Reconstrução músculo-articular
Técnica fisioterápica de tratamento da coluna traz alívio e pode evitar cirurgias
As técnicas para o tratamento de coluna evoluíram de tal forma, que até mesmo um paciente em crise pode sentir alívio imediato da dor, sem medicamento e com uma pressão feita no local em que a dor está se desencadeando. Esta é a Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral (RMA). Muitas pessoas com indicação para cirurgia já se livraram do procedimento depois de passar por essa técnica.
É o caso da administradora Fabricia Pereira, 31 anos. Ela sentia fortes dores nas costas desde os 15 anos, mas o diagnóstico correto demorou a chegar. Veio somente há dois anos, depois que ela teve uma séria crise de dor na coluna. “Fiz uma ressonância magnética e descobri que sofria de uma hérnia extrusa na lombar (quando há rompimento do anel fibroso discal). A indicação foi a cirurgia”, conta ela, lembrando que chegou a tomar até morfina para aliviar a dor.
Como não queria se submeter à cirurgia, Fabricia pesquisou várias técnicas alternativas para alívio das dores. “Foi quando conheci a RMA. No começo fui resistente mas, depois de outra crise, em janeiro desse ano, resolvi fazer o tratamento.”
Cinco minutos
O problema já havia afetado a vida social e profissional de Fabricia. “Para trabalhar, era terrível. No fim do dia eu estava totalmente torta. Em determinados períodos, tive que me ausentar do trabalho. Também deixei de sair, de ir a festas e a casamentos. Não tinha condições de me vestir, me sentia mal com as roupas”. O problema acabou afetando até mesmo sua autoestima.
“Eu só tinha cinco minutos para fazer qualquer coisa. Era o máximo de tempo que eu aguentava em uma mesma posição, em pé ou sentada. Até para tomar banho era difícil. Eu caminhava duas quadras e não aguentava mais. Durante as crises, andava tão envergada que tirei o joelho do lugar”, relata.
Fabricia passou por 24 sessões de RMA. “Após duas semanas, eu já estava sentindo menos dores. Agora que o tratamento terminou, faço pilates para continuar o fortalecimento muscular e evitar novas crises. Porém, não preciso mais tomar medicamentos para controlar a dor e estou voltando a ter uma vida normal”, celebra.
Paralisado
O conjunto sedentarismo, má postura, muito tempo numa só posição e carregamento de peso levou o representante comercial Carlos Eduardo de Oliveira, 56 anos, a sofrer um desgaste de vértebra na cervical e na lombar.
“Nas crises, tinha formigamento no braço direito e não conseguia nem andar. Cheguei no Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral basicamente paralisado”, conta.
Carlos passou por 20 sessões de RMA para a lombar e outras 20 para a cervical. “Hoje estou bem, não sinto mais dores, tenho uma vida normal”. Ele conta que já havia procurado outras técnicas alternativas de tratamento, mas somente com esta conseguiu se livrar das dores. “Continuo fazendo exercícios para fortalecer o tônus muscular, para evitar dores e novas crises”, finaliza.
O que é RMA?
A Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral (RMA) é uma técnica criada em 2005 pelo fisioterapeuta Dr. Helder Montenegro, e utiliza conceitos de fisioterapia manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica e estabilização vertebral.
No Brasil, a RMA é desenvolvida pelo Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC). “As cinco mesas eletrônicas que o Instituto possui para fazer a tração e descompressão muscular são um dos grandes diferenciais do tratamento”, diz Dr. Giuliano Martins, fisioterapeuta do ITC Vertebral de Curitiba e diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna – ABRCOLUNA. “Elas fazem a tração precisa no local em que o paciente está sentindo dor, promovendo alívio imediato e tratando o problema.”
As mesas podem ser utilizadas para tração, flexão e descompressão muscular. Com elas, é possível fortalecer e alongar os músculos; melhorar a mobilidade dos ligamentos; promover a descompressão do eixo axial da coluna vertebral; melhorar o grau de estabilidade da coluna vertebral e sentir alívio rápido da dor.
A RMA é indicada para o tratamento de hérnia de disco e outras lesões da coluna, como lombalgia, cervicalgia, dor ciática, protusão discal, espondilólise, artrose, entre outras.
