Afinal o que é o estresse?
Saiba que ele está presente no corpo por conta da natureza do ser humano, mas há como tratá-lo e evitar aborrecimentos e doenças mais graves
Que o estresse é uma carga de transtornos provocada no corpo, todos já sabem. A palavra circula abertamente entre as pessoas, inclusive, já é bem aceito pela medicina que inúmeras doenças são comprovadamente agravadas por conta do desequilíbrio do organismo causado pelo estresse. Tecnicamente falando, essa alteração é a mobilização geral do organismo se preparando para a emergência. É a reação que prepara o corpo para lutar ou fugir das situações de perigo. Somos as únicas criaturas capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos. Um surto de depressão, por exemplo, pode arrasar com o sistema imunológico. E, ao contrário, apaixonar-se pode fortificá-lo tremendamente.
Há pessoas, de maneira inapropriada, claro, que se permitem autodiagnosticar “estressadas”, cometendo o grave erro de não se consultarem com um médico. Mas isso não é o correto. Evidente que o estresse é o vilão de muitas situações em que a saúde não anda bem, mesmo assim, não dá para ignorar a busca por tratamento. “O estresse é algo presente na natureza do nosso ser. O grande segredo para o equilíbrio do organismo é o respeito aos nossos ritmos mental, físico e emocional”, explica Dr. Edmilson Mario Fabbri, que, está a frente da Clínica Stressclin e atua há mais de dez anos na prevenção e tratamento do estresse. Dr. Fabbri criou um verdadeiro centro contra o estresse, que disponibiliza uma equipe multidisciplinar, englobando profissionais das áreas de psicologia clínica, psicopedagogia, fonoaudiologia, acupuntura, centro de relaxamento e até musicoterapia. “O grande trabalho a ser realizado é a mudança de atitude. E elas acontecem em todas as áreas. Depois de uma avaliação médica criteriosa, com exame clínico e laboratorial, é instituida a melhor opção de tratamento”, destaca o médico. De acordo com ele, até os pensamentos influenciam na solução dos problemas. “É possível diminuir as preocupações e aliviar as tensões com orientação e mudança de hábito”, alerta Fabbri.
Atendimento
É importante frisar que a medicina é capacitada para avaliar os casos de estresse e seus níveis e encontrar a melhor forma para tratamento ou prevenção. “Quando a primeira avaliação é feita diretamente com o médico, o direcionamento para a melhora dos sintomas é mais seguro”, explica Dr. Edmilson. “Hoje, percebo claramente que a cura das pessoas não está em receitar-lhes este ou aquele remédio, e sim, em estimular-lhes na compreensão dos seus problemas, ajudando-as a trabalhar nas soluções”, afirma o médico.
Perfil do estressado
Existem dois tipos de estressados, o tipo A e o tipo B. Os primeiros são identificados como ansiosos: são impacientes, ambiciosos, agressivos e demonstram esta ansiedade com frequência. Já o tipo B cria frustrações. É o caso dos depressivos: introvertidos, incapazes de manifestar sua agressividade e com espírito de renúncia, eles sempre esperam ser estimulados ou gratificados.
O estresse causa:
Fisicamente
- Cansaço muscular
- Dor de cabeça
- Respiração rápida
- Batidas rápidas do coração
- Tremores
- Tensão maxilar
- Boca seca
- Problemas estomacais
- Sensação de fraqueza
- Sensação de fadiga
Emocionalmente
- Nervosismo
- Temor
- Ansiedade
- Inquietação
- Ira
- Depressão
- Pânico
- Lapsos de memória
A questão é que tanto os problemas físicos como os emocionais andam juntos levando as pessoas a desenvolverem uma serie de distúrbios, doenças psicossomáticas, cardiopatias, alergias, doenças auto-imunes e até cânceres.
Também existem diversos tipos de estresse, de perda, de ganho, de insulto ao amor, de ameaças à segurança, estresse de decisões, de mudanças e de frustrações.