Exames

Um lugar ao Sol

Você evita o sol a todo custo? Pois saiba que a falta da vitamina D, sintetizada pelo sol, já é considerada uma epidemia, atingindo mais de um bilhão de pessoas no mundo. Veja como reverter esse quadro

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O sol é a principal forma de sintetizar a vitamina D no nosso organismo. Porém, o que fazer se moramos numa cidade em que os dias ensolarados são escassos e praticamente inexistentes no inverno? Conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Turismo do Brasil (Embratur), Curitiba é uma das cidades com menos dias de sol entre as capitais brasileiras, e até mesmo cidades conhecidas mundialmente pelo tempo fechado, como Londres e Nova Iorque, têm mais dias ensolarados que a capital paranaense.

Com o fim do verão e a proximidade do inverno, essa realidade deve se agravar ainda mais.  Por isso, os curitibanos precisam ficar atentos aos níveis de vitamina D, pré-hormônio que percorre todas as células do organismo e que tem o sol como fator principal na sua síntese. O bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Dr. Marcos Kozlowski, revela que de 70% a 80% dos exames de vitamina D realizados no laboratório entre os meses de abril e setembro mostraram carência da vitamina no organismo.

“O medo dos melanomas faz com que nos protejamos exageradamente do sol. Porém, a deficiência dessa vitamina está se tornando uma epidemia, que já atinge um bilhão de pessoas no mundo todo. A maioria não sabe, mas alguns hábitos modernos, como dirigir sempre com os vidros fechados, evitar o sol ao máximo e até mesmo passar protetor solar em excesso, prejudicam a síntese da vitamina D”, revela o bioquímico.

 

É bom saber

Os benefícios da vitamina D na prevenção de doenças ligadas aos ossos, como raquitismo infantil e osteoporose, já são conhecidos e comprovados, mas agora, novas pesquisas relacionam a carência da vitamina com outros distúrbios, como doenças neurológicas, hipertensão, obesidade, diabetes, depressão, doenças cardiovasculares, autoimunes e até mesmo alguns tipos de câncer.

Diante disso, tornou-se fundamental verificar com frequência se os níveis de hidroxivitamina D estão baixos no organismo, para adotar medidas que possam suprir essa carência, seja por utilização de compostos de vitamina D prescritos pelo seu médico, seja por meio da alimentação. “O exame que mede a concentração da vitamina D no organismo, antes deixado de lado por muitos, já teve aumento de 200% nas solicitações no último ano”, revela Kozlowski.

Alguns alimentos fornecem vitamina D, como peixes oleosos (salmão, atum, sardinha), cogumelos, gema de ovo, sucos e cereais enriquecidos artificialmente. Mas a exposição ao sol continua sendo a melhor forma de obtê-la. “Não podemos esquecer que as radiações solares provocam manchas e apressam o envelhecimento, além de serem a principal causa do câncer de pele. Mas ficar exposto ao sol sem protetor solar durante 15 minutos já garante uma boa dose de vitamina, observando sempre os horários até 10h e após 16h”, recomenda o bioquímico.

 

Muitos benefícios

Um estudo realizado por pesquisadores da Itália e Israel, publicado recentemente no Annals of the New York Academy of Sciences e divulgado no portal Vitamina D – Brasil, revela que a vitamina tem um papel importante no combate às doenças infecciosas, como as relacionadas às vias aéreas superiores, pneumonia, otite, infecções do trato urinário, gripe, dengue, hepatite B e C e até infecções por HIV.  Os pesquisadores estimam, inclusive, que o aumento da incidência do resfriado comum e da pneumonia durante o inverno esteja relacionado à diminuição da exposição à luz solar, resultando em uma diminuição da síntese do pré-hormônio, que pode atuar como um agente antibiótico e, assim, ser útil como uma terapia coadjuvante em diversas infecções.

Pesquisas divulgadas na década passada também evidenciaram que a vitamina D é um agente antimicrobiano surpreendentemente eficaz. Ela produz entre 200 a 300 tipos diferentes de peptídeos antimicrobianos no organismo, que matam bactérias, vírus e fungos. Assim, otimizam anticorpos que auxiliam na eliminação dos vírus do resfriado e da gripe. Tal hipótese foi publicada no jornal Epidemiology and Infection, em 2006, seguido de outro estudo publicado no Journal of Virology, em 2008.

Além das publicações citadas acima, uma recente pesquisa veiculada online sobre HIV relata que mulheres com o vírus tratadas tardiamente, no decorrer de sua infecção, obtêm muito menos células CD4 (um tipo de glóbulo branco que combate a infecção) se estiverem com níveis insuficientes de vitamina D. Ou seja, a vitamina D tem sido assunto em destaque em todos os veículos de comunicação, evidenciando sua importância à saúde e à qualidade de vida.

 

LANAC: mais de duas décadas cuidando da saúde dos paranaenses

Há 23 anos, o LANAC – Laboratórios de Análises Clínicas se diferencia por se manter, com orgulho, uma empresa 100% paranaense. Hoje, o laboratório oferece mais de dois mil tipos de exames, além de coleta domiciliar e assessoria científica para médicos, e conta com mais de 230 colaboradores. Recebe exames de 25 laboratórios, atuando como laboratório de apoio. A sede central, com 1.200 m², é o maior centro de análises clínicas de Curitiba. Além da sede central, o LANAC mantém outros trinta postos de coleta na cidade. A empresa participa de testes de proficiência do Controle Nacional de Qualidade da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, com nota excelente desde 1992, e mantém a certificação ISO 9001/2008 atualizada desde 2004, controle de qualidade certificado pelo DICQ.
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