Transformando sorrisos
Um trabalho minucioso em dentística restauradora recupera e embeleza a harmonia facial através do sorriso
Desde que espontâneo e verdadeiro, o sorriso é o mais atraente dos gestos, a maneira de comunicação mais expressiva, elemento de atração e motivo de aproximação entre as pessoas. Um belo sorriso marca presença, cativa, encanta. Mas nem todos possuem um sorriso agradável. Entretanto, graças à evolução da dentística restauradora, uma área da odontologia que estuda a estética dos dentes, atualmente já é possível fazer transformações fisionômicas fantásticas no sorriso de uma pessoa. Com isso, melhoramos nossa imagem e aumentamos a autoestima.
A grande novidade é que hoje o paciente pode experimentar nas primeiras consultas o resultado final do trabalho restaurador. Isso é possível através de um “ensaio”, chamado mock-up, com o qual ele poderá visualizar como ficará seu sorriso após o tratamento. “O paciente vai para casa com o mock-up, que é confeccionado em resina acrílica ou bis-Acril, para que amigos e familiares avaliem a transformação e ele possa decidir pelo tratamento com segurança”, esclarece Dra. Adriane Paglia, mestre e especialista em Dentística Restauradora, com formação no Brasil e aperfeiçoamento no exterior, pela Interdisciplinary Dental Education Academy IDEA – São Francisco/Califórnia – 2011.
De acordo com a dentista, o próprio paciente remove esse “ensaio”, já que é um trabalho sem preparo do dente e totalmente reversível. “Quando o paciente retorna ao consultório, decidimos então pela execução ou não da proposta inicial, mas confesso que até agora, quem já realizou este planejamento nunca deixou de optar pelo tratamento”, acentua Dra. Adriane. Foi o caso da gerente comercial Leodete de Melo, de 42 anos, que procurou a especialista para a restauração de um dente. “Acabei fazendo o trabalho de restauração completo, pois ao usar o ‘ensaio’ não queria mais sair da frente do espelho. O resultado foi um sorriso maravilhoso”, comemora. A mesma sensação teve o advogado Carlos Alberto Moreira de Mello, de 65 anos, que se sentia incomodado com a mudança na expressão facial e mastigação pelo desgaste natural dos dentes devido a idade. “Para os meus padrões de exigência, o resultado foi encantador”, destaca.
Passo a passo
Quando o paciente faz uma consulta por alguma causa estética, o primeiro procedimento é realizar um levantamento radiográfico. Em seguida, ele preenche uma ficha com perguntas referentes à estética dental. “Assim, obtemos informações sobre o que ele gosta, o que não gosta, o que admira em um sorriso e também qual a sua queixa”, esclarece Dra. Adriane. Estas informações, juntamente com os exames fotográfico e clínico, fornecerão dados suficientes para se traçar o planejamento mais adequado para cada caso.
Sempre que possível, o tratamento é iniciado com o clareamento dos dentes, seja no consultório através do laser ou em casa (chamado de técnica caseira). Os materiais utilizados para a mudança do sorriso são a porcelana e a resina composta. Quando a opção é pela porcelana, é preciso trabalhar juntamente com o técnico responsável, pois o trabalho é realizado fora da boca. Primeiro são feitos os preparos dos dentes (quando necessário), moldagem e instalação de provisórios (uma cópia do ensaio feito anteriormente) e, em uma segunda sessão, são cimentadas as porcelanas.
Para determinados casos é necessário um tratamento multidisciplinar, onde o paciente passará, primeiramente, por um periodontista para tratar problemas gengivais, remoção de tártaro e limpeza. Depois, ele pode necessitar de um ortodontista para posicionar melhor os dentes. Na sequência, entra o implantodontista para possível reposição de dentes. Após todo o trabalho de base é que será realizada a parte restauradora estética. “Todos estes procedimentos são necessários em casos complexos. Porém, a maioria é resolvida em poucas sessões”, confirma Dra. Adriane.
Vantagens dos materiais
A vantagem de se utilizar a resina composta está no fato de não ser necessário realizar nenhum desgaste ao dente, pois este material aceita qualquer espessura, embora exija uma manutenção anual e não seja indicado para pacientes fumantes ou com hábito de tomar café o dia todo, pois sofre maior pigmentação que a porcelana.
Já no caso da porcelana existe a vantagem de nunca alterar de cor, ser extremamente polida, o que evita a aderência de placa bacteriana e, consequentemente, não inflama a gengiva ou sofre desgaste. “Hoje podemos realizar facetas extremamente finas, praticamente sem dano da estrutura dentária”, acentua a especialista. “Para cada caso indicamos um material, levando em consideração a idade do paciente, a estrutura dos dentes remanescentes, os hábitos funcionais e parafuncionais de cada um e, principalmente, o que o paciente espera do resultado final quanto à estabilidade e durabilidade. Porém, independente do material utilizado, sempre obteremos grandes resultados”, finaliza Dra. Adriane Paglia.
