Infectologia

Diagnóstico precoce da AIDS reduz riscos e melhora qualidade de vida

Testagem rápida de HIV na Campanha “Fique Sabendo” termina neste dia 1º mas nos postos de saúde o exame pode ser realizado durante todo o ano

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O Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios e sociedade civil, está realizando uma mobilização nacional para testagem de HIV/AIDS, sífilis, e hepatites virais (B e C). Todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA, em todo o país. A estratégia faz parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro.

“A campanha serve para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, com ampliação do acesso da população aos testes rápidos nas unidades básicas de saúde”, frisa o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

O diagnóstico precoce possibilita um tratamento eficaz e mais rápido, reduzindo os riscos e melhorando a qualidade de vida. Reduz também a carga viral negativa. “Viver com HIV não é simples, mas saber é muito melhor”, diz o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

 

Teste

Com apenas uma gota de sangue colhida, o resultado do teste rápido sai em 30 minutos. A pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame, e em caso positivo, é encaminhada para o serviço especializado. Quem não conseguir participar da campanha nacional “Fique Sabendo” pode procurar os postos de saúde para realizar os exames, durante todo o ano.

 

Gestantes

Entre as ações da campanha está também o lançamento do novo boletim epidemiológico, que traz como novidade a inclusão de informações sobre monitoramento clínico dos pacientes, carga viral, contagem de CD4 (situação do sistema imunológico) e tratamento.

A ampliação da testagem no pré-natal é um dos destaques da campanha. Estudo do Ministério da Saúde com parturientes indica que, em 2004, 63% das mulheres gestantes realizaram o teste. Entre 2010 e 2011, esse índice foi de 84%, um aumento de 21 pontos percentuais.

O boletim mostra ainda queda de 12% no coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão). A taxa de 6,3 óbitos por 100 mil habitantes em 2000 caiu para 5,6 em 2011.

Cerca de 70% dos pacientes que vivem com aids no Brasil, e que estão em terapia antirretroviral, apresentam cargas virais indetectáveis. Isso significa que as pessoas que têm a infecção e recebem medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão vivendo cada vez mais.

 

Programação em Curitiba

Em Curitiba, uma mobilização para reforçar a importância da prevenção contra a infecção pelo vírus da AIDS tomou conta da Boca Maldita, na sexta-feira, dia 30. Mas, a ideia principal segundo a Secretaria de Saúde foi alertar que as unidades de saúde da capital paranaense estão à disposição da população para realização dos exames convencionais do HIV.

Desde o início da notiticação da epidemia de AIDS, Curitiba registrou 9.742 casos de infecção por HIV e 3.080 de pessoas portadoras do vírus (ainda não desenvolveram a síndrome). Esse ano já foram confirmados 157 casos de pessoas que já desenvolveram aids e 209 que têm o vírus.