Fisioterapia Uroginecofuncional

Uma solução, Muitos benefícios

Por meio da fisioterapia, com auxílio de aparelhos, é possível tratar a incontinência urinária, fortalecer o assoalho pélvico e melhorar a função sexual

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Tossir, espirrar, pular e até rir intensamente são um pesadelo para quem apresenta dificuldade em controlar a urina; demorar muito para ir ao banheiro, então, nem pensar. Para quem convive com a perda urinária involuntária, esses atos banais acabam se tornando um fardo. Esse é o tipo mais comum de incontinência urinária em mulheres (por esforço), chegando a atingir até 56% do público feminino.

O problema é que a maioria das pessoas acredita que a dificuldade de controlar a urina é consequência natural do envelhecimento, e, assim, passa a conviver com esse desconforto sem procurar ajuda profissional, por sentir receio ou vergonha de falar sobre o assunto. Puro mito. “A incontinência urinária é um problema comum: afeta mais de 10 milhões de pessoas no Brasil e seu tratamento é coberto pela maioria dos planos de saúde. Pode acontecer após o parto, a histerectomia (cirurgia para retirada do útero), estar relacionada ao uso de medicamentos, à infecção urinária, vaginite, prisão de ventre, intestino preso, obesidade ou problemas hormonais. A fraqueza muscular é o principal motivo: os músculos do abdômen ficam fracos, assim como os do períneo, que seguram a bexiga, útero e intestinos”, explica a fisioterapeuta Dra. Josleide Baldim Hlatchuk, com formação  em Uroginecologia, RPG e Osteopatia, proprietária da Clínica Fisio Global.

Para a administradora C.D.G.*, de 63 anos, três partos difíceis foram a origem do problema. “Sofri durante 20 anos com a incontinência urinária, fiz três cirurgias, passei por vários constrangimentos, mas felizmente descobri a fisioterapia. Em oito sessões, melhorei mais de 80%, aprendi a me controlar e estou mais confiante e segura”, comemora.

Os mesmos benefícios obteve a assistente social L.T.*, de 45 anos. “Depois de fazer uma histerectomia, passei a apresentar incontinência urinária por esforço. Não podia rir ou tossir. Tive até indicação para cirurgia, mas, felizmente, a fisioterapia uroginecológica resolveu meu problema. Hoje estou livre dos absorventes e me sinto mais segura”, afirma.

De acordo com a Dra. Josleide, até mesmo atletas podem desenvolver o problema, devido ao aumento da pressão abdominal durante os treinos. Felizmente, existe fisioterapia específica para a incontinência urinária, com exercícios para tonificar os músculos responsáveis pelo controle da urina – uma verdadeira ginástica íntima, que acaba com os constrangimentos e devolve a autoestima. “Os exercícios são executados com auxílio de aparelhos que estimulam a contração muscular e ajudam na autoconscientização da musculatura do períneo”, explica Dra. Josleide. Além disso, a partir do momento em que a paciente aprende os exercícios, pode praticá-los regularmente, em casa, e fazer acompanhamento periódico.

 

Prevenção e melhora da função sexual

Entre as mulheres, a incontinência urinária é comum em qualquer período da vida e em todas as faixas etárias, aumentando sua prevalência com a idade. Segundo a Sociedade Internacional de Continência, os tipos que mais acometem as mulheres são a incontinência de esforço, a bexiga hiperativa e a mista.

Atualmente, a fisioterapia é o tratamento mais indicado para a incontinência urinária, por ser menos invasivo, apresentar menos reações adversas, ter menor custo e nenhuma contraindicação. “Além de melhorar ou mesmo curar a incontinência urinária, a fisioterapia que fortalece a musculatura do assoalho pélvico também melhora a função sexual, o que é de crucial importância para a qualidade de vida da paciente”, finaliza a Dra. Josleide.

*Nomes omitidos para preservar a privacidade dos entrevistados.

 

Etapas do tratamento

  • Avaliação minuciosa para diagnosticar o tipo de incontinência
  • Primeira explicação intensiva no consultório, para prática de contrações conscientes e seletivas
  • Biofeedback (eletrodos vaginais que estimulam a executar os exercícios corretamente)
  • Eletroestimulação
  • Ginástica hipopressiva
  • Cinesioterapia direcionada ao assoalho pélvico, abdominais, adutores e glúteos
  • Escolha de treinamento individual para casa
  • Acompanhamento com treinamento supervisionado no mínimo uma vez por semana
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