Médicos e tecnologia
Softwares e tecnologias ajudam especialistas a chegar ao diagnóstico correto
Não é mais possível para os médicos viver sem os vários equipamentos, computadores, softwares, ferramentas da web e até celulares para ajudar na organização e gerenciamento de arquivos e agendas. Mesmo os profissionais mais tradicionais estão tendo que se remodelar para se adequar a estas tendências. O Dr. Marcelo Santos, dermatologista há 25 anos, que o diga: logo que surgiram os computadores pessoais, ele teve que se esforçar para vencer o desafio da informática. “Hoje trabalho sempre com o computador, uso softwares para exames e vivo conectado às tendências e novidades; invisto sempre na minha formação e aprendizado”, relata. Para o médico, o ponto negativo disso é que as pessoas veem a tecnologia como um filme de ficção. “Elas vão a consultórios e imaginam que a beleza está a um toque de botão, e que toda essa parafernália tecnológica resolverá, sozinha, complexos problemas”, comenta.
A dermatologia, em especial, é uma área que se desenvolveu muito com a tecnologia. “Nós acompanhamos esta evolução, adicionando todo este aprimoramento ao nosso dia a dia e nos preocupando em oferecer resultados e soluções para a população com segurança”, destaca o especialista. Dr. Marcelo alerta que a mídia e a indústria da beleza vêm promovendo, vendendo e patrocinando um conhecimento científico forçado e exagerado, que leva o público à busca excessiva desse consumo do belo. “Infelizmente, nem toda tecnologia é benéfica, e as pessoas têm que, primeiro, valorizar um diagnóstico correto”.
É fundamental saber se o profissional está usando a tecnologia com habilidade e responsabilidade. “A mais moderna máquina de laser ou a mais nova técnica cosmética podem não ser indicadas para diminuir as linhas de expressão, por exemplo”, ilustra. Por isso, em primeiro lugar o paciente deve buscar um dermatologista de confiança, para saber como está a saúde da pele, e só então verificar se tal procedimento ou produto é ou não indicado para sua necessidade. “Assim, evita-se que uma simples limpeza de pele, uma depilação a laser ou o uso de ácidos agrave um problema em vez de resolvê-lo”, enfatiza.
Individual
A pele de cada pessoa tem suas particularidades; os tratamentos devem ser individualizados e personalizados. “Aquele creme excelente da sua amiga pode não ser indicado para você”, alerta Dr. Marcelo. “O tratamento indicado erradamente não faz nenhum tipo de efeito sobre o problema original, só frustra o paciente, onera, isto quando não agrava a situação”. Um exemplo comum são os ácidos usados para a revitalização e retirada de manchas. Se não for feito um estudo detalhado da pele antecipadamente, as sequelas poderão ser irreparáveis.
Outra tecnologia que vem ganhando destaque são os softwares e programas de análise, nos quais são ampliadas de 20 a 70 vezes as imagens das lesões na pele. Então, são documentadas e analisadas, permitindo que se faça uma avaliação detalhada para que o médico retire só o que for necessário.
Ao invés de comprar novidades que aparecem na televisão, procure o dermatologista, é ele que vai identificar o tratamento correto. A cada nova consulta, que deve ser realizada periodicamente, o dermatologista acompanha e controla o crescimento ou aparecimento de novas lesões. Desta forma, o maior e mais exposto órgão do corpo humano estará protegido.
Perigo
O laser sem dúvida é uma das tecnologias mais utilizadas pela medicina moderna. Hoje esses aparelhos são mais efetivos, mais leves e portáteis, o que facilitou a vida do dermatologista. Mesmo assim, para conseguir resultados na busca da revitalização da pele fotoenvelhecida, na depilação definitiva e na retirada de pequenos vasos é essencial o diagnóstico correto. Fique de olho: existem diversos casos de lesões feitas por profissionais que não são especialistas e não têm a qualificação adequada e, muitas vezes, nem o equipamento recomendado. Além de prejuízo estético, esses casos também podem levar a patologias graves.
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