Atividade Física

De frágeis a fortes

Pessoas da terceira idade podem recuperar a força, a saúde e a energia para realizar as atividades do dia a dia com vitalidade e disposição

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Chegar à terceira idade e ainda ter pique é o que todo mundo quer. Mas para que isso aconteça é preciso encontrar a fórmula certa. E a chave para se ter essa vitalidade é um programa de exercícios físicos adequado, levando em consideração o estado de saúde, as limitações e os objetivos individuais. “Combater o sedentarismo evita que um grande número de idosos adoeça e faz com que sua rotina de afazeres se restabeleça, restaurando a vida, o lazer e a alegria de viver”, destaca a fisioterapeuta especialista em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecimento, Dra. Andréa Candeu.

De acordo com um estudo vinculado à Universidade de São Paulo (USP), os idosos brasileiros são muito mais frágeis do que os idosos estrangeiros. A pesquisa revela que os brasileiros envelhecem com menos qualidade de vida: 46% dos idosos avaliados apresentam fraqueza muscular, diminuição da velocidade ou dificuldade ao caminhar, fadiga e perda de peso. “A média mundial é de 7% a 10%. E essa grande diferença está na prática de atividade física”, afirma Dra. Andréa, diretora da AC Company que trabalha há mais de dez anos na reabilitação de pacientes idosos e pessoas que apresentam cardiopatias e doenças associadas.

Para prevenir ou minimizar este quadro, o exercício mais recomendado é a musculação direcionada. Além de proporcionar força e resistência, aumenta a massa muscular e óssea e protege o coração. “Aliados a esta potência, a atividade aeróbica e o treinamento funcional, promovem a recuperação dos movimentos essenciais para o desempenho das atividades do dia a dia”, esclarece.

Treinamento funcional: melhor desempenho e mais autoestima

Trata-se de um método que visa trabalhar o CORE, que compreende os músculos da região abdominal, lombar e pélvica. “Esse conjunto é responsável pela estabilização corporal em qualquer movimento a ser realizado nas atividades diárias, como subir uma escada, caminhar distâncias mais longas, sentar e levantar, erguer facilmente membros superiores e inferiores, enfim, propicia maior agilidade e flexibilidade às pessoas que já apresentam problemas osteomusculares”, explica o fisioterapeuta Tiago Rocha Alves Costa, pós-graduado em Treinamento Funcional.

A musculação é a base de tudo e o treinamento funcional colabora para o ganho de massa muscular, evita a perda das capacidades motoras, melhorando qualquer atividade doméstica ou laboral, aumentando a disposição e a autoestima. O treinamento pode ser aplicado em crianças, jovens, adultos e idosos, sedentários e até em atletas de alto nível, para a melhora do desempenho. “Respeitamos sempre as limitações de cada indivíduo, em um trabalho que promove a harmonia do movimento, a modelagem do corpo, o ganho da força e da resistência, reduzindo riscos de lesões e acabando com as dores”, acrescenta.

Tiago explica que no processo fisiológico do envelhecimento, o corpo naturalmente passa a perder massa magra (músculos). “Perderemos a força, o equilíbrio, reduziremos até a massa óssea, ficando fracos, frágeis e com risco de queda e fraturas”, salienta o treinador. A prática da atividade física direcionada atua na prevenção, melhora o equilíbrio e fortalece a marcha, os músculos e também os ossos. Reduz substancialmente a gravidade de inúmeras doenças, principalmente as cardiovasculares, em que o risco de morte diminui em 25%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Portanto, seja qual for a sua condição, não se permita entrar nas estatísticas. Se nela está, mexa-se, cuide do seu bem mais precioso, seu corpo”, recomenda Dra. Andréa Candeu.

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