Remédio para emagrecer: sim ou não?
O que as fórmulas e medicamentos insdustrializados podem fazer para ajudar no processo de emagrecimento
Quando se fala em perder peso, todos temos alguma dúvida. E, às vezes, as respostas podem ser tão controversas que ficamos ainda mais sem saber o que fazer. A questão mais polêmica, certamente, é sobre usar ou não os remédios para emagrecer, tanto os industrializados quanto as “fórmulas” (medicamentos manipulados).
Quem condena, argumenta que os remédios podem causar problemas como insônia, dor de cabeça, irritabilidade, taquicardia, depressão e até mesmo dependência química. Mas um número crescente de especialistas evita ver os medicamentos como inimigos.
Dr. Paulo Roberto Costa, clínico geral especialista em obesidade, é um dos que se posiciona a favor do uso de medicamentos como auxílio para emagrecimento. “Apenas com uma terapia conservadora de dietas e exercícios é muito difícil perder peso, por isso, o uso de medicamentos específicos é fundamental, desde que muito bem orientados e prescritos”, afirma o médico, enfatizando que a dieta e os exercícios não podem ser deixados de lado.
A economiária Silvia Helena Seyr, 48 anos, há mais de cinco anos está em fase de manutenção e controle do peso. Hoje, com 75kg, conta que já chegou a pesar mais de 82kg. “Confio muito no tratamento escolhido pelo médico, com dietas balanceadas, atividade física e um medicamento prescrito e manipulado de acordo com as minhas características e do meu organismo”, garante ela. O acompanhamento é periódico e rigoroso. “É realmente um tratamento personalizado, que dá segurança e resultado”, avalia a paciente.
Manipulados e industrializados
Os medicamentos manipulados sofrem as maiores críticas. A vigilância sobre eles é constante. Dr. Paulo Costa explica que existem portarias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que limitam a quantidade de determinadas substâncias nas cápsulas e proíbem a associação de hormônios, laxantes, diuréticos, antiansiolíticos ou antidepressivos.
Entre as fórmulas e os remédios industrializados, a grande diferença está no fato de que nesses a dosagem é predeterminada, enquanto aquelas contêm dosagens específicas para cada paciente. O médico esclarece que, quando se quer uma associação medicamentosa visando somar ou potencializar efeitos, podem ser manipuladas substâncias na dosagem mais indicada. “Existem profissionais que optam pela associação medicamentosa de industrializados apenas por não terem opção. É raro encontrar, por exemplo, hipertensos e diabéticos que tomem um único comprimido na manutenção do tratamento clínico”.
Derrubando o mito
Mas e quanto aos danos à saúde? “A medicação manipulada tem as mesmas contraindicações e paraefeitos da industrializada. Apenas a desinformação e o preconceito a tornam “perigosa”, diz o médico. Paulo Costa enfatiza, porém, que a escolha de uma farmácia confiável é extremamente importante. “O segredo está no sal importado pelas farmácias de manipulação, que nem sempre é de qualidade”, alerta.
Segundo o profissional, os medicamentos manipulados agem da mesma forma que os industrializados, desde que a base farmacológica e terapêutica seja rigorosamente igual. “Deve haver bioequivalência, ou seja, 25mg de femproporex manipulado, por exemplo, têm que ter o mesmo efeito que o equivalente industrializado. Qualquer coisa diferente disso caracteriza fraude e crime”, adverte.
É importante lembrar que tais medicamentos não devem ser usados aleatoriamente, sem a supervisão de um profissional qualificado e preocupado com a saúde e qualidade de vida de seus pacientes. Sob supervisão médica qualificada, a tecnologia farmacêutica pode ajudar, e muito, na conquista do peso ideal e de uma vida mais saudável.
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