Terapias alternativas

Você tem medo de quê?

Medo de dirigir? Medo de andar de elevador? Medo de dentista? Medo de viajar de avião?

Se sua resposta for SIM para qualquer uma dessas questões, você é portador de uma fobia e precisa de ajuda.

VNesta edição, vamos tratar especificamente da fobia de dirigir. Porém, existem alguns sintomas físicos que revelam que você realmente não está preparado para sair por aí no comando. São eles: respiração ofegante, tremores musculares, coração acelerado, boca seca, sudorese, ansiedade, pânico entre outros. Todas essas questões precisam ser avaliadas, assim como os pensamentos e os comportamentos de quem sofre dessa fobia.

Certamente você já pensou assim: “E se o carro morrer?”, “Vou atrapalhar os outros!”, “E se eles não me deixarem passar?”, “E se eu bater?”. Esses pensamentos são um forte indício de que você pode ter fobia de dirigir. Não só esses pensamentos ameaçadores podem nos mostrar que estamos precisando de ajuda, mas o nosso comportamento também. Você já tentou virar a chave do carro e paralisou? Ou mesmo tentou sentar no banco do motorista e teve aquela sensação estranha de perder o controle? Então? Isso é fobia de dirigir, que também é conhecida como amaxofobia. Tem pessoas que ficam anos com a carteira de motorista na gaveta e não tentam dirigir, se acomodam, pois têm quem as leve para todos os lugares; outras até dirigem por um tempo, mas com insegurança e, por isso, desistem na primeira oportunidade, pois é muito sofrido.

Ainda, há aquelas pessoas que criam estratégias para facilitar sua vida, buscam fazer tudo perto de casa para evitar longos deslocamentos, que dependam de carro. A fobia de dirigir é um transtorno psicológico que é incapacitante e traz prejuízos significativos para quem o tem.

O primeiro passo para superar é a aceitação

Aceitar que tem essa fobia e que precisa de ajuda é fundamental para conseguir dirigir sem medo e sozinho. Negar e dizer que é falta de prática, apenas vai aumentar o sofrimento.

Foi o caso da Rita de Cássia Cioneski, 57 anos, que, embora possuindo a carteira de habilitação, ficou 29 anos sem dirigir. “Com o tempo e o medo de dirigir me acomodei, pois meu marido sempre dirigiu. Foram anos arranjando uma desculpa. Até que depois de uma palestra resolvi buscar ajuda e foi a melhor coisa que fiz na vida!”, comemora. Rita começou o tratamento e conquistou a independência ao volante, hoje faz tudo o que não fazia antes. “Agora vou ao supermercado, passeio com meus netos, enfim, conquistei a independência e às vezes nem acredito que sou eu!”, acrescenta.

De acordo com a psicóloga Salete Coelho Martins, especializada em Psicologia do Trânsito, são muitos os fatores que impedem uma pessoa de dirigir. “As pessoas que têm essa fobia veem o carro como uma máquina impossível de prever e dominar, chegam até a chorar de receio de enfrentar o trânsito, evitam o carro de todas as formas possíveis e até procuram a autoescola para reciclagem prática acreditando que é falta de habilidade”, revela a psicóloga.

Método diferenciado

Fundada em Curitiba desde 2006, a Clínica Psicotran é especializada em tratar a fobia de dirigir, através de psicólogas especialistas em Psicologia do Trânsito e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que auxiliam as pessoas a superar o medo de dirigir, voar, ir ao dentista ou até mesmo de andar de elevador.
Contando com um método próprio de reabilitação para o trânsito associado à terapia, apresenta resultados muito satisfatórios, devolvendo autonomia, confiança e autoestima às pessoas que não conseguem entrar no carro, sejam como motoristas ou até passageiros.

“Me sentia um fardo por não conseguir nem entrar no carro”, revela a gerente de alimentos e bebidas Kátia Cirlene, 47 anos, que mesmo tendo tirado sua habilitação há dez anos nunca usufruiu da mobilidade que o dirigir proporciona. “Eu chegava a passar mal dentro do carro de tanto medo que sentia de dirigir, e fui me acomodando pelo fato de meu marido sempre dirigir e se desdobrar para fazer o que era preciso com o carro”, revela Kátia, que ainda por cima possui um restaurante e uma vida bem agitada. Kátia fez sessões com a psicóloga Sagriely de Paula e conta que a sensação que teve é que abriram com uma chave o seu cérebro e acionaram o que estava bloqueado. “Hoje dirijo à noite, na estrada e por tudo; me libertei! Foi uma bênção!”, enfatiza.

Embora algumas pessoas consigam lidar com o medo de dirigir sem grandes prejuízos, em outras a ansiedade pode chegar a intensidades maiores, prejudicando bastante sua qualidade de vida. Considera-se que a fobia de dirigir afete entre 7% e 8% da população mundial. Em alguns estudos, essa proporção pode chegar a 92% só de mulheres. (Fonte: artigo Revista Ciência Hoje, de fevereiro de 2015).

“Na Psicotran, observamos que existem diferentes grupos de medo de dirigir. O primeiro está associado com pequenos danos leves no veículo, por exemplo raspar o espelho no portão de casa, o que leva as pessoas a concluírem que não são capazes de dirigir. O segundo são indivíduos que não conseguem tirar o foco da sua ansiedade e perdem o desempenho na hora de dirigir. E o último são os que julgam não ter noção de espaço e acreditam não saber mais dirigir. Independentemente do grupo que essas pessoas se encontram, todas têm um perfil perfeccionista e exigente consigo mesma, por isso evitam dirigir. É importante salientar que o tipo de educação, aspectos culturais e do ambiente que vivem podem desenvolver esse perfil”, salienta a psicóloga Salete Coelho Martins.

O plano terapêutico

O plano terapêutico é pensado junto com o paciente de acordo com suas necessidades e circunstâncias de vida. Foram elaboradas estratégias para evitar situações de fuga do tratamento, o que corrobora muito com a superação do medo de dirigir.

“Sabe quando você fala: ‘Amanhã começo!’ Ou sabe aquelas desculpas, como: ‘Não preciso dirigir, tenho tudo perto de casa!’ Todas essas situações são avaliadas na primeira consulta e, a partir disso, cria-se o plano terapêutico”, relata psicóloga Salete.

As psicólogas revelam que o método cria independência aos pacientes. “É você dirigindo sozinho”, finalizam.
Portanto, se você se identificou, chegou o momento de resolver essa questão de uma vez por todas. Marque sua consulta.

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