O resgate da feminilidade com a reconstrução mamária pós-câncer de mama
Cirurgia plástica reconstrutora promete corrigir a beleza dos seios pós-mastectomia, mas ainda são os cuidados preventivos que minimizam a agressividade da doença
Mulheres são sinônimo de beleza e feminilidade, elas têm uma força inacreditável e lutam com unhas e dentes para proteger quem amam. O dito sexo frágil não condiz nem um pouco. Encaram uma jornada múltipla todos os dias sem perder a elegância, nem mesmo quando passam por momentos difíceis em sua vida.
Apesar da grande conscientização, todos os anos surgem inúmeros novos casos de câncer de mama em nosso país, e tão importante quanto o diagnóstico precoce, está também a cirurgia de reconstrução mamária após o tratamento da doença, contribuindo para o resgate da autoestima e para o retorno à vida normal. A técnica é uma maravilhosa evolução da cirurgia plástica que resgata nosso maior símbolo de feminilidade.
A mastectomia é um procedimento traumático para a mulher, na qual a mama precisa ser removida totalmente. Essa é uma interferência que traz grandes traumas para a vida dessas pacientes. Porém, graças aos avanços da medicina e das técnicas de cirurgia plásticas, por meio da reconstrução mamária é possível devolver a essas mulheres a sua autoestima, confiança e esperança, independentemente da idade.
“Não tem como negar que a mama é o símbolo da feminilidade. Sua ausência traz consequências psicológicas graves. A reconstrução mamária é um procedimento de extrema relevância para a recuperação da paciente. Com o avanço da medicina, atualmente se obtém resultados cada vez mais aprimorados e a pessoa sente uma espécie de reintegração com seu próprio corpo. As pacientes que fazem esse procedimento ficam mais confiantes no tratamento após o câncer”, afirma o médico cirurgião plástico Dr. Paulo Bettes.
Autoconhecimento
O conhecimento de seu próprio corpo e a procura por profissionais e exames especializados, como a mamografia periódica, ainda são as melhores formas de minimizar a agressividade da doença e, principalmente, evitar a necessidade da retirada dos seios. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o autoexame ajuda no conhecimento da mulher de seu próprio corpo, e isso inclui não só a percepção de nódulos, mas também de diversas outras alterações nas mamas. Porém, atualmente o autoexame não é considerado efetivo para o diagnóstico precoce, pois quando algum nódulo passa a ser perceptível a mulher, já possui um tamanho e características de um estágio avançado da doença.
Ainda de acordo com o Instituto (INCA), para diagnosticar precocemente o câncer de mama é necessário o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade. Já a mamografia a orientação geral é começar a fazer o exame preventivamente a partir dos 40 anos, com intervalo de um a dois anos para mulheres sem histórico familiar de câncer de mama; caso haja algum caso na família (avó, mãe, tia ou irmã) a mamografia deve ser realizada a partir dos 35 anos anualmente.
O diagnóstico precoce é, sem dúvida, a grande arma que as mulheres têm nas mãos, pois quanto antes o câncer for descoberto, maiores as chances de sucesso no tratamento. “A importância de detectar o câncer desde o início pode salvar sua vida. Quando a doença é detectada em estágios iniciais, é possível tratar com sucesso a maioria das mulheres”, afirma Dr. Paulo Bettes.
Estilo de Vida
O que muitas mulheres não sabem é que, além das visitas periódicas ao médico e exames, pequenas mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir o câncer de mama. Uma das mais importantes é fazer exercícios físicos. Evite também o ganho de peso, principalmente se já tiver passado pela menopausa. Tente manter um IMC inferior a 25 e tenha uma dieta balanceada. O cigarro e o consumo frequente de álcool também aumentam o risco de câncer de mama.
Silicone
Outro importante fato é a relação entre silicone e câncer de mama. Segundo o Dr. Paulo Bettes, “não há motivos para que a mulher tema colocar próteses de silicone nos seios por medo de desenvolver a doença”. Os estudos científicos relativos as próteses de silicone e câncer de mama comprovaram que não há relação entre o desenvolvimento da doença e a colocação de próteses de silicone. Assim, as mulheres que colocam próteses não estão mais propensas do que as outras a desenvolverem câncer de mama.
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