Fisioterapia Uroginecofuncional

Incontinência urinária

Um problema que pode ser tratado em todas as fases da vida

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Quando você menos espera ou nem sequer imagina, o problema surge. Somente as mulheres que sofrem de incontinência urinária – que é a perda involuntária de urina pela uretra – sabem o tamanho do incômodo ao dar um passeio, espirrar, tossir, chorar ou até rir. E elas sofrem não apenas pela enfermidade, que é bastante comum na melhor idade, mas o problema se instala em seu corpo físico e também no emocional.
“A mulher tem medo de cheirar mal e de passar a depender da disponibilidade de banheiros para evitar a eliminação involuntária de urina. Além disso, abandona as atividades esportivas e modifica sua forma de vestir. Ela passa a sofrer, então, com dificuldades sexuais, alterações no sono e prefere nem sair de casa, diminuindo suas atividades sociais. Essas mulheres têm mais do que uma queda na autoestima, silenciosamente, se tornam deprimidas, angustiadas e irritadas. Assim, com frequência, sentem-se humilhadas e embaraçadas para falar do seu problema”, afirma a fisioterapeuta Dra. Josleide Baldim Hlatchuk, com especialização em fisioterapia respiratória, osteopatia e saúde da mulher, formação em RPG pelo Instituto Philippe Souchard, e responsável pela Clínica Fisio Global, em Curitiba.
A profissional explica que a moléstia pode surgir em todas as faixas etárias, mas que possui tratamento. “A incontinência urinária é um problema comum, que afeta mais de 10 milhões de pessoas no Brasil e pode ocorrer na menopausa, após o parto ou a histerectomia (cirurgia para retirada do útero), como também pode estar relacionada ao uso de medicamentos, à infecção urinária, ao intestino preso, à obesidade ou a problemas hormonais. Uma das principais causas é a fraqueza muscular, já que os músculos do abdômen e do períneo – que seguram a bexiga, útero e intestinos – não conseguem mais atuar de forma ideal”, relata Dra. Josleide.
A cabeleireira L.J.O.* percebeu o problema depois dos 50 anos. “Foi lendo uma matéria que observei os sintomas e que era possível procurar ajuda. Busquei a profissional e notei que não estava sozinha e a um passo de melhorar minha vida”, evidencia. Ela fez dez sessões, em três meses de tratamento, mas a partir da terceira sessão já notou as mudanças: “o resultado foi gradativo e melhorou muito a minha relação e minha qualidade de vida. O que antes era um incômodo agora não existe mais. Passei a fazer os exercícios em casa e recebi dicas para saber o que deveria fazer também na academia. Estou muito feliz”.

 

Apenas a cirurgia não bastou

Todo o conhecimento na área da saúde não bastou para evitar a incontinência urinária. A enfermeira J.K.B., 77 anos, estava com o problema havia alguns anos e foi buscar ajuda. “Fiz uma cirurgia de bexiga em 2012, mas o resultado não foi o que esperava. Conheci a técnica e marquei uma consulta para iniciar o tratamento. Assim, foram seis meses, um encontro por semana, e aos poucos fui me sentindo melhor. Hoje eu tenho melhora de 85% do problema. Fico feliz em poder dar esse depoimento conscientizando muitas mulheres de que o problema tem solução.
A fisioterapia é o tratamento mais indicado para a incontinência urinária por ser menos invasiva, apresentar menos reações adversas, ter menor custo e não ter contraindicações. “Além de melhorar ou mesmo curar a incontinência urinária, a técnica fortalece a musculatura do assoalho pélvico, também melhora a função sexual, o que é de crucial importância para a qualidade de vida da paciente e sua autoestima”.

 

Melhora na qualidade de vida a dois

Bastaram dois meses de tratamento para a secretária S.M.,56 anos, para sentir considerável melhora em sua vida sexual. “Fui indicada pela minha ginecologista para iniciar um tratamento. No início estava bastante insegura, triste e angustiada por não conhecer e não saber como seria o tratamento. Logo na primeira consulta, a Dra. Josleide foi muito discreta e profissional, soube lidar muito bem com a minha vergonha e logo me passou as recomendações necessárias. Hoje estou muito feliz, muito bem na minha vida a dois”.
“A reeducação da musculatura do assoalho pélvico é fundamental no programa que busca a prevenção, a melhora ou mesmo a cura da incontinência urinária e a qualidade na função sexual. O melhor tratamento da incontinência urinária nas mulheres é mesmo a prevenção, e esta deve se iniciar o quanto antes”, alerta a fisioterapeuta.

 

As etapas do tratamento da incontinência urinária

  • Avaliação minuciosa, para diagnosticar o tipo de incontinência.
  • Biofeedback (eletrodos vaginais estimulam a executar os exercícios de forma correta).
  • Eletroestimulação.
  • Cones vaginais
  • Ginástica hipopressiva.
  • Cinesioterapia direcionada ao assoalho pélvico, abdominais, adutores e glúteos e a prática de contrações conscientes e eficazes.
  • Orientação para treinamento individual em casa.
  • Acompanhamento com treinamento supervisionado, no mínimo uma vez por semana.
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