Tema da Semana

Transtorno de Ansiedade

Conheça o que é, os sintomas e os novos avanços da Neurociência para acabar com esse mal

Vivemos atualmente em uma epidemia diferente. A vida e o ritmo atual ocasionaram uma série de males chamados de doenças da vida moderna, dentre os quais a ansiedade e a depressão figuram como os principais e acabam prejudicando a saúde e o bem-estar social como um todo.

O que é ansiedade?

De forma geral, podemos definir ansiedade como a apreensão ou o medo, que antecipa uma situação desagradável ou perigosa, gerando preocupação, tensão, estresse e inquietude. Não existe um fator único, que explique o aparecimento da ansiedade e ela pode ser de natureza biológica ou psicológica (acontecimentos externos e conflitos internos).

“Traumas emocionais ou altos níveis de estresse por períodos prolongados podem gerar mudanças negativas no funcionamento cerebral, ou seja, alterações nas frequências das ondas elétricas cerebrais, comprometendo seu desempenho e causando sintomas comportamentais e emocionais indesejáveis ou prejudiciais”, explica a psicóloga Dra. Tânia Muratori, pós-graduada em Neurociência e com formação em Neurofeedback pela BCIA – EUA.

Quando a ansiedade deixa de ser normal e passa a ser prejudicial?

A ansiedade tem dois lados: o benéfico e o maléfico. Em situação de perigo, por exemplo, é ela que estimula a ficar atento e tomar decisão. Entretanto, se for a nível elevado, a ansiedade tem o efeito contrário e pode causar a paralisação do indivíduo.

Quem alguma vez ficou preso em um elevador ou simplesmente tem medo diante da possibilidade de usá-lo, ficará tão ansioso que se sentirá imobilizado. Ou seja, a ansiedade passa a ser tão desconfortável que, para evitá-la, deixa-se de fazer certas coisas.

Há situações ainda mais graves, quando a pessoa se sente ansiosa a maior parte do tempo sem nenhum motivo ou razão aparentemente. Por isso é importante procurar ajuda profissional o mais rápido possível, já que sintomas como esses tendem a se agravar a ponto de ser prejudicial ao convívio social tanto no trabalho como na vida comum, sendo por vezes, um fator desencadeante de um ou mais vícios.


Quais são os sintomas da ansiedade?

A ansiedade pode aparecer em alguns momentos do dia a dia como uma preocupação com os filhos ou com as contas que estão para vencer, mas para ser diagnosticada como um distúrbio, ou seja, um transtorno de ansiedade, esta deverá ser intensa, duradoura e, por vezes, incapacitante.

Alguns sintomas comuns deste transtorno são:

  • Preocupação ou tensão exagerada;
  • Agitação e inquietação;
  • Fadiga fácil;
  • Dificuldade de concentração e memória;
  • Irritabilidade;
  • Tensão muscular;
  • Falta de ar;
  • Dor de cabeça;
  • Insônia;
  • Angústia;
  • Tontura;
  • Medos;
  • Roer unhas;
  • Não conseguir relaxar;
  • Sensação contínua de que vai acontecer algo ruim;
  • Pavor de alguma situação em particular;
  • Descontrole sobre os próprios pensamentos ou atitudes;
  • Palpitação cardíaca.

 

Quais são os tratamentos para a ansiedade?

Quando a ansiedade se manifesta apenas em uma determinada situação, medidas simples de relaxamento ajudam, entretanto, quando ela persiste ou se torna de difícil controle e incapacitante, é preciso procurar ajuda profissional.

Com o avanço da Neurociência, novas técnicas têm surgido e se mostrado altamente eficazes e resolutivas, como a Neuroterapia, mais especificamente o Neurofeedback, uma metodologia de treinamento cerebral bastante difundida na Europa e Estados Unidos, que tem mostrado ótimos resultados e altos índices de eficácia. O Neurofeedback consiste no treinamento e correção da atividade das ondas elétricas cerebrais para regularização das funções do cérebro, controle dos transtornos emocionais e comportamentais e também para potencialização do desempenho mental.

“A atividade das ondas elétricas de determinadas regiões do cérebro mostra-se comprometida em indivíduos que apresentam transtornos como depressão, ansiedade, déficit de atenção, insônia, pânico, entre outros, o que implica em prejuízos no seu desempenho intelectual, emocional e social”, explica a Dra. Tânia Muratori.

As ondas elétricas cerebrais são lidas e decodificadas por aparelhos de eletroencefalograma (EEG) e softwares avançados, permitindo identificar as irregularidades no seu funcionamento e ensinar ao cérebro corrigir esses padrões de ondas cerebrais em regiões responsáveis pelas funções cognitivas, emocionais e comportamentais. As regiões do cérebro que estão com seu funcionamento comprometido são condicionadas a funcionar dentro do padrão de normalidade sem o uso de medicamentos.

 

Principais indicações do Neurofeedback: 

  • Déficit de atenção e hiperatividade;
  • Dificuldade de aprendizagem;
  • Depressão e fibromialgia;
  • Ansiedade, pânico e fobias;
  • Estresse pós-traumático;
  • Transtorno obsessivo-compulsivo;
  • Fadiga crônica e enxaquecas;
  • Insônia e estresse;
  • Sequelas de traumatismo ou AVC;
  • Otimização do desempenho cerebral.

 

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