Medicina

Artrose do quadril: saiba como prevenir e ficar longe dessa doença

Medidas preventivas e alta tecnologia em cirurgias e próteses garantem o fim da dor e o resgate da qualidade de vida

Todo mundo sabe que praticar uma atividade física faz bem para a saúde. O que talvez muitos não saibam é que um exercício aparentemente leve e saudável, como uma simples caminhada, pode sinalizar alguns problemas ortopédicos que tendem a se agravar com o tempo se não forem tratados adequadamente. Entre eles estão a osteoporose e a artrose de quadril e joelho, também conhecida como osteoartrite ou osteoartrose, uma doença que aparece lentamente.

No início, você pode sentir dores nas articulações depois da prática de atividade física. Em seguida, a dor pode ficar mais persistente e a pessoa também pode sentir rigidez nas articulações. Estes são alguns sinais que você pode estar com artrose de quadril, uma doença que acomete cerca de 10% da população mundial e sua prevalência quadruplica entre as pessoas com mais de 60 anos. Isso significa que o número de casos deste tipo de artrose só tende a aumentar com o envelhecimento da população.

A boa notícia é que, nos últimos anos, os avanços da medicina para a artrose e osteoporose propiciam diagnóstico precoce em pessoas que têm pré-disposição para a progressão das doenças, para o uso de medicamentos condroprotetores – que retardam o processo de degeneração da cartilagem – aliado às técnicas cirúrgicas, desde aquelas com pequenas cicatrizes até a reabilitação acelerada com utilização de próteses. “Os implantes de quadril e joelho estão ganhando muito destaque na última década pela sua alta durabilidade, que é superior há 15 anos. Mas o importante é buscar um médico de confiança para definir qual é o melhor procedimento, e se há necessidade cirúrgica. A prótese total, por exemplo, é o método mais eficaz para os casos mais avançados de quadril e joelho”, explica o ortopedista Mark Deeke, que atua no cuidado de joelho e quadril.

 

Mitos e verdades sobre essas doenças

Dr. Mark conta que tem recebido muitos pacientes, principalmente mulheres, que vão ao seu consultório em busca de tratamentos para as dores nas articulações do quadril. “No entanto, esta articulação está localizada no interior profundo da virilha e não, como muitos acreditam, na parte baixa da coluna vertebral. Surpresa maior é descobrir que as dores na virilha, ou mesmo na nádega ou parte de fora da coxa, são decorrentes de algum grau de desgaste da cartilagem do quadril que reveste estas dobradiças naturais, e não em decorrência da perda de cálcio que compõem os ossos”, esclarece o ortopedista.

Achar que a descalcificação óssea, também conhecida como osteoporose, gera a dor articular é uma confusão frequente entre os pacientes. Na verdade, o problema da osteoporose está na perda da resistência óssea, ocasionando um aumento do risco de fraturas, em especial provocadas por quedas de pequena altura.

“O que causa a dor no quadril é sim a artrose, decorrente da perda da perfeição da articulação”, acentua o especialista. Assim, muitos pacientes ficam surpresos ao perceber que a tão comum ingestão de cálcio não está ajudando diretamente no controle das dores, ou mesmo prevenindo a artrose do quadril e de outras articulações. “Exames de rotina como a densitometria óssea, que avalia a densidade óssea de áreas como o próprio quadril, e diversas medidas dietéticas coadjuvantes, não previnem a ocorrência da dor, mas tão somente o real risco das fraturas, comuns nos idosos”, explica o ortopedista.

A osteoporose é a situação em que o osso perde o cálcio que ele contém (descalcificação), já a artrose é o desgaste das estruturas articulares que revestem as extremidades dos ossos. “Este desgaste, por assim dizer, afeta as superfícies cartilaginosas, fazendo com que, no caso do quadril, existam fortes dores na nádega, virilha ou parte da frente da coxa. O problema no joelho também tem o mesmo caminho de diagnóstico”, completa Dr. Mark Deeke.

Outros sintomas observados são a perda progressiva dos movimentos (abrir ou cruzar as pernas), assim como os quadros recorrentes de bursites de quadril (tendinites dos glúteos) que podem ter a artrose como sua causa principal. Na maioria dos casos, o diagnóstico de artrose de quadril é feito através de simples radiografias, e para situações específicas são realizados exames como a tomografia ou a ressonância magnética.

 

Aposte na atividade física para combater a artrose e a osteoporose

A atividade física rotineira auxilia na formação e na manutenção da densidade óssea, assim como ajuda a retardar a artrose pela criação de mecanismos compensatórios nos músculos. “A presença de artrose associada à osteoporose faz com que a atividade física seja uma das principais modalidades de tratamento destas duas situações clínicas”, enfatiza Dr. Mark.

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