Avanços da Medicina

Além das minhas expectativas

Um tratamento diferenciado por meio da nutrologia

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Dar um depoimento sobre a própria história não é tão simples quanto escrever sobre a vida de dezenas de pacientes que já entrevistei para a revista Corpore.  “Preciso que você apague um incêndio”, solicitou o editor da revista há mais de cinco anos, quando passei a redigir, com exclusividade, todas as reportagens sobre Nutrologia. Na ocasião, não imaginaríamos de que quem apagaria o ‘meu incêndio’ seria a protagonista de todas as minhas matérias, a médica nutróloga por quem passei a ter uma relação de confiança, de respeito e amizade. Confiança pela profissional dedicada – uma cientista -, respeito pela forma peculiar como cuidar da saúde das pessoas e amizade pela forma como encara a vida, se preocupando com a coletividade e mantendo o espírito elevado a Deus. Mais do que isso para mim: Ela recuperou minha saúde.

Na verdade, meu problema – uma doença auto-imune que afeta a visão – apareceu há mais de 20 anos, numa fase de vida difícil pela perda de uma pessoa da família. Embora submetida a vários exames clínicos e laboratoriais durante anos, nenhum agente específico foi encontrado para explicar o aparecimento do que os médicos chamam de uveíte anterior – uma espécie de inflamação na íris -, cujo processo inflamatório só regride com o uso de corticóides. A preocupação maior era essa, uma vez que o uso prolongado e excessivo desse medicamento pode ter efeitos colaterais graves.

Desde que surgiu a doença, bastava eu ter uma baixa de imunidade ou um momento de estresse mais acentuado para que uma nova crise se iniciasse: olhos irritados, vermelhidão, dor intensa e visão turva, que só melhorava com altas doses de cortisona (colírio e oral) por longo período. Isto ocorria, em média, duas vezes ao ano. A cada crise, o mesmo tratamento era inevitável para conter a infecção, que poderia comprometer seriamente as estruturas oculares que fornecem a visão.

 

“É comum que diversos medicamentos, como quimioterápicos, psicotrópicos, corticóides, hormônios sintéticos, entre outros, que passam a ser usados com freqüência contínua, deixam de agir apenas na doença e começam a comprometera saúde”, afirma a Dra Giane Galvão.

 

A doença ganhou força por volta dos 50 anos de idade quando, por situações de forte tensão emocional, passei a ter mais de cinco crises ao ano, o que significava ficar em tratamento quase o ano todo, pois uma crise demorava cerca de dois meses para ser curada. Foram três anos convivendo de perto com a doença e sobrecarregando o organismo com corticóides. Neste período, e já sofrendo os sintomas da menopausa – que gera, comprovadamente, transtornos físicos e emocionais importantes na mulher -, tive que buscar forças internas para não entrar em depressão e encontrar uma alternativa que controlasse a somatização e agravamento da doença. Motivo que desequilibrou o organismo como um todo.

Por ironia do destino, um conjunto de fatores desencadeava uma patologia que afetava justamente minha ferramenta de trabalho mais preciosa: a visão. Para uma jornalista que já possuía alto grau de miopia, isto despendia muito auto-controle para continuar digitando com a pupila freqüentemente dilatada pelos efeitos da medicação tópica. Foi durante estes anos redigindo as matérias de Nutrologia, sob orientação da Dra. Giane Galvão, acompanhando seu trabalho, os tratamentos e seus resultados em outros pacientes, portadores das mais variadas doenças, que descobri ter encontrado a forma ideal de descartar meu problema de saúde.

 

“A maioria das doenças surgem a partir de distúrbios nutricionais e metabólicos que geram desequilíbrios funcionais,”  acentua a médica nutróloga.

 

Iniciei o tratamento depois de uma avaliação minuciosa através de anamnese (história clínica) e dados semiológicos (exame clínico), além de exames laboratoriais de urina e fezes e de um verdadeiro check-up do sangue (análise de aproximadamente 50 marcadores bioquímicos). Era preciso desintoxicar o organismo e fortalecer o sistema imunológico, fazendo, assim, com que não surgissem mais crises, o que significava não ingerir cortisona, responsável por outros estragos à saúde. Os resultados dos exames revelaram o que eu desconhecia: diabetes, devido o uso freqüente da medicação, colesterol alto, deficiências nutricionais, além de candidíase intestinal, que promove o desequilíbrio da flora intestinal, provocando os mais variados sintomas e desencadeando inúmeras doenças.

