da bexiga masculina.

Embora ainda não estejam bem definidos os mecanismos e as causas da HPB, o certo é que, com o passar da idade, especialmente depois dos 40 anos, verifica-se um novo arranjo na produção de hormônios masculinos e o consequente início do crescimento da próstata. Isso é natural e fisiológico.  De fato, habitualmente quando o médico diz: “hiperplasia prostática”, acrescenta o termo “benigna” e subentende-se que não há aí qualquer relação entre a hiperplasia e o câncer de próstata, outra doença bastante comum.

Os tratamentos para HPB vão desde o uso de medicações para facilitar a saída da urina, até as cirurgias tradicionais, como a PTV (prostatectomia transvesical), com incisão sobre a bexiga. Métodos minimamente invasivos, que utilizam a uretra como acesso à glândula, sem cortes externos também são utilizados. É o caso da RTU (ressecção transuretral) e mais modernamente, do laser (fotoablação prostática) que vaporiza o tecido prostático. “A vantagem deste último é o pós-operatório, mais tranquilo e rápido, possibilitando a volta do paciente às atividades normais”, conclui Dr. Luiz Carlos.

+ Saiba mais