Micropigmentação corretiva na busca pela beleza pós-câncer de mama
Técnicas comumente utilizadas para realçar olhos, boca e sobrancelhas podem também reconstruir o desenho da aréola mamária pós-cirurgia
Cuidar e destacar a beleza, para toda a mulher, é algo essencial para se sentir mais bonita e feminina, porém para aquelas que passaram por alguma sequela devido ao câncer de mama, o cuidado com a beleza dos seios passa a ser ainda mais necessário do que qualquer outra parte do corpo.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais comum de câncer no mundo e o mais frequente em mulheres, respondendo a 22% de novos casos a cada ano no Brasil. No entanto, com o aumento da conscientização e prevenção, a doença tem sido hoje progressivamente diagnosticada mais precocemente, tendo grandes chances de ser tratada e controlada de forma a restabelecer a vida plena a diversas mulheres.
Após a recuperação, muitas mulheres que passam ou terão que passar por uma cirurgia de reconstrução de mamas, podem contar também com a micropigmentação corretiva da aréola mamária como aliada na recuperação dos seios pós-cirurgia e resgate da beleza e autoestima. “No caso de retiradas das mamas, a autoestima da paciente poderá ser afetada e o apoio da família é fundamental. A micropigmentação corretiva pode ser uma grande aliada da mulher na retomada de sua felicidade”, explica a médica Dra. Maria Eliane Menon Forneck.
Similar a uma tatuagem, porém com menor profundidade e pigmentos especiais – somente alguns aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a técnica popularmente utilizada em outros tipos de correções ou aprimoramento estético em olhos, boca e sobrancelhas acabou sendo amplamente utilizada na área corretiva na reconstrução do desenho da aréola mamária. “Utilizada para realçar a beleza de olhos, boca, sobrancelhas e até falhas no couro cabeludo, além de servir para cobrir cicatrizes indesejadas em todas as partes do corpo, a micropigmentação atinge resultados praticamente naturais. Os materiais são descartáveis e apropriados e a diferença está na profundidade da agulha que atinge apenas a epiderme – camada superficial da pele”, explica a profissional.
Dra Maria ressalta que o procedimento deve partir de uma orientação médica e somente pode ocorrer depois de finalizado os tratamentos de radioterapias ou quimioterapias. “Não existe idade para ser feliz. A partir do momento que a paciente optar pela técnica, cabe ao profissional analisar todos os aspectos daquela paciente. Casos como diabetes e hipertensão, por exemplo, deverão ser observados”. A duração da micropigmentação corretiva nas aréolas varia de 18 a 24 meses, dependendo da tonalidade da pele e da rotina de vida da paciente.
+ Saiba mais