Outubro Rosa, juntos na luta contra o câncer de mama
Você também pode ajudar a vencer o câncer de mama. Já realizou a sua mamografia este ano?
Ruas, fachadas, parques, praças iluminadas em tom de rosa. Um belo espetáculo de parar os olhos. O objetivo é mesmo chamar a atenção, porém, para os cuidados com uma das partes mais encantadoras do corpo feminino: as mamas. Estamos no Outubro Rosa, campanha mundial destinada à luta contra o câncer de mama, segundo tipo de neoplasia mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Uma batalha que só pode ser vencida por meio do diagnóstico precoce de prevenção. “O que se faz com mamografia e não apalpamento das mamas”, alerta o médico oncologista Dr. João Carlos Simões, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba.
Segundo ele, apalpar a mama é importante, mas não serve como diagnóstico precoce, até porque alguns tipos desse câncer não fazem caroço. O médico também ressalta que o exame deve ser realizado por qualquer mulher a partir dos 40 anos e não dos 50, como costuma ser divulgado especialmente nas campanhas governamentais. E para aquelas mulheres que têm casos de câncer na família o exame deve começar a ser feito ainda mais cedo, por volta dos 35 anos.
O câncer de mama também acomete homens. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que somente este ano, 52.680 mil pessoas morram vítimas da doença.
Sintomas
O câncer de mama é considerado uma doença silenciosa. Em geral, não apresenta sintomas iniciais, por isso, a importância da prevenção, com visita regular ao médico e exame de Mamografia.
Deve-se ficar atento a sinais como: mudança no tamanho ou na forma da mama; alterações na textura da pele (aspecto de casca de laranja); secreção pelo mamilo ou retração; inchaço, vermelhidão ou dor; nódulo (ou caroço) na região da mama ou da axila.
#observe sua mama
Fatores de risco
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Dieta rica em gorduras;
- Abuso de bebidas alcoólicas;
- Tabagismo;
- Exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos;
- Histórico familiar com casos de câncer de mama na família;
- Menstruação precoce (antes dos 12 anos);
- Menopausa tardia (após os 50 anos);
- Primeira gravidez após os 30 anos.
Avanços no tratamento
São grandes os avanços no diagnóstico precoce e também no tratamento do câncer de mama. Dois estudos publicados recentemente pela revista Nature, um em abril, que mapeou 10 diferentes tipos de câncer de mama, e outro em setembro, querevelou quatro tipos geneticamente distintos desse câncer, prometem uma revolução ainda maior no tratamento da doença. Isso porque eles identificam de uma forma muito mais detalhada o tipo de câncer que a mulher tem e os tipos de remédios que vão ou não funcionar, de uma maneira muito mais precisa do que é possível hoje.
Atualmente, quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente.
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
– Tratamento local: cirurgia e radioterapia
– Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
Ações em Curitiba
Você ainda pode apreciar e participar de diversas atividades que estão sendo realizadas em Curitiba para a prevenção do câncer de mama.
Durante todo o mês, uma ampla divulgação por meio de cartazes e folhetos, em pontos estratégicos da cidade e também em estabelecimentos comerciais, além da tradicional iluminação rosa em fachadas de prédios públicos e privados, e este ano até mesmo da estufa do Jardim Botânico, prometem chamar a atenção da sociedade para a causa.
Nas unidades de saúde as mulheres interessadas podem solicitar o exame de Mamografia, não apenas neste mês, mas durante todo o ano, de forma gratuita e sem filas. Ocorre que em outubro, as ações para orientação sobre a prevenção do câncer de mama estão sendo intensificadas com outras atividades.
Entre os dias 8 e 10 de outubro, o Hospital Santa Cruz realiza, gratuitamente, uma série de palestras sobre a doença. Mais informações pelo telefone (41) 3312-3900.