Odontologia

Sem sair de casa

Em Curitiba, um novo serviço de tratamento odontológico em casa ou no hospital pode evitar doenças e garantir a qualidade de vida de idosos e portadores de necessidades especiais

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Uma boa saúde bucal é essencial em qualquer idade. Porém, na terceira idade, com o declínio orgânico agravado por doenças crônicas, ela é primordial. Além de evitar complicações dos problemas sistêmicos, melhora as condições de saúde geral, o bem-estar, a autoestima e, para o idoso, muitas vezes pode significar sua reintegração na sociedade e no mercado de trabalho. Especialistas apontam que uma saúde bucal satisfatória ajuda a evitar infecções do trato respiratório, especialmente em pacientes debilitados, pois muitas vezes estes aspiram conteúdo bacteriano bucal, vindo a afetar órgãos vitais. Pessoas com doença de Parkinson, demências e pós-acidente vascular cerebral (AVC) são particularmente de alto risco para desenvolver pneumonia, tornando-se fundamental uma higiene bucal constante.
“Só para se ter uma ideia da importância da higienização bucal e do tratamento odontológico periódico, o Instituto do Coração (Incor) de São Paulo possui sua própria equipe de dentistas, já que existem evidências de que várias doenças surgem da má condição de saúde bucal”, afirma a dentista Caroline Fernandes, especialista em odontogeriatria, lembrando que algumas infecções chegam até a prejudicar pacientes com problemas cardíacos. De acordo com a especialista, uma inflamação na gengiva, por exemplo, pode agravar casos de infarto e provocar endocardites.
Atendimento domiciliar ou hospitalar
Levando em consideração que a maioria dos portadores de necessidades especiais (jovens, inclusive) tem dificuldades motoras e/ou de locomoção e muitas vezes estão sob os cuidados de familiares ou cuidadores sem o devido conhecimento, um novo serviço passou a ser de grande valia para a saúde destas pessoas: a odontologia domiciliar, trabalho que vem sendo realizado, em Curitiba, pela dentista Caroline Fernandes.
 “Meu filho, que nasceu com um retardo mental leve e hoje está com 30 anos, era hiperativo e precisava ser internado em hospital para realizar tratamento dentário, inclusive sob anestesia geral”, comenta Milton Ricardo e Silva. Em 2006, ao se submeter a uma cirurgia de coluna, o rapaz ficou paraplégico, dificultando ainda mais o seu transporte, pois tem 1,80m de altura e 90 kg, além de outras limitações. “Por isso, o trabalho domiciliar realizado pela especialista é de extrema importância para a saúde do meu filho e para a qualidade de vida de toda a família”, reconhece, salientando que sempre que pode recomenda o serviço tanto para portadores de necessidades quanto para idosos e pacientes com doenças crônicas e debilitantes. Caroline Fernandes atende em residências e hospitais, onde realiza todos os procedimentos necessários para um tratamento odontológico completo.
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