“A avaliação da dinâmica metabólica do organismo através dos marcadores bioquímicos, permite descobrir as possíveis causas de diversos sintomas, assim como confirmar diagnósticos e direcionar tratamentos,” explica a especialista em Nutrologia.

 

A partir da terapia endovenosa, geralmente de 10 sessões (fiz mais cinco), aprendi a manter hábitos saudáveis, com uma alimentação balanceada e exercícios físicos diários, passando a vislumbrar uma luz no fim do túnel, pois a esta altura estava também apresentando queda de cabelo. Confesso que no início do tratamento fiquei surpresa com a quantidade de cápsulas (medicação manipulada de acordo com as necessidades nutricionais do meu organismo) a serem ingeridas todos os dias, com a fase de desintoxicação, em que o paciente faz uma dieta rigorosa por cinco dias, e com o novo hábito de me alimentar corretamente, eliminando farinhas brancas, laticínios, açúcar refinado e gorduras e optando por cereais, legumes, verduras, frutas, carnes e produtos integrais. Também voltei estimulada para a academia e a fazer caminhadas, o que potencializa os resultados do tratamento.

 

Resultados surpreendentes

Graças à eficácia do tratamento e à reeducação alimentar, aprendi a estupenda influência da alimentação no funcionamento do organismo que, aliada à atividade física e a hábitos saudáveis, proporciona ganhos para o resto da vida. Quatro meses após o início do tratamento, a diabetes regrediu a níveis normais de glicose no sangue, os sintomas da menopausa desapareceram, pele, cabelo e unhas melhoraram, perdi peso, a candidíase intestinal foi controlada e o que é mais surpreendente: já completou um ano que senti na própria pele os efeitos do tratamento, sem apresentar nenhuma crise de irite, que tanto afetava meu trabalho e minha vida pessoal. Mais do que isso, nem mesmo um estresse emocional inigualável, como a perda de minha mãe, desencadeou nova infecção, como era freqüente acontecer em momentos dolorosos – aos quais os próprios médicos admitiam ser o gatilho para o reaparecimento da doença.

O resultado do tratamento foi além das minhas expectativas: até o final deste ano estou credenciada a enfrentar uma cirurgia de catarata nos dois olhos, com redução dos graus de miopia, astigmatismo e presbiopia através do implante de lentes intra-oculares – um procedimento até então questionável para uma paciente com histórico severo de irite crônica. Ou seja, o sonho de enxergar sem óculos ou lentes de contato está cada vez mais próximo.

Hoje, posso dizer que o ‘meu incêndio’ foi apagado pela Nutrologia, pois coloquei meu organismo nos eixos, adquiri vitalidade, disposição, bem-estar e qualidade de vida. E isto significa: que para uma vida ser bem vivida é fundamental ter saúde no amplo sentido da palavra, respeitando-se antes de tudo, além, é claro, de muita paz e amor.

“Se todos adquirissem bons  hábitos e pelo menos fizessem check-up uma vez ao ano, as pessoas seriam menos estressadas, muito mais saudáveis, e os índices de diversas enfermidades seriam pouco expressivos ou até inexistentes”, destaca a nutróloga.

 

Nutrologia : Tratamento diferenciado e eficaz

A eficácia do tratamento com a Nutrologia se deve ao conjunto de procedimentos personalizados e padronizados pela clínica, com avaliação, diagnóstico e métodos terapêuticos para a estimulação das funções orgânicas. O tratamento, que dura em média 10 semanas, é composto pelas suplementações nutricionais endovenosas e intramusculares, que são aplicadas na própria clínica uma vez por semana. Paralelamente, são prescritas suplementações nutricionais orais (vitaminas, minerais e aminoácidos), manipuladas e formuladas de acordo com a necessidade individual de cada paciente, que são ingeridas diariamente em casa. A cada semana, os pacientes recebem orientação e incentivo quanto à reeducação alimentar, com ênfase nas dietas de desintoxicação e combinação dos alimentos para alcalinização do sangue, hidratação alcalina e atividade física.

